Mulheres lutam por seus direitos em Chapecó

Mulheres lutam por seus direitos em Chapecó
DSC_9077

Movimento das Mulheres Camponesas participa da manifestação em Chapecó (Foto: Paula Fernanda Taffarel Benetti)

Protestar contra a Reforma da Previdência e Trabalhista para garantir direitos sociais foi o principal objetivo da Marcha das Mulheres realizada na avenida Getúlio Vargas, com início na praça Coronel Bertaso, em Chapecó. O movimento ocorreu na manhã de oito de março, data em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Nos demais estados do Brasil também houve movimento da luta das mulheres, mas isso não ocorreu somente aqui. Em outros países a defesa por direitos e manifestos contra o fim da violência levou multidões às ruas.

Adriana Maria Antunes de Souza, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (Foto:  Gabriela Busatta)

Adriana Maria Antunes de Souza, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (Foto: Gabriela Busatta)

Cerca de mil trabalhadores rurais, representantes de sindicatos e movimentos sociais manifestaram sua opinião através de cartazes, faixas, rostos pintados e gritos de ordem. Muitas mulheres agricultoras que participaram do movimento lutam para garantir o direito à aposentadoria antes dos homens. “Destacamos principalmente a reforma da previdência, mas também focamos na realidade da mulher. De como essa reforma é uma violência para elas de modo geral que, em sua maioria tem tripla jornada, trabalha fora, cuida da casa, dos filhos e muitas vezes do marido também” enfatiza Adriana Maria Antunes de Souza, que faz parte do Sindicato da Agricultura Familiar e da Central Única dos Trabalhadores.

A proposta da Emenda à Constituição, a PEC 287 da (Previdência Social) ignora as diferenças no mercado de trabalho entre homens e mulheres. Por lei, as mulheres devem completar 65 anos, para ter uma aposentadoria integral e é necessário que ela tenha contribuído com mais 49 anos para a previdência privada. A reforma prevê a aposentadoria em 65 anos tanto para homens quanto mulheres, mas esse número pode aumentar devido a estimativa de vida do brasileiro.

Em comparação às manifestações ocorridas em 2016, Adriana destaca que “a participação este ano ocorreu em maior número, e que as pessoas estão muito preocupadas com a reforma da PEC 287 que tramita na Câmara. Em outros momentos a participação pode ser maior, mas talvez seja tarde demais”, alertou.

Texto: Paula Fernanda Taffarel Benetti

Galeria de fotos

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.