Ensino fundamental de nove anos como política educacional: sobre o processo de implementação e alguns desdobramentos para crianças (d)e famílias de baixa renda
DOI:
https://doi.org/10.22196/rp.v14i29.1452Palavras-chave:
Movimento de Mulheres Camponesas, campesinato, feminismoResumo
Este artigo reúne análises sobre concepções, indução e implementação de uma política educacional – o Ensino Fundamental de nove anos – que, na prática, traz como principal mudança o ajuste legal e a inserção de meninas e meninos de seis anos (e menos) num sistema escolar historicamente precarizado, sem que tivesse havido algum diálogo ou esforço de integração com a educação infantil e nem uma devida preparação para receber tais crianças. Sem exceções, os familiares entrevistados em pesquisa desenvolvida pela autora posicionam-se contrários à antecipação da idade de entrada no EF, falam de sofrimentos e dificuldades de suas crianças face às novas rotinas, e expressam preocupação com o atropelo seus ritmos – próprios da ainda pequena infância – , no processoensinoaprendizagem; e até mesmo com a saúde e segurança de suas crianças, posto que a escola reúne “grandes e pequenos” sem os cuidados elementares que notam demandar tal situação (pelo menos recreio e banheiros em separado e com fechaduras que funcionem; água filtrada, reivindicam). Relacionando tais dados gerados no contexto da pesquisa, com análises sobre formas de exclusão que ocorrem mesmo quando as crianças se mantém na escola, o presente artigo contribui para uma apreciação crítica da situação vivenciada pelas novas gerações decrianças filhas de trabalhadores de baixa renda – os que mais esperam e apostam na escola pública, como verificado no universo da pesquisa, pois que de fato não dispõem de outros modos de acesso ao conhecimento socialmente valorizado.Downloads
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