UMA PEQUENA BIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA: a invenção do Brasil e o desenvolvimento do seu capitalismo tardio e dependente
DOI:
https://doi.org/10.22196/rp.v25i1.7370Palavras-chave:
Luta de classes , Trabalho ontológico, DesantropomorfizaçãoResumo
O presente artigo tem como finalidade apresentar à comunidade acadêmica uma síntese do que foi elaborado por seus construtores no curso de mestrado e doutorado acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Ceará (PPGE-UECE/Conceito CAPES 5). O artigo vem à lume a partir da confrontação de nossa compreensão do valor ontológico da categoria do trabalho com a concretude da realidade capitalista. Apresenta ainda um preâmbulo do desenvolvimento do trabalho explorado no Brasil a partir de uma pesquisa bibliográfica de cariz qualitativa em que se tomou como objeto de pesquisa a desantropomorfização do trabalho em seu amplo espectro. Tem como objetivo discutir acerca do desenvolvimento do capitalismo tardio no Brasil à luz da perspectiva crítica marxiana-lukácsiana tomando como bússola, as categorias trabalho, dada a centralidade na constituição da sociabilidade humana, e educação, que configura enquanto práxis relacionada diretamente à ação dos indivíduos na teia social. Visando a uma melhor compreensão do modus operandi capitalista atual, este estudo, de natureza metodológica bibliográfica e de cariz qualitativa, é o resultado de inquietações surgidas durante a nossa atuação enquanto pesquisadores da categoria analítica do trabalho estratificado sob o escopo onto-histórico. Por compreendermos que este é o mais fidedigno com a concretude do real, e anuentes com Netto (2011), escolhemos o método marxiano para fundamentar a nossa escrita. Os resultados preliminares da pesquisa apontam que o valor ontológico do trabalho vem sendo eivado em sua candura e, por conseguinte, adotando uma feição desantropomórfica vide os processos de educação e, assim, uma postura desumanizante.
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