INDICADORES DE SEGURANÇA HÍDRICA: ANÁLISE FATORIAL APLICADA AOS MUNCÍPIOS DAS SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS ATIBAIA E PIRACICABA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22295/grifos.v34i62.7126

Palavras-chave:

Indicadores de sustentabilidade., Segurança hídrica., Bacias hidrográficas., Sub-bacias.

Resumo

O crescimento populacional e o adensamento demográfico, derivado da industrialização e disponibilidade hídrica, torna as Bacias Hidrográficas cada vez mais comprometidas em abastecer as comunidades ao redor, dificultando a garantia da quantidade e qualidade de água adequada. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa é analisar um conjunto de indicadores de sustentabilidade para a segurança hídrica, a fim de apresentar uma alternativa de um instrumento de gestão dos recursos hídricos nas sub-bacias hidrográficas dos Rios Atibaia e Piracicaba. O método de pesquisa é exploratório com dados secundários obtidos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento referentes ao ano de 2019. Foi possível validar um conjunto de indicadores de sustentabilidade para se estabelecer um Índice de Segurança Hídrica (I-SH) por município, das respectivas sub-bacias. A partir do I-SH pôde-se construir um Ranking para comparar as condições de segurança hídrica entre os municípios inseridos nas sub-bacias hidrográficas dos Rios Atibaia e Piracicaba. Os resultados obtidos destacam que, em geral, os municípios inseridos na sub-bacia do Rio Piracicaba possuem I-SH melhores quando comparados com os municípios da sub-bacia do Rio Atibaia. Os indicadores: População urbana e População total atendidas com esgotamento sanitário; População urbana e População total atendidas com abastecimento de água e Índices de atendimento total de água e de coleta de esgoto, foram os predominantes quanto à boa segurança hídrica.

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Biografia do Autor

Denise Helena Lombardo Ferreira, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Doutora em Educação Matemática - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, Campus de Rio Claro   Professora e Pesquisadora Pontifícia Universidade Católica de Campinas/SP. CEATEC - Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias Pesquisadora e Membro do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sustentabilidade

Jakeline Pertile Mendes, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Mestre em Sustentabilidade pelo Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade (PPGS) da Pontifícia Universidade Católica - PUC, Campinas, SP. Bolsista CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Especialista em Gerenciamento Ambiental pela Universidade de São Paulo - USP (campus ESALQ - Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz), Piracicaba, SP (2017). Gestora empresarial com ênfase em Marketing pela Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo - FATEC, Americana, SP (2011). Tem experiência nas áreas de Gestão, Tecnologias, Educação Ambiental e Sustentabilidade.

Cibele Roberta Sugaharaa, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Docente em regime de dedicação integral com jornada de pesquisa na Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Doutora  em  Ciência  da  Informação.  Pesquisadora  e  Professora  do  Mestrado  em  Sustentabilidade da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Bruna Angela Banchi, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Docente em regime de dedicação integral com jornada de pesquisa na Pontifícia Universidade Católica de Campinas junto à Faculdade de Ciências Econômicas. Atualmente é professora do Programa de Pós-Graduação interdisciplinar stricto sensu em Sustentabilidade desta Universidade, atuando na linha de pesquisa de Planejamento, Gestão e Indicadores de Sustentabilidade. Possui graduação em Economia e Commercio - Università Degli Studi Bergamo (1989), mestrado em Economics - University of Wisconsin - Madison (1992) e doutorado em Economia Politica - Università Degli Studi Di Pavia (1999). Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Métodos e Modelos Matemáticos, Econométricos e Estatísticos, atuando principalmente nos seguintes temas: indicadores de desenvolvimento sustentável, mercado de trabalho, desigualdade, gestão de recursos hidrícos.

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Publicado

2024-12-12