Aulas individuais e ensaios apenas a competidores: como Pinhalzinho seguiu com atividades culturais

Por Jaine Kasper*

A pandemia mudou rotinas e afetou diretamente atividades culturais, como a dança. Em Pinhalzinho, no oeste de Santa Catarina, não foi diferente e foi necessário seguir restrições. No município, só puderam voltar aos ensaios presenciais dos grupos de dança, oferecidos gratuitamente pela prefeitura, 25 alunos que se apresentam em festivais e representam a cidade em competições. No município são oferecidas aulas de jazz, dança contemporânea e dança urbana.

Para poder voltar às atividades, foram estabelecidas uma série de regras de distanciamento social. “Eles dançam em espaços separados, onde cada um deve ficar, há uma marcação no chão. Todos usam máscara e álcool em gel”, explica a professora de dança da fundação, Udiane Thome.

De acordo com o secretário da pasta, Marcos Bettú, para as atividades permanecerem a fundação oferece o espaço adequado ao profissional para auxiliar e toda a assistência com materiais. “Todas as atividades da secretaria são visuais, vistas por outras pessoas, então como não podemos criar um público em geral, isso dificulta muito pois as pessoas não conseguem se reunir e nem para fazer o ensaio, devido a quantidade de alunos”, pontua.

Em dezembro, o grupo de dança coordenado pela professora Udiane realizou a atividade de conclusão do ano. Devido à pandemia, os professores da fundação decidiram fazer uma atividade online. “Nós professores, nos reunimos e organizamos para fazer gravações do trabalho desenvolvido durante o ano, período de pandemia, para ter um registro e para elas também se assistirem e se sentirem mais motivadas”, destaca.

A apresentação, que contou com 25 alunas, foi gravada em vídeo e está disponível na página da cultura, no Instagram e Youtube.

Heloisa Cristina Matte, de 15 anos, dançarina da fundação desde criança, argumentou sua experiência com as atividades no isolamento de forma positiva. “A pandemia me apresentou novas experiências, entre elas, a autoconfiança que cada aluna precisou ter e tendo em vista o número reduzido de alunos, a professora conseguiu ver o desempenho de cada aluna individualmente. Também me mostrou a importância do contato, a troca de carinho e a interação com o público”, finaliza Heloisa.

Já para a aluna Letícia Mantelli a pandemia lhe ensinou a valorizar pessoas e oportunidades dentro da dança. A dançarina salienta a dedicação individual de cada um, sem a presença do professor.“Temos que valorizar cada pessoa ao nosso lado, valorizar a oportunidade de poder ir a um festival e fazer muitas amizades lá dentro, aprendi também que não podemos esperar para aprender e evoluir somente dentro das aulas com os professores presenciais, mas também em casa”, pondera.

“Foi uma experiência muito diferente do normal, mas confesso que foi bastante divertido, aprendemos bastante coisas, principalmente aprimoramos nosso conhecimento na área da internet”, reforça sobre a atividade de fim de ano. Letícia também evidencia que a principal diferença entre presencial e vídeo é a correria no dia.

Atividades individuais na patinação

O secretário Marcos frisa que além da dança, outras atividades como patinação, oficina de música e desenho, também retornaram com as modalidades presenciais, mas com aulas individuais. “Não há nenhum toque entre os participantes, o uso de máscara é obrigatório. As aulas são realizadas duas vezes na semana, uma na quadra onde ocorre a patinação e outra na sala onde ocorre a dança”, destaca.

Já nas aulas de desenho, não houve retorno por envolvimento do professorem outras atividades internas.

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