FRONTEIRAS DA EDUCAÇÃO: ALUNOS INDÍGENAS E IMIGRANTES EM TEMPOS DE AULAS REMOTAS, UM OLHAR REFLEXIVO AO PROJETO “@PRENDENDOEMCASABV"
DOI:
https://doi.org/10.22196/rp.v22i0.6289Palavras-chave:
Aprendendo em Casa BV, Ensino remoto, Alunos imigrantes, Alunos indígenasResumo
O presente artigo resultou de pesquisa realizada a partir do material do Projeto Aprendendo em Casa BV, da Secretaria Municipal de Boa Vista – SMEC, cujo objetivo foi identificar se há no projeto em tela, atividades voltadas ao ensino do estudante imigrante e/ou indígena que ainda não domina a Língua Portuguesa, numa perspectiva de inclusão desses discentes. O impulso em realizar o trabalho sobre esta temática parte do interesse em verificar se houve inclusão desses alunos no ensino remoto nas escolas da rede municipal, a fim de identificar como se dá este processo e quais as metodologias utilizadas. Com isso, destacamos questões relacionadas às novas formas de ensinar, remotamente, como a necessidade de se conter a pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Para desenvolver esta investigação utilizou-se como metodologia a pesquisa documental, por meio de análise das atividades do Projeto Aprendendo em Casa BV, concomitantemente com a abordagem qualitativa, pois buscamos averiguar se existiu a atenção em elaborar atividades capazes de inserir esse público que não fala a língua portuguesa como língua materna. Os resultados apontam que o projeto em tela não demonstram cuidados específicos com os alunos imigrantes, pois todas as atividades disponibilizadas são elaboradas em língua portuguesa, nesse mesmo sentido os discentes indígenas também foram deixados à margem, pois somente depois de decorridos mais de dois meses do início dessa proposta é que disponibilizaram atividades nas línguas indígenas Macuxi e Wapichana, todavia tratando essas atividades como sendo complementares, evidenciando o caráter monolíngue existente em nossas escolas.
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