CRIANÇAS E REINVENÇÕES LÚDICAS: produção de culturas infantis em tempos de covid-19
DOI:
https://doi.org/10.22196/rp.v22i0.5807Palavras-chave:
Crianças, Produção de Culturas Infantis, Brincadeira, Atividade Lúdica, Covid-19Resumo
O estudo tem por objetivo discutir como um grupo de crianças tem reinventado os modos de se divertir, em espaços de interação restritos, decorrentes da pandemia de Covid-19. Apoia-se metodologicamente na abordagem qualitativa, tendo a entrevista semiestruturada como técnica de coleta de dados. Teoricamente vale-se da sociologia da infância e da teoria histórico-cultural, discutindo possíveis conexões entre ambas as perspectivas. Os dados foram produzidos a partir da análise de enunciação (BARDIN, 2016) e indicaram que as crianças estão reinventando suas formas singulares de fruir o tempo por meio de brinquedos e brincadeiras, assim como em jogos virtuais, por intermédio de dança, pintura, desenho, plantio e até da escrita de livros. Ao final, deixa-se em aberto uma questão problematizadora, que sugere novas pesquisas sobre os sentidos que as crianças estão produzindo acerca de vida e sociedade, no contexto da pandemia.
Downloads
Referências
BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Culturas infantis: contribuições e reflexões. Revista Diálogo Educacional, v. 14, n. 43, p. 645-667, set./dez. 2014.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2016.
CORSARO, William Arnold. Entrada no campo, aceitação e natureza da participação nos estudos etnográficos com crianças pequenas. Educação e sociedade, v. 26, n. 91, p. 443-464, mai/ago. 2005.
CORSARO, William Arnold. Sociologia da infância. 2. ed. Tradução Lia Gabriele R. Reis. Porto Alegre: Artmed, 2011.
LEONTIEV, Aléxis Nikolaevich. Os princípios psicológicos da brincadeira escolar. In: VYGOTSKY, Lev Semenovich.; LURIA, Alexander Romanovich.; LEONTIEV, Aléxis Nikolaevich. In; Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1988. p. 119-142.
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1986.
MARTINS FILHO, Altino José; BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Metodologias de pesquisas com crianças. Revista Reflexão e Ação, v. 18, n. 2, p.08-28, jul./dez. 2010.
SBP - SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Nota de Alerta – Pais e filhos em confinamento durante a pandemia de COVID-19, 2020. Disponível em: https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/pais-e-filhos-em-confinamento-durante-a-pandemia-de-covid-19/. Acesso em: 22 jun. 2020.
PRADO, Patrícia Dias. Diferentes infâncias, diferentes questões para a pesquisa. In: MARTINS FILHO, Altino José; PRADO, Patrícia Dias (Orgs.). Das pesquisas com crianças à complexidade da infância. Campinas: Autores Associados, 2011. p. 107-128.
PRESTES, Zoia. A sociologia da infância e a teoria histórico-cultural: algumas considerações. Revista de Educação Pública, v. 22, n. 49/1, p. 295-304, maio/ago. 2013.
SANTOS, B. S. A cruel Pedagogia do Vírus. Coimbra: Almedina, 2020.
SARMENTO, Manuel Jacinto. Conhecer a infância: os desenhos das crianças como produções simbólicas. In: MARTINS FILHO, Altino José; PRADO, Patrícia Dias (Orgs.). Das pesquisas com crianças à complexidade da infância. Campinas: Autores Associados, 2011. p. 27-60.
SARMENTO, Manuel Jacinto. Uma agenda crítica para os estudos da criança. Currículo sem Fronteiras, v. 15, n. 1, p. 31-49, jan./abr. 2015.
SARMENTO, Manuel Jacinto. A Sociologia da Infância portuguesa e o seu contributo para o campo dos estudos sociais da infância. Contemporânea, v. 8, n. 2. jul-dez. 2018. p. 385-405.
TONETTO, Marcos Rafael; MARANGON, Davi; MONTEIRO, Tatiane Lopes. Influências de concepções sociológicas na construção de uma sociologia da infância. Revista pedagógica, v. 22, p. 1-21, 2020.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Imaginación y criación em La edad infantil. Ministerio de Educación, Cuba: Pueblo y Educación, 1987.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Estou ciente de que, em sendo aprovado, a publicação do artigo será no formato on-line no Portal de Periódicos da Unochapecó. Também tenho ciência de que há autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
A revista permite que o autor detenha os direitos autorais sem restrições, desde que contate a revista sempre que desejar republicar o artigo.
Do ponto de vista do Creative Commons, a Revista Pedagógica é de acesso aberto e irrestrito, porém não permitindo adaptações nos artigos, nem o uso comercial. Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.