por admin | 1 de Maio de 2021 | Hipermídia - 2021/1
Por Jaine Kasper* A pandemia mudou rotinas e afetou diretamente atividades culturais, como a dança. Em Pinhalzinho, no oeste de Santa Catarina, não foi diferente e foi necessário seguir restrições. No município, só puderam voltar aos ensaios presenciais dos grupos de dança, oferecidos gratuitamente pela prefeitura, 25 alunos que se apresentam em festivais e representam a cidade em competições. No município são oferecidas aulas de jazz, dança contemporânea e dança urbana. Para poder voltar às atividades, foram estabelecidas uma série de regras de distanciamento social. “Eles dançam em espaços separados, onde cada um deve ficar, há uma marcação no chão. Todos usam máscara e álcool em gel”, explica a professora de dança da fundação, Udiane Thome. De acordo com o secretário da pasta, Marcos Bettú, para as atividades permanecerem a fundação oferece o espaço adequado ao profissional para auxiliar e toda a assistência com materiais. “Todas as atividades da secretaria são visuais, vistas por outras pessoas, então como não podemos criar um público em geral, isso dificulta muito pois as pessoas não conseguem se reunir e nem para fazer o ensaio, devido a quantidade de alunos”, pontua. Em dezembro, o grupo de dança coordenado pela professora Udiane realizou a atividade de conclusão do ano. Devido à pandemia, os professores da fundação decidiram fazer uma atividade online. “Nós professores, nos reunimos e organizamos para fazer gravações do trabalho desenvolvido durante o ano, período de pandemia, para ter um registro e para elas também se assistirem e se sentirem mais motivadas”, destaca. A apresentação, que contou com 25 alunas, foi gravada em vídeo e está disponível na página da cultura, no...
por admin | 30 de abril de 2021 | Hipermídia - 2021/1
Por Willian Martins Garcia* A pandemia impactou diretamente o mundo esportivo, e ainda mais a categoria amadora. Jogos foram cancelados, contratos rescindidos e os jogadores passaram longe dos gramados. Em Chapecó não foi diferente. Diferente dos clubes profissionais, os jogos amadores não foram retomados, o que afetou completamente a rotina das atletas. A lateral-direita Pamela Santos, 35 anos, joga há sete anos no time Futs_Efapi e está desde o início da pandemia sem treinar. “Isso ocorre até mesmo pela nossa segurança. Claro que algumas meninas que possuem um espaço amplo em casa, conseguem treinar sozinhas e manter um pouco o condicionamento físico para ter a resistência necessária para aguentar os jogos na pós-pandemia”. O resguardo trouxe resultados: nenhuma atleta do time positivou para a covid-19. A doença é motivo de temor para muitas que residem com pessoas dos chamados grupos de risco, por isso, toda a cautela é pouco. “Estamos nos cuidando ao máximo, pois é um vírus mortal e moramos com pessoas com mais idade e não queremos que nada de mal aconteça com ninguém”, comentou Pamela. Apesar da falta de treino, nenhuma das jogadores pensou em desistir do esporte e ainda é possível que o grupo tenha novas integrantes em breve. (*) Com orientação do professor Hygino...
por Acin Jornalismo | 29 de abril de 2021 | Hipermídia - 2021/1
Por Patrick Eduardo Boff* O coronavírus tem destroçado famílias mundo afora. Em Chapecó, o funcionário público Claudistoni Ramão Pinheiro, 52 anos, perdeu o pai e a mãe em um intervalo de cinco dias. Eles deixam quatro filhos e três netos.O aposentado João Ramão Pinheiro,78 anos, pai de Claudistoni, chegou a contrair a doença duas vezes. A primeira vez foi em junho de 2020. Mas os sintomas foram leves e acabou se recuperando com pequenas sequelas no estômago e pulmões. Porém, na segunda vez não teve a mesma sorte e não resistiu.A esposa dele, Melania Góes Pinheiro, 71 anos, positivou para a doença no início de fevereiro, que se suspeita que tenha contraído do filho mais novo, que morava com o casal. Ela procurou atendimento médico duas vezes. Na primeira, foi mandada de volta para casa apesar da febre e dores no corpo. A falta de ar e dores no corpo ficaram mais intensas e, em 22 de fevereiro, foi levada às pressas a UPA e transferida horas depois para UTI do Hospital Regional. Após quatro dias de internação, ela acabou falecendo. Ao saber da morte da esposa, o marido começou a apresentar dificuldades para respirar e se alimentar – o que indicava que teria contraído a doença pela segunda vez. Por isso, foi internado com sintomas graves de reinfecção da doença e precisou ser internado, já sendo entubado na UTI. Chegou a ter melhora durante a internação, mas no quinto dia acabou piorando e veio a óbito em 28 de fevereiro. “Esses dias foram muito agonizantes, entristecedor e com muita esperança que eles melhorassem”, relata o filho sobre a internação dos pais. Passados...
