O BRINCAR COMO MEDIADOR NA CONSTRUÇÃO DE MASCULINIDADES E FEMINILIDADES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22196/rp.v26i1.8010

Palavras-chave:

Educação Infantil, Brincar, Gênero

Resumo

O presente artigo foi desenvolvido a partir da dissertação “Quem são os professores da educação infantil? Significações de professores sobre as relações de trabalho e gênero”, por meio das análises do núcleo de significação intitulado “Sexualidade e gênero na educação infantil: repensando masculinidades e feminilidades”. Nesse sentido, as análises foram feitas a partir dos pressupostos teórico-metodológicos do Materialismo Histórico-dialético e da Psicologia Sócio-histórica e teve por objetivos apreender sobre a brincadeira e a mediação para a construção de masculinidades e feminilidades na Educação Infantil e compreender a importância da escola e dos professores como participantes das construções de feminilidades e masculinidades não hegemônicas e críticas. Nessa esteira de pensamento, ao distanciar as crianças de brinquedos e brincadeiras “não apropriados” ao seu gênero, o professor está privando-as de estabelecerem outras experiências em relação a masculinidades e feminilidades que não sejam as hegemônicas. Portanto, a escola para a infância deve se estabelecer como um espaço inclusivo para que as masculinidades e feminilidades possam ser vivenciadas, que a imaginação das crianças possa experimentar e ter liberdade de construir vivências de masculinidades e feminilidades não hegemônicas e críticas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Matheus dos Santos Bativa, Universidade de Taubaté (UNITAU)

Mestre em Educação pelo programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Educação (MPE) da Universidade de Taubaté (Unitau). Vinculado ao Grupo de Estudos Sócio-Histórico (MPE-UNITAU). Professor de Educação Infantil na rede Municipal de Campos do Jordão

Luciana de Oliveira Rocha Magalhães, Universidade de Taubaté (UNITAU)

Doutora pelo programa de Pós-Graduação em Educação: Psicologia da Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUC-SP. Professora no Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Educação- MPE da Universidade de Taubaté (UNITAU), Taubaté, Brasil. Vinculada ao Grupo de Estudos Sócio-Histórico (MPE-UNITAU). 

Referências

AGUIAR, Wanda Maria Junqueira de; OZELLA, Sérgio. Núcleos de significação como instrumento para a apreensão da constituição dos sentidos. Psicologia, Ciência e Profissão, v. 26, p 222-245, 2006

AGUIAR, Wanda Maria Junqueira de; OZELLA, Sérgio. Apreensão dos sentidos: aprimoramento da proposta de núcleos de significação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 94, n. 236, p. 299-322, jan/abril, 2013.

AGUIAR, Wanda Maria Junqueira de; SOARES, Júlio Ribeiro; MACHADO, Virgínia Campos. Núcleos de significação: uma proposta histórico-dialética de apreensão das significações. Caderno de Pesquisa, v. 45, n. 155, p. 56-75, jan/mar, 2015.

AGUIAR, Wanda Maria Junqueira de; ARANHA, Elvira Maria Godinho; SOARES, Júlio Ribeiro. Núcleos de significação: análise dialética das significações produzidas em grupo. Caderno de Pesquisa, São Paulo, v. 51, p. 1-16, 2021

ALEXANDRE, Agripa Faria. Metodologia científica: princípios e fundamentos. 3 ed. São Paulo: Blucher, 2021

ARCE, Alessandra; BALDAN, Merilin. A criança menor de três anos produz cultura? Criação e reprodução em debate na apropriação da cultura por crianças pequenas. In: ARCE, Alessandra; MARTINS, Lígia M (orgs). Ensinando aos pequenos de zero a três anos. Campinas, SP: Editora Alínea, p. 187-204, 2009.

BATIVA, Matheus dos Santos. Quem são os professores da educação infantil? Significação de professores sobre as relações de gênero e trabalho. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação). Universidade de Taubaté/ UNITAU. Taubaté. 2024.

BENJAMIN, Walter. Reflexão sobre a criança, o brinquedo e a educação. Tradução Marcos Vinicius Mazzari. 2 ed., São Paulo: Editora 34, 2009.

BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: Ministério da Educação, 1996

CARVALHO, Marília Pinto. O conceito de gênero no dia a dia da sala de aula. Revista Educação Pública, v.21, n. 46, p.401-412, 2012.

ELKONIN, Daniil B. Psicologia do jogo. Tradução Álvaro Cabral. 2ª ed., São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.

ESTEPA, Fredy Alexander Montoya. Educación para la ciudadanía en la escuela Latinoamericana: tensiones y perspectivas. In: ALMEIDA, Rogério de; PÉREZ, Tito Hernando (orgs). Culturas de paz e educação latino-americana. São Paulo: FEUSP, p. 226-249, 2018.

