PERCEPÇÃO DE PROFESSORES ACERCA DO PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS NEURODIVERGENTES
DOI:
https://doi.org/10.22196/rp.v26i1.7871Palavras-chave:
Escola. Práticas pedagógicas. Educação inclusiva.Resumo
O índice de crianças com algum tipo de deficiência vem crescendo consideravelmente, evidenciando a escassez de estudos que abordem a neurodiversidade no contexto escolar. Nesse sentido, esta pesquisa teve como objetivo analisar a percepção dos professores sobre o processo de inclusão de alunos neurodivergentes. Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo descritivo, realizado em seis escolas da educação da rede estadual de municípios do meio-oeste catarinense, envolvendo 24 professores. Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário semiestruturado. Os resultados mostram que 54,2% dos professores consideram-se parcialmente preparados para lidar com essa demanda. Observou-se uma predominância de diagnósticos de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (66,7%), seguido por Transtorno do Espectro Autista (37,5%) e Transtorno Opositivo Desafiador (20,8%). Os principais desafios enfrentados no processo de ensino e aprendizagem, apontados pelos professores, incluem comportamento dos alunos, dificuldades pedagógicas, pouca participação da família na escola, comunicação, socialização e adequação à rotina escolar. Como estratégias pedagógicas utilizadas para minimizar essas dificuldades os professores mencionaram: a) adaptação de conteúdo; b) estabelecer rotina e criação de ambientes silenciosos; c) utilização de dinâmicas; d) trabalhos em parceria com o segundo professor; e) uso de tecnologias e, f) práticas baseadas na empatia. Diante disso, destaca-se a relevância da formação continuada dos docentes e da inserção do psicólogo escolar trabalhando em colaboração com o corpo pedagógico, afim de atender às necessidades e prioridades definidas pelas políticas da educação inclusiva.
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