por Acin Jornalismo | 29 de abril de 2021 | Hipermídia - 2021/1
Por Luana Poletto* A pesquisa contou com 13.263 participantes. Dos 1.500 respondentes brasileiros maiores de 18 anos, 63% apresentaram relatos de ansiedade e 59% sintomas de depressão. Foto: Rubens Cavallari/Folhapress (Folha de São Paulo) A pandemia fez hábitos e rotinas serem alterados radicalmente. Exemplo disso ocorre em escolas e universidades, que há mais de um ano estão com aulas remotas. Com contato social limitado e opções de lazer e atividades restringidas, tem sido cada vez mais frequentes os relatos de aumento de casos de ansiedade e de depressão por psicólogos e psiquiatras. Uma pesquisa global recente liderada pela Universidade Estadual de Ohio (EUA) levou em conta dados de 11 países e revelou que o Brasil ocupa a dianteira absoluta no número de casos de depressão e ansiedade durante a pandemia de covid-19, acima de nações como Estados Unidos e Irlanda. O isolamento social, a falta de alternativas de lazer e problemas financeiros teriam sido alguns dos principais fatores que contribuíram para a elevada quantidade de casos, especialmente entre os jovens. Eles, além de mulheres, pessoas com histórico de distúrbios psicológicos e desempregados, são alguns dos grupos que mais relataram sofrer com os problemas. A ansiedade é um estado normal e útil, que deixa as pessoas atentas a perigos iminentes, como a dor e o medo, observa a psicóloga Larissa D’Maiella Akkari Klimeck Kammer. “O estado ansioso é uma defesa que nos alerta de que algo não vai bem”, destaca. Porém, a ansiedade passa a ser um problema, quando gera sofrimento intenso. Entre os sintomas estão falta de ar, coração acelerado, suor excessivo, tremores, aceleração do pensamento, insônia, aumento ou diminuição...
por Acin Jornalismo | 29 de abril de 2021 | Hipermídia - 2021/1
Por Milena Fidelis* Ouça a reportagem aqui Sem aulas presenciais desde 17 de março de 2020, o processo de retorno às escolas teve idas e vindas em Chapecó. As aulas estavam previstas para serem retomadas em 18 de fevereiro, mas os planos foram suspensos seis dias depois. Com a situação gravíssima na cidade pela covid-19, recordes de mortes e filas para atendimento nas UTIs, o retorno foi inviável. Só em 11 de março, os 23 mil alunos da rede municipal puderam retornar presencialmente às 89 escolas. Para isso, foi necessário seguir uma série de regras de proteção, como distanciamento de 1,5 metro entre as mesas, obrigatoriedade no uso de máscaras, entre outros. Também foi preciso fazer rodízios entre os alunos, devido ao modelo de turmas híbridas para atender ao limite de 50% de capacidade das escolas. Metade das turmas podem comparecer presencialmente e o restante fica em casa, acompanhando as aulas remotamente. Há a possibilidade de acompanhar as aulas totalmente online. Na escola municipal Victor Meirelles, localizada no bairro São Pedro, um cartaz na entrada logo avisa que estão sendo atendidos “apenas” 180 alunos por turno, cerca de metade do total de estudantes da escola. Nos corredores e salas foram colocados adesivos no chão para marcar o distanciamento. Nas mesas do refeitório, fitas foram colocadas para que apenas 30 alunos ocupassem o espaço. E uma sala precisou ser adaptada e transformada em “sala de isolamento” onde alunos com sintomas da covid-19 permanecem enquanto esperam pela família. Enquanto a reportagem estava na escola, uma menina com sintomas da doença aguardava a chegada do pai, que apareceu na instituição inclusive sem máscara. Foto:...
por Acin Jornalismo | 27 de abril de 2021 | Hipermídia - 2021/1
Por Wéliton Rocha* José Alves da Silva aos seus 106 anos mostrando o que ainda leva jeito para escrever. As vacinas contra o coronavírus trouxeram esperança para os idosos, público mais acometido pela doença. O aposentado José Alves da Silva, 106 anos, era um dos 600 chapecoenses com mais de 90 anos de idade na espera pelas doses. Tomou a primeira em 10 de fevereiro deste ano, já a segunda 20 dias depois. Mas menos de um mês depois da imunização, acabou falecendo por causas naturais. Enquanto aguardava por sua vez chegar, ele relembra das dificuldades do passado. Nascido em 1914 em Soledade (RS), começou a trabalhar na roça ainda criança, com 10 anos. No período oposto, frequentava a escola, onde cursou até a 4° série do ensino fundamental. Com o passar dos anos, seu José trabalhou como comerciante levando produtos de uma cidade para outra. Ele conta que tudo era muito difícil naquela época. O transporte terrestre, por exemplo, era a cavalo ou de carroça. Lembro quando ele contava das difíceis viagens que fazia, quando a carroça estragava e quando o tempo estava ruim. Chegou a ser professor na localidade de Bom Retiro, lecionando para alunos de primeira à quarta série. Os centenários, como seu José, ainda são raros em Santa Catarina. Segundo levantamento do IBGE, eram em média 405 pessoas com idade superior a 90 anos, mas a tendência é que isto aumente nos próximos anos. Eles fazem parte da faixa etária que mais cresceu em Santa Catarina entre os anos de 2000 e 2017. José conta que quando nasceu tinha um irmão gêmeo, que faleceu com...