ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO SOCIAL E PRESERVAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA NO SUL DO BRASIL: O CASO ARAUCÁRIA +
DOI:
https://doi.org/10.22277/rgo.v16i3.7392Palavras-chave:
Ecossistemas de inovação social. Mata Atlântica. Desenvolvimento sustentável. Araucária +. Sul do Brasil.Resumo
Objetivo: Explorar as controvérsias entre os atores mapeados no projeto Araucária + para entender as questões que impedem um avanço mais rápido na preservação da floresta com Araucárias no sul do Brasil na direção do ODS 15.
Método/abordagem: Estudo de caso qualitativo e interpretativo que considera o contexto cultural, histórico e político da região e observa as tensões na dinâmica e gestão das interações dentro do ecossistema de inovação social estudado.
Principais Resultados: A pesquisa apresenta os atores, seus papéis e relações, revelando duas controvérsias principais: (1) ausência de consenso sobre a necessidade de proteger a floresta e, (2) a questão da pecuária e seu impacto nas florestas remanescentes.
Contribuições teóricas/práticas/sociais: Este estudo contribui para problematizar e avançar em relação a modelos teóricos normativos, estáticos e predeterminados que descrevem modelos de ecossistemas de inovação social ideais, sem trazer à tona as particularidades e controvérsias existentes em ecossistemas específicos. O artigo contribui, assim, para a compreensão da complexidade de um ecossistema de inovação social destinado a proteger a Mata Atlântica no Sul do Brasil, a partir da literatura sobre Ecossistema de Inovação Social.
Originalidade/relevância: Ao contribuir para a compreensão de uma rede de atores específica voltada para a preservação da Mata Atlântica sob a perspectiva da abordagem dos ecossistemas de inovação social, o artigo fornece insights sobre a complexidade dessa rede que foge dos modelos ideais encontrados na literatura, assim como traz luz a uma importante experiência voltada para a preservação de florestas, em conexão direta com o ODS 15 e indiretamente com os demais ODSs.
Downloads
Referências
Abramovay, R. (2019). Amazônia: por uma economia de conhecimento da natureza. São Paulo: Elefante.
Andion, C., Alperstedt, G. D., & Graeff, J. F. (2020). Social innovation ecosystems, sustainability, and democratic experimentation: a study in Florianopolis, Brazil. Revista de Administração Pública, 54(1), 181-200.
Andion, C.; Ronconi, L.; Moraes, R. L.; Gonsalves, A. K. R.; Serafim, L. B. D. (2017). Civil society and social innovation in the public sphere: A pragmatic perspective. Revista de Administração Pública, (51)3, 369-387.
Andion, Carolina; Serva, Maurício; Lévesque, Benoît. (2006). O debate sobre a economia plural e sua contribuição para o estudo das dinâmicas de desenvolvimento territorial sustentável. Eisforia: desenvolvimento territorial sustentável: conceitos, experiências e desafios teórico-metodológicos. Florianópolis, 4(4), 199-211.
Andion, C., Alperstedt, G. D., Graeff, J. F., Ronconi, L. A. (2022). Social innovation ecosystems and sustainability in cities: a study in Florianópolis, Brazil. Environment, Development and Sustainability, 24(1), 1259-1281.
Aryal, K., Laudari, H. K., & Ojha, H. R. (2020). To what extent is Nepal’s community forestry contributing to the sustainable development goals? An institutional interaction perspective. International Journal of Sustainable Development & World Ecology, 27(1), 28-39.
Baumgartner, R. J. (2019). Sustainable Development Goals and the forest sector - A complex relationship. Forests, 10(2), 152. https://doi.org/10.3390/f10020152
Brandsen, T., Cattacin, S., Evers, A., & Zimmer, A. (2016). Social innovations in the urban context. Springer Nature.
Bryman, A. (2016). Social research methods. Oxford University Press.
Bukoski, J. J., Drazen, E., Johnson, W. R., & Swamy, L. (2018). Tropical forests for sustainable development: Shaping the 2030 Agenda for Sustainable Development with knowledge from the field. Journal of Sustainable Forestry, 37(2), 77-81.
Bursztyn, M. A. (2018). Fundamentos de política e gestão ambiental: caminhos para a sustentabilidade. Editora Garamond.
Cefaï, Daniel. (2009). Como nos mobilizamos? A contribuição de uma abordagem pragmatista para a sociologia da ação coletiva. Dilemas-Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, 2(4), 11-48.
Chateauraynaud, F. (2011). Argumenter dans un champ de forces. Essai de Balistique Sociologique. http://gspr.ehess.free.fr/docs/FC/doc/doc-FC-2010-BALISTIQUE_4_PAGES.pdf
Creswell, J. W., & Creswell, J. D. (2021). Projeto de pesquisa: Métodos qualitativo, quantitativo e misto. Penso Editora.
Domanski, D. (2018), ‘Developing regional social innovation ecosystems’, in Y. Franz, H-H. Blotevogel and R. Danielzyk (eds), Social Innovation in Urban and Regional Development: Perspectives on an Emerging Field in Planning and Urban Studies, ISR-Forschungsbericht Heft 47, Vienna: Verlag der Österreichischen Akademie der Wissenschaften, 117–28.
Dewey, J. [1915] (1981) Experience et Nature. Paris: Gallimard.
Dewey, J. [1927] (1954) The public and its problems. Chicago: