Política também é lugar dos jovens

Política também é lugar dos jovens

Hoje a história do Cidadãos do Futuro é sobre a Laryssa. A jovem busca se envolver em causas sociais e se fazer presente em movimentos políticos Produção: Luana Poletto | Supervisão: Eliane Taffarel O engajamento na política da sociedade em geral é essencial. A presença dos jovens nos debates, manifestações, passeatas, entre outros, também é importante para que estes possam ajudar a lutar por mudanças. O fácil acesso ao tema, com o uso da internet, possibilita essa maior participação. Isto porque a juventude pode se envolver mesmo que de uma maneira não institucionalizada. Além disso, podem buscar compreender o contexto político e tomar posicionamentos.  Jovens protagonistas  Laryssa Rebelatto da Silva. Fonte: Arquivo pessoal. Laryssa Rebelatto da Silva tem 17 anos e é estudante do 3º ano do Ensino Médio na Escola de Educação Básica Antonio Morandini, em Chapecó. A jovem gosta de assistir séries, ouvir músicas e ver filmes nacionais. Além disso, também adora ler sobre a História do Brasil. Seus planos para o futuro envolvem cursar História para poder dar aula na rede pública.  A estudante busca se envolver em causas sociais pois sabe a importância delas. “Se envolver nos movimentos sociais é lutar por todo mundo que precisa de ajuda. É botar a mão na massa mesmo, gastar voz, ser aplaudido e vaiado, mas sentir que está mudando algo”. A mãe de Laryssa é professora, então, a jovem comenta que sempre esteve envolvida na luta pelos direitos dos educadores. “Quanto mais a gente se manifesta, mais a gente mobiliza pessoas à nossa volta. Com isso, fazemos mudanças em cada espaço que atingimos. Então manifestações e pronunciamentos sempre...
Curso de Jornalismo lança projeto Cidadãos do Futuro

Curso de Jornalismo lança projeto Cidadãos do Futuro

Nossa primeira história, a da Érica, fala do projeto em que ela está inserida: a democratização da arte Produção: Luana Poletto | Supervisão: Eliane Taffarel A atuação dos jovens em causas sociais se faz bastante relevante e acontece de maneira diversa atualmente. O processo de sensibilização das pessoas, a partir das suas realidades e perspectivas locais, é importante para buscar mudanças e melhorias. Além disso, é enriquecedor que mais indivíduos com outras visões e ideias participem de debates. Com o objetivo de levantar pautas para a produção de interesses do público jovem que visa discutir temas de impacto social, trazendo uma visão crítica sobre o futuro da sociedade, o curso de Jornalismo da Unochapecó organizou o projeto “Cidadãos do Futuro”. O primeiro passo foi a elaboração de um formulário destinado aos estudantes do Ensino Médio do entorno da Região de Chapecó (Oeste de Santa Catarina, Norte do Rio Grande do Sul e Sudoeste do Paraná). A intenção é identificar o protagonismo desses estudantes na luta por causas sociais, de empoderamento e defesa da democracia e também de contar essas histórias quando eles decidem deixar seu contato e o projeto em que estão envolvidos. As histórias desses jovens, dos projetos e os temas em que eles estão interessados, você acompanha quinzenalmente a partir de hoje, aqui na Clim. Se você é jovem e se interessou pelo Cidadãos do Futuro, clique aqui e responda nosso questionário. Jovens protagonistas Érica Maria Zucchi. Fonte: Arquivo pessoal. Érica Maria Zucchi tem 17 anos e reside no município de Concórdia, Santa Catarina. Ela estuda no terceiro ano do curso Técnico em Alimentos integrado ao Ensino...
Uma luta diária

Uma luta diária

Produção: Thaís Dutra | Supervisão: Eliane Taffarel Ao ler o título desta reportagem, várias interpretações podem ser feitas em torno do tema central. A frase “uma luta diária” pode ser relacionada a vida, ao racismo, a homofobia, entre tantos outros temas. No entanto, hoje nossas protagonistas são mulheres e homens que atuam no combate ao machismo, à violência contra a mulher e à desigualdade de gêneros. O machismo sempre existiu, porém com a internet, o assunto tomou maior proporção inclusive com discussões acaloradas. Saiu do âmbito restrito do mundo das feministas e atingiu as manchetes de jornais, televisão e mídias sociais. Saiu do ambiente familiar, do círculo de amigos e ganhou espaço no debate da sociedade.  Berço da misoginia, ou seja, ódio ou aversão às mulheres, o machismo tem se perpetuado ao longo do tempo pela sociedade patriarcal. Suas ramificações estão presentes em toda parte, na família, na escola e no ambiente de trabalho. As atitudes machistas se apresentam camufladas de diversas formas como, por exemplo, nas propagandas de cervejas que colocam a figura feminina no patamar de objeto.  Porém, é também no ambiente familiar onde se transmite essas heranças de geração em geração como frases ou trocadilhos de essência machista. São maneiras veladas de manter a desigualdade de gênero. Quem nunca ouviu a expressão “Segure sua cabrita que o meu bode está solto” ou “Se ele não passar o rodo é viado” ou ainda pior “A culpa é dela” tentando justificar o estupro pelo tamanho da saia ou a roupa que a mulher está vestindo. Assim, a sociedade segue aceitando que a sexualidade masculina é permitida e a...
Informação: um poderoso contraceptivo

Informação: um poderoso contraceptivo

Produção: Thaís Dutra | Supervisão: Eliane Taffarel Com apenas 16 anos, a adolescente Juno engravida de seu colega de aula. O que era para ser apenas uma tarde de divertimento entre dois amigos, se tornou um grande problema para a menina, que se julga incapaz de lidar sozinha com a situação. Imatura para ser mãe, mas consciente de sua responsabilidade elimina logo de cara a possibilidade de um aborto. A jovem decide enfrentar a situação de frente e dar um belo futuro ao seu filho. Este é o enredo de um filme, mas poderia ser a realidade de uma jovem ao nosso redor. A arte imita a vida. O que vemos na ficção, muitas vezes, se transporta para a vida real. Mas nem sempre se tem um final feliz como no filme Juno, citado acima, onde a jovem tem total apoio do pai e da madrasta possibilitando um desfecho positivo. O tema sexo na adolescência ainda causa desconforto e o assunto é geralmente abordado como um tabu pela família, escola e sociedade em geral. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), nascem, por ano, em nosso país mais de 430 mil bebês de mães adolescentes. O índice de gravidez na adolescência, no Brasil, está acima da média mundial. A taxa de fecundidade em meninas brasileiras entre 15 e 19 anos é de 62 a cada mil bebês nascidos vivos, acima da média mundial que é de 44 para cada mil. A gravidez na adolescência  é considerada um problema de saúde pública, pois implica em várias consequências no âmbito moral, social, psicológico, além de riscos para a saúde da jovem. Outros aspectos...
Série de Reportagens – Capítulo 4

Série de Reportagens – Capítulo 4

Produção: Alana de Bairros | Supervisão: Eliane Taffarel Idosos na pandemia: novas experiências para quem já tem muitas O vírus não escolhe idade, etnia ou classe social. Entretanto, não se pode negar a importância de intensificar os cuidados com a parcela da população mais suscetível aos efeitos da Covid-19, os chamados grupos de riscos. Entre eles, estão as gestantes, puérperas, hipertensos, diabéticos, portadores de doenças crônicas e um grupo que corresponde a 14,6% da população no Brasil: os idosos. Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, aproximadamente 30,3 milhões de pessoas tinham 60 anos ou mais em 2017 no país. Não apenas vulneráveis ao novo coronavírus, muitos idosos ficam também expostos aos efeitos do distanciamento social. Apesar de necessário para frear o contágio da doença, o isolamento originou barreiras a serem enfrentadas, como a falta de lazer, de interação e convívio com familiares e amigos. Neste período em que a recomendação é evitar contato físico, “estar junto” ganhou outros significados. Maurília Agnes, por exemplo, comemorou o aniversário de 88 anos, no dia 5 de agosto, de uma maneira fora do habitual: menos visitas e mais ligações telefônicas. A oitava de 13 irmãos, relembra as histórias que sua mãe contava sobre a pandemia de gripe espanhola e o surgimento de outras graves doenças, como a febre amarela, o sarampo e a varicela. “A principal diferença é que antigamente as doenças eram tratadas principalmente com chás de ervas, porque demorava um dia inteiro para chegar na farmácia a cavalo. O soro daquela época, que meus pais davam pra gente, era o caldo que eles ferviam o frango com sal para...
Série de Reportagens – Capítulo 3

Série de Reportagens – Capítulo 3

Produção: Alana de Bairros | Supervisão: Eliane Taffarel Estudantes na pandemia: incertezas, desafios e adaptações ao ensino remoto A educação foi uma das principais áreas afetadas pela pandemia do novo coronavírus. Além dos educadores, estudantes de todo o país precisaram se adequar à migração para o ensino remoto, com aulas on-line, por questões de segurança. Neste contexto, os desafios da adaptação ao novo modelo de ensino, aliados à preocupação com a queda no aproveitamento do conteúdo podem influenciar no rendimento e na saúde mental dos estudantes, da educação básica até a pós-graduação.  André Rogério Mior, de 17 anos, está no terceiro ano do ensino médio, e antes da pandemia, conciliava o trabalho em turno integral com as aulas noturnas, das 18h30 às 22h30. “Era um pouco cansativo, mas eu já estava acostumado com o ritmo”, conta. Agora, com as aulas presenciais suspensas, manter uma rotina de estudos tem sido um novo desafio.  Na turma de 32 alunos do “terceirão” da Escola de Educação Básica Coronel Lara Ribas de Chapecó (SC), da qual André faz parte, as expectativas eram de um ano de profunda preparação para o vestibular. Entretanto, as circunstâncias foram bem diferentes do planejado e quase cinco meses depois do cancelamento das atividades presenciais, a comunidade escolar ainda passa por adaptação na aprendizagem remota. “Ninguém estava preparado para isso. Com os exercícios on-line a gente fica distante da explicação do professor, por isso absorver o conteúdo tem sido muito mais difícil”, ressalta. No caso de André, as maiores dificuldades são nas disciplinas de biologia e química, porém, mesmo nas matérias que sempre teve facilidade, viu suas notas diminuírem....