POLÍTICA EDUCACIONAL DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: gerencialismo e esvaziamento da EJA
DOI:
https://doi.org/10.22196/rp.v25i1.7615Palavras-chave:
Gerencialismo. Políticas educacionais. EJA. Estudantes.Resumo
A partir de um estudo da oferta de Educação de Jovens e Adultos (EJA), apresenta-se o presente artigo com objetivo de evidenciar aspectos do gerencialismo na educação, indicando alguns elementos que apontam para o esvaziamento da EJA. A abordagem é qualitativa e metodologia utilizada foi análise documental. Analisou-se o Gerencialismo e a influência do Estado Neoliberal na educação com suporte de alguns autores como Newman, Clarke e Ball. O desenvolvimento desse estudo apresenta elementos para reflexão sobre a relação entre a redução dos investimentos na EJA e o esvaziamento das turmas, a partir de dados sobre alimentação, acesso à internet, aumento de orçamento para o sistema de certificação e redução de locais de oferta de EJA em uma rede municipal identifica-se e se discute características do gerencialismo na política educacional da EJA, tais como seletividade, performatividade e austeridade. Conclui-se que o avanço do gerencialismo nas políticas educacionais tem implicações nefastas para a EJA, dificultando o acesso e a permanência dos estudantes alvo desta política no ambiente escolar.
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