Constituição da profissionalização: uma perspectiva a partir da subjetividade docente

Autores

  • Keiti de B. Munari Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó
  • Zeila B. F. Demartini

DOI:

https://doi.org/10.22196/rp.v18i39.3616

Resumo

A profissão docente vem sendo gradativamente marcada por reformas políticas que visam ao atendimento das necessidades emergenciais que o sistema socioeconômico e cultural exige. Assim, a cada tentativa de adequação do ensino para atendimento das demandas do novo capitalismo, criam-se meios para alcançar modelos padronizados ou hegemônicos na formação docente. Essa tendência tem criado um momento de mal-estar na área, ou seja, um contexto de incertezas que têm gerado respostas genéricas, sem contextualização da profissão professor à práxis. Ainda assim, há professores que se mantêm em seu ofício e que, paradoxalmente, se mostram satisfeitos na carreira. O presente artigo centra-se em retomar os resultados de um estudo que investigou aspectos que permeiam justificativas de permanência e de escolha da profissão docente, sobretudo a partir da perspectiva da subjetividade docente (MUNARI, 2016). Como referencial teórico, a pesquisa contou com os estudos desenvolvidos principalmente por Nóvoa (1991, 2002), Gatti (2010); Gatti e Sá Barreto (2009) e Tardif (2002, 2013), como embasamento para a abordagem da formação docente. Os trabalhos elaborados nos últimos anos por Sousa e Novaes (2013), Wittorski (2004, 2014a,2014b), Tenti Fanfani (2005, 2007) e Tedesco (2006,2012) contribuíram sobremaneira para as tratativas do construto da subjetividade docente. Em se tratando de aspectos metodológicos, a pesquisa optou por instrumentos que tiveram a análise de conteúdo Franco (2005); e fez uso de relatos através da observação participante(LAPASSADE, 2005). A elegibilidade dos sujeitos trouxe para o processo 26 professores dos primeiros anos do Ensino Fundamental da rede pública municipal de ensino, da cidade de Nazaré Paulista (interior do estado de São Paulo). Como resultado mais representativo, a análise dos dados apresentou à constituição da profissionalização docente aspectos pautados na afetividade, concomitantemente traduzidos como competências profissionais. Fato este que foi de encontro com uma das hipóteses elencadas acerca do fator condicionante, de permanência e escolha pela profissão, como sendo o aspecto vocacional em sua aparente representação histórico-social.

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Publicado

2017-03-21

Como Citar

MUNARI, K. de B.; DEMARTINI, Z. B. F. Constituição da profissionalização: uma perspectiva a partir da subjetividade docente. Revista Pedagógica, [S. l.], v. 18, n. 39, p. 76–92, 2017. DOI: 10.22196/rp.v18i39.3616. Disponível em: https://pegasus.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/pedagogica/article/view/3616. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS