NOS CAMINHOS DO BEM VIVER
Jogos e Práticas Corporais Indígenas na Educação Básica
DOI:
https://doi.org/10.22196/rp.v26i1.7939Palavras-chave:
Educação Intercultural, Educação Física, Educação Escolar Básica, Prática pedagógica, Cultura IndígenaResumo
Este artigo aborda práticas pedagógicas inspiradas na filosofia do Bem Viver dentro da Educação Física em três escolas de Porto Alegre/RS, visando promover uma educação intercultural e formas de implementar a Lei no 11.645/2008. Através de uma abordagem qualitativa e descritiva baseada em relatos de experiências, o estudo explora como essas práticas desafiam o eurocentrismo, o individualismo e a lógica capitalista prevalentes nos currículos escolares, propondo uma educação que valorize a diversidade e a sabedoria ancestral indígena. Embasado nas teorias de Acosta (2016) sobre o Bem Viver e na interculturalidade, este trabalho argumenta que a introdução de conteúdos e práticas corporais indígenas na Educação Física pode contribuir significativamente para a construção de currículos interculturais, decoloniais e antirracistas. As conclusões destacam a eficácia dessas práticas pedagógicas em promover a ressignificação dos elementos das práticas corporais indígenas, contribuindo para a diminuição das desigualdades sociais e fomentando uma educação mais inclusiva, indo ao encontro dos princípios do Bem Viver.
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