FINCO, Daniela; OLIVEIRA, Fabiana de. A sociologia da pequena infância e a sociedade de gênero e de raça nas instituições de educação infantil. In: FARIA, Ana Lúcia Goulart de; FINCO, Daniela (orgs). Sociologia da Infância no Brasil. Campinas, SP. Autores Associados, p.55-80, 2011.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro/ São Paulo: Paz e Terra, 2020

GIARDINETTO, José R.B; MARIANI, Janeti M. O lúdico no ensino da matemática na perspectiva Vigotskiana do desenvolvimento infantil. In: ARCE, Alessandra; MARTINS, Lígia M (orgs). Quem tem medo de ensinar na educação infantil?. Campinas, SP: Editora Alínea, p. 185-218, 2010.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos tradicionais infantis: O jogo, a criança e a educação. Petrópolis: Vozes 1994.

LERNER, Gerda. A criação do patriarcado: história da opressão das mulheres pelos homens. São Paulo: Cultrix, 2019.

LEONTIEV, Aléxis N. Os princípios Psicológicos da brincadeira infantil. In: Vigotski, Lev Semenovich. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Tradução Maria da Pena Villalobos. 11ª edição. São Paulo: Ícone, 2010.

MAGALHÃES, Luciana de Oliveira Rocha. A dimensão subjetiva dos processos de inclusão escolar no movimento da pesquisa-trans-formação. Tese (Doutorado em Educação: Psicologia da Educação). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/ PUC-SP. São Paulo. 2021

MARTINS, Elizangela Fernandes. Categorias de análise dos significados e sentidos constituídos pelo pedagogo/ gestor: uma reflexão necessária. Educere XII Congresso Nacional de Educação, PUC-PR, 2015.

SAFFIOTI, Heileieth Iara Bongiovani. O poder do macho. São Paulo: Moderna, 1987.

SAFFIOTI, Heileieth Iara Bongiovani. Gênero patriarcado violência. São Paulo: Expressão Popular: Fundação Perseu Abramo, 2015.

SANTOS, Marina Silveira Bonacazata; MIESSE, Maria Carolina; CARVALHO, Fabiana Aparecida de. As questões de gênero e sexualidade e o movimento escola sem partido: Qual impacto para a Base Nacional Comum Curricular. Revista Diversidade e Educação, v. 9, n Especial, p. 509- 531, 2021.

SILVESTRE, Bruno Silva; BARBOSA, Ivone Garcia. Formação docente e as relações dialéticas da brincadeira e do jogo nas teorias de Elkonin, Vigotski, Luria, Leontiev e Wallon. Revista Educação & Formação, v. 7, p. e7339, 2022.

SOUZA, Joseilda Sampaio de; BONILLA, Maria Helena Silveira. O brincar na contemporaneidade: experiências lúdicas na cultura digital. Revista Pedagógica, Chapecó, v. 22, p. 1-25, 2020.

SZYMANSKI, Heloísa. Entrevista reflexiva: um olhar psicológico para a entrevista em pesquisa. Psicologia da Educação, São Paulo, n. 10/11, p.193-215, 2000.

VIGOTSKI, Lev Semenovich. Psicologia Pedagógica. Tradução Paulo Bezerra. 3ªed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010.

VIGOTSKI, L. S. Imaginação e criatividade na infância. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2014.

VIGOTSKI, Lev Semenovich. Problemas de defectologia v.1. Tradução Zoia Prestes e Elizabeth Tunes. São Paulo: Expressão Popular, 2021.

VIGOTSKI, Lev Semenovich. Psicologia, desenvolvimento humano e marxismo. Tradução Priscila Marques. São Paulo: Hogrefe, 2023.

YUNES, Maria Ângela Mattar; SZYMANSKI, Heloísa. Entrevista reflexiva e grounded-theory: Estratégias metodológicas para compreensão da resiliência em família. Revista Interamericana de Psicología/Interamerican Journal of Psychology, v. 39, n. 3, 2005.

Downloads

Publicado

2024-11-24

Como Citar

BATIVA, M. dos S.; MAGALHÃES, L. de O. R. O BRINCAR COMO MEDIADOR NA CONSTRUÇÃO DE MASCULINIDADES E FEMINILIDADES NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Revista Pedagógica, [S. l.], v. 26, n. 1, p. e8010, 2024. DOI: 10.22196/rp.v26i1.8010. Disponível em: https://pegasus.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/pedagogica/article/view/8010. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê - Práticas Pedagógicas: elemento basilar às ambiências de aprendizagem