EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E PANDEMIA DA COVID-19: PERCEPÇÕES DE UMA PROFESSORA DA ‘TERRA INDÍGENA ARARA DA VOLTA GRANDE DO XINGU’
DOI:
https://doi.org/10.22196/rp.v24i1.6954Palavras-chave:
Educação Escolar Indígena. Pandemia da COVID-19. Ensino Remoto Emergencial. Aprendizagem.Resumo
Neste estudo, tivemos como objetivo analisar as percepções de uma professora, que atua na Educação Escolar Indígena (EEI), sobre o processo de ensino-aprendizagem no Ensino Remoto Emergencial (ERE) implementado durante a pandemia da COVID-19. Como procedimentos metodológicos para a realização deste estudo de abordagem qualitativa, além da pesquisa bibliográfica, foi realizada uma entrevista semiestruturada com uma professora que atua nas escolas da Terra Indígena Arara da Volta Grande do Xingu, escola essa que faz parte do Sistema de Ensino Municipal (SEM) de Senador José Porfírio - Pará. Os resultados demonstram que a EEI durante o Ensino Remoto Emergencial, em particular no município estudado, está ocorrendo de maneira delicada e frágil, principalmente pela falta de energia elétrica, computadores e internet nas comunidades indígenas, o que impede uma comunicação e interação satisfatória entre estudantes e professores (as), sendo necessário recorrer ao uso de apostilas com atividades impressas, como metodologia de ensino. Esse processo, apesar não ter acarretado evasão escolar, está implicando diretamente em prejuízos na qualidade da aprendizagem dos (as) estudantes.
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