Pedagogia ambiental no movimento dos trabalhadores rurais sem terra: uma trajetória em construção
DOI:
https://doi.org/10.22196/rp.v8i17.4231Resumo
Este artigo tem por objetivo identificar a educação ambiental no contexto de aproximação e de abordagem da temática ambiental construída pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Brasil, considerando o período de análise de 1984 a 2004. Entre outras questões, as reflexões contidas neste artigo permitem vislumbrar que o MST incorpora a discussão ambiental a partir de duas motivações principais: o movimento de influências externas contidas nas discussões sobre a questão ambiental que ganharam espaço e notoriedade a partir da década de 70, e o processo interno de maturação da sua organicidade, na qual a vertente educacional contribuiu sobremaneira na formação de um sujeito social que em determinado momento toma a dimensão ambiental como mais uma das dimensões do seu processo de formação. A abordagem ambiental no MST é construída considerando as seguintes dimensões: política (fortalecimento da organização MST), econômica (garantia de renda e autonomia aos assentados), cultural (a reprodução social enquanto classe, com seus valores, costumes e crenças), ideológica (a contraposição ao modelo hegemônico de agricultura) e a dimensão_sociológica ( os elos e as alianças com outras organizações sociais do mesmo campo contra hegemônico ). A Educação Ambiental ainda encontrase em estágio embrionário, mas representa, sobretudo, nos arranjos produtivos, um grande avanço na tomada de consciência, porque tem promovido mudanças significativas na relação dos assentados com a natureza. No entanto, falta se consolidar, do ponto de vista da educação formal - nas escolas e cursos do MST -, como uma questão importante no processo educativo. Trata-se de reflexões acerca da pesquisa de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão Ambiental da Universidade Católica de Brasília em 2005.Downloads
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