O lugar dos detentores do saber da medicina tradicional
invisibilidade de raizeiros em políticas públicas
DOI:
https://doi.org/10.22562/2024.60.06Palavras-chave:
Patrimônio imaterial, Medicina tradicional, Política culturalResumo
O artigo discute a invisibilidade dos detentores de saber da medicina tradicional, sobretudo associado à espiritualidade, em políticas públicas. A medicina tradicional se caracteriza, muitas vezes, por um atendimento individualizado, com a fabricação de remédios específicos que podem tratar simultaneamente, o corpo físico e a parte espiritual. Nas últimas duas décadas, avanços têm sido observados no sentido de seu reconhecimento dentro da política de saúde coletiva, sendo representativo o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (2008). No entanto, os produtos e os cuidados com a saúde produzidos nas comunidades tradicionais não se enquadram na categoria de fitoterápicos. Por sua vez, os processos de patrimonialização são demorados e poucas vezes resulta no reconhecimento dos lugares e dos detentores de saber da medicina tradicional, as “raizeiras” e os “raizeiros”. Defende-se que dar visibilidade aos curadores tradicionais em políticas públicas é um passo importante para garantir a atenção primária à saúde em comunidades tradicionais, o combate à intolerância e o fortalecimento do patrimônio cultural da comunidade.
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