AS PERFORMANCES E COREOPOLÍTICAS DAS JORNADAS DE JUNHO DE 2013

AÇÃO, SUJEITO E REDE.

Authors

  • Gustavo Souza Santos Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)

DOI:

https://doi.org/10.22295/grifos.v34i62.7575

Keywords:

Performance, Coreopolítica, Mobilização Social, Insurgência, Jornadas de Junho

Abstract

As Jornadas de Junho de 2013 no Brasil emergiram como uma série de protestos cujo enxameamento produziu e produz debates de natureza política, sociocultural, geográfica e historiográfica de controvérsia. Contudo, há que se observar que na tessitura da insurgência que marcou os atos, os sujeitos participantes desempenharam mais do que papéis de mobilização, mas tomaram os atos como telas de expressão de um devir marcado por pulsões sociopolíticas arregimentadas pelas tecnologias em rede e pela contemporaneidade da comunicação de si e da política. Propõe-se refletir aqui a configuração dessas performances, a partir do conceito de coreopolítica, como exercícios de ação sociopolítica em rede, considerando o caso brasileiro. Os sujeitos de junho destravaram um tipologia de agência e potência performática, isto é, demarcado por coreografias políticas e expressões cenográficas que apontam para a espetacularização da pólis, da política e das facetas caleidoscópicas do sujeito como ente social, político e subjetivo.



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Author Biography

Gustavo Souza Santos, Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)

Doutor em Desenvolvimento Social pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) com estágio pós-doutoral pelo Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Social (PPGDS/Unimontes) da mesma universidade. Professor da Faculdade de Comunicação Social e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Pesquisador associado do Citadino (Núcleo Interdisciplinar em Temáticas Urbanas da Unimontes) e do POP (Grupo de Pesquisa em Espaço, Comunicação e Cultura).

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Published

2024-12-12