A GESTÃO, O PROCESSO DE INCLUSÃO E AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS: possibilidades e inviabilidades no cenário brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.22196/rp.v24i1.7146Palavras-chave:
Gestão Escolar, Políticas Educacionais, Inclusão EscolarResumo
Este diálogo constitui-se no recorte de uma pesquisa de doutorado, que analisou a forma como as políticas educacionais, na perspectiva da inclusão, orientam o gestor de escola pública da região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul e são por ele interpretadas. O estudo constitui-se numa pesquisa com abordagem qualitativa. Foram selecionadas duas escolas estaduais do Estado do Rio Grande do Sul, pertencentes à 17ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), localizadas na sede onde está lotada a CRE. Participaram da pesquisa cinco gestores de cada escola, sendo as entrevistas uma importante fonte de evidência, assim como o diário de campo e os documentos das escolas (especificamente, o Projeto Político-Pedagógico). Cada uma das fontes permitiu a coleta dos dados necessários para realizar o procedimento de análise. Quanto aos procedimentos de análise, foram utilizados como referência a Análise Textual Discursiva (ATD), de Moraes e Galiazzi (2007). A pesquisa evidenciou que os alunos passaram a ser computados e analisados a partir da demanda dos profissionais necessários e dos recursos que podem advir de cada matrícula. Percebe-se, contudo, que sem questionar, sem reconhecer a luta histórica pelos processos inclusivos, os gestores atendem ao ideário neoliberal que transforma as escolas em pequenas empresas que visam a sobrevivência, seja mediante a seleção velada daqueles que exigem menos recursos humanos e permitem uma “educação de qualidade”, seja pela não oferta de suporte por meio de monitores ou de atendimentos na sala de recursos multifuncional.
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