A vida precisa continuar: seja um doador

A vida precisa continuar: seja um doador

A campanha “Setembro Verde” busca promover a conscientização sobre a doação de órgãos, reunindo esforços do Ministério da Saúde e de diversas ONGs. O Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Cerca de 96% dos transplantes são realizados pelo Sistema Único de Saúde. O orçamento federal destinado para a área em 2018 foi de R$1,036 bilhão. Mesmo assim, as filas de espera ainda são bastante longas, devido ao baixo índice de doadores. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, a taxa de recusa da família em fazer a doação é em torno de 43% no Brasil, enquanto a média mundial é de 25%. Conscientizar a população sobre a doação de órgãos é fundamental para aumentar o número de doadores e promover a recuperação da saúde para as pessoas que estão aguardando esse gesto de solidariedade. Nesta edição do podcast “Para quem ainda não entendeu”, conversamos com o doutor João Baroncello, cirurgião no Hospital Unimed e Hospital Regional do Oeste em Chapecó, e também com o farmacêutico Samuel João Marmentini, que recebeu um rim por meio de transplante, para compreender mais sobre o...
Uma luta diária

Uma luta diária

Produção: Thaís Dutra | Supervisão: Eliane Taffarel Ao ler o título desta reportagem, várias interpretações podem ser feitas em torno do tema central. A frase “uma luta diária” pode ser relacionada a vida, ao racismo, a homofobia, entre tantos outros temas. No entanto, hoje nossas protagonistas são mulheres e homens que atuam no combate ao machismo, à violência contra a mulher e à desigualdade de gêneros. O machismo sempre existiu, porém com a internet, o assunto tomou maior proporção inclusive com discussões acaloradas. Saiu do âmbito restrito do mundo das feministas e atingiu as manchetes de jornais, televisão e mídias sociais. Saiu do ambiente familiar, do círculo de amigos e ganhou espaço no debate da sociedade.  Berço da misoginia, ou seja, ódio ou aversão às mulheres, o machismo tem se perpetuado ao longo do tempo pela sociedade patriarcal. Suas ramificações estão presentes em toda parte, na família, na escola e no ambiente de trabalho. As atitudes machistas se apresentam camufladas de diversas formas como, por exemplo, nas propagandas de cervejas que colocam a figura feminina no patamar de objeto.  Porém, é também no ambiente familiar onde se transmite essas heranças de geração em geração como frases ou trocadilhos de essência machista. São maneiras veladas de manter a desigualdade de gênero. Quem nunca ouviu a expressão “Segure sua cabrita que o meu bode está solto” ou “Se ele não passar o rodo é viado” ou ainda pior “A culpa é dela” tentando justificar o estupro pelo tamanho da saia ou a roupa que a mulher está vestindo. Assim, a sociedade segue aceitando que a sexualidade masculina é permitida e a...
Liberdade para amar: entre cores e dores!

Liberdade para amar: entre cores e dores!

A comunidade LGBT ainda encontra discriminação em diversas situações do dia-a-dia. Muitas vezes desde criança existe uma ideia de se “esconder”, para preservar suas relações de amor e seu bem-estar. Assim, essa população tem um risco aumentado em sua saúde física e mental. Um estudo feito pelo The Trevor Project, maior organização do mundo relacionada à prevenção de suicídio na população LGBT, mostrou que, para um jovem LGBT, a existência de um adulto próximo que o aceite e o acolhe-diminui em 40% a chance de uma tentativa de suicídio. Diante disso, qual o papel da família, e como as relações familiares afetam a saúde mental desta comunidade?  Nesta edição, do podcast “Para quem ainda não entendeu”, conversamos com o Linike de Marco, jovem, gay, chapecoense e também com o presidente da UNA, União Nacional LGBT da unidade de Xanxerê e psicólogo Adones Cruz, para compreender mais sobre o...
Informação: um poderoso contraceptivo

Informação: um poderoso contraceptivo

Produção: Thaís Dutra | Supervisão: Eliane Taffarel Com apenas 16 anos, a adolescente Juno engravida de seu colega de aula. O que era para ser apenas uma tarde de divertimento entre dois amigos, se tornou um grande problema para a menina, que se julga incapaz de lidar sozinha com a situação. Imatura para ser mãe, mas consciente de sua responsabilidade elimina logo de cara a possibilidade de um aborto. A jovem decide enfrentar a situação de frente e dar um belo futuro ao seu filho. Este é o enredo de um filme, mas poderia ser a realidade de uma jovem ao nosso redor. A arte imita a vida. O que vemos na ficção, muitas vezes, se transporta para a vida real. Mas nem sempre se tem um final feliz como no filme Juno, citado acima, onde a jovem tem total apoio do pai e da madrasta possibilitando um desfecho positivo. O tema sexo na adolescência ainda causa desconforto e o assunto é geralmente abordado como um tabu pela família, escola e sociedade em geral. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), nascem, por ano, em nosso país mais de 430 mil bebês de mães adolescentes. O índice de gravidez na adolescência, no Brasil, está acima da média mundial. A taxa de fecundidade em meninas brasileiras entre 15 e 19 anos é de 62 a cada mil bebês nascidos vivos, acima da média mundial que é de 44 para cada mil. A gravidez na adolescência  é considerada um problema de saúde pública, pois implica em várias consequências no âmbito moral, social, psicológico, além de riscos para a saúde da jovem. Outros aspectos...