A IMPORTÂNCIA DA MEMÓRIA E DA CULTURA NO MULTICULTURALISMO ESCOLAR:
como os conceitos ganham ênfase na disciplina de história por meio das legislações de ensino
DOI:
https://doi.org/10.22196/rp.v24i1.6502Palavras-chave:
Multiculturalismo. Diversidade. Prática docenteResumo
Esse trabalho propõe levantar um debate em torno dos conceitos memória, cultura(s) e diversidade e como esses conceitos estão diretamente ligados a uma perspectiva multicultural dentro da sala de aula. Portanto, pretende-se trabalhar com algumas legislações que pontuam a importância do ensino da diversidade dentro da escola, dando ao ambiente escolar a obrigatoriedade de ensinar sobre outras culturas e saberes, como a indígena e africana, já que salientam que ambas são de extrema importância para a formação nacional do brasileiro. Procura-se, no decorrer desse trabalho, apresentar uma pesquisa bibliográfica baseada a partir de Poso e Monteiro (2021), Candau e Moreira (2008), Nora (1993), Freire (1996) e Pereira (2008). Dessa forma, pode-se apresentar uma perspectiva de ensino que preze pela diversidade e respeito pelo diferente, que valorize as culturas e as memórias dos alunos, que dialogue com a realidade do alunado e que preze por formar sujeitos pensantes e críticos e não apenas indivíduos alienados pela história eurocêntrica. O resultado almejado é proporcionar um debate que interligue a importância da História para o respeito à diversidade por meio das memórias e da cultura que existe dentro do âmbito escolar e sugerir algumas práticas didáticas para que isso ocorra.
Downloads
Referências
ADORNO, Theodor Ludwig Wiesengrund. Educação após Auschwitz. In: Educação e emancipação. Tradução: W. Leo Maar, São Paulo: Editora Paz e Terra, 1995.
ASSMANN, Jan. communicative and cultural memory. In: ERLL, Astrid; NUNNING, Ansgar(ed) cultural memory studie: na international and interdiciplinary hndbook. Berlin: new work: De Gruyter, 2008.
BRASIL, Plano nacional das diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: SECAD; SEPPIR, junho, 2009.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 496-513.
BRASIL. Lei nº 10.639 de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 23/12/1996.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Centro Gráfico, 1988
BRASIL. MEC, 2001. BRASIL. Parecer CNE/CP9/2001 - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Brasília: MEC, 2001.
BURKE, Peter. O que é história cultural. 2. ed. São Paulo: Zahar, 2004
CANDAU, Vera Maria; MOREIRA, Antonio Flávio. Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
CANEN, Ana; MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa. Reflexões sobre o multiculturalismo na escola e na formação docente. Revista Educação em Debate, v. 21, n. 38, 2017.
DIALLO, Cintia Santos. A obrigatoriedade do ensino da história da África: contribuições das universidades públicas do MS. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. XIII, 2015. Paraná, Anais... Paraná: Pontifícia Universidade Católica, 2015, p. 37646-37659
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 23. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970.
GOMES, Nilma Lino. O impacto do diferente: reflexões sobre a escola e a diversidade cultural. Revista Educação em Foco, v.4, n. 4, p. 21-27, 2000.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura um conceito antropológico. 14. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor, 1986.
MEINERZ, Carla Beatriz; CAIMI, Flávia Eloisa; OLIVEIRA, Sandra Regina Ferreira. O Improvável na Aula de História: sociabilidades, racialidades e modos de estar junto na escola. Revista Pedagógica, Chapecó, v. 20, n. 45, p. 53-72, set./dez. 2018.
MONTEIRO, Ana Maria. Ensino de História: entre história e memória. Rio de Janeiro, Mauad editora, 2007.
MUNANGA, Kabengele. Negritude – usos e sentidos. São Paulo: Editora Ática, 1986.
NORA, Pierre. Entre Memória e História: a problemática dos lugares. Tradução: Yara Aun Khoury. In: Projeto História n. 10. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em História do Departamento de História. São Paulo, 1993.
PEREIRA, Edimilson de Almeida. Malungos na escola: questões sobre culturas afrodescendentes e educação. São Paulo: Paulinas, 2007.
POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Conferência transcrita dada ao CPDOC, publicada postumamente em estudos históricos; v. 5. Rio de janeiro, 1992.
POSO, Fabiana de Freitas; MONTEIRO, Bruno Andrade Pinto. A perspectiva decolonial nos cursos de formação de professores: uma revisão de literatura. Revista Pedagógica, v. 23, p. 1-18, 2021.
SILVA, Neidja Virginia Felix de Santana da; ORTIZ, Carlos Eduardo do Vale; MACIEL, Rita Ferreira. Multiculturalismo no espaço escolar: Superação, respeito às diferenças sociais, culturais e étnicas. In: Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa, VII. 2019, Pernambuco. Anais. Pernambuco: Porto de Galinhas, 2019, p. 3562-3575.
SANT´ANA, Antônio Olímpio. História e Conceitos Básicos sobre o Racismo e seus Derivados. In: MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o racismo na escola. 2. ed. revisada. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
SIMONINI, Gizelda Costa da Silva. O estudo da História e cultura africana e afro-brasileira no ensino fundamental (6º ao 9º ano): historiografia, currículos, formação e prática docente. (Relatório de Pesquisa) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Estou ciente de que, em sendo aprovado, a publicação do artigo será no formato on-line no Portal de Periódicos da Unochapecó. Também tenho ciência de que há autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
A revista permite que o autor detenha os direitos autorais sem restrições, desde que contate a revista sempre que desejar republicar o artigo.
Do ponto de vista do Creative Commons, a Revista Pedagógica é de acesso aberto e irrestrito, porém não permitindo adaptações nos artigos, nem o uso comercial. Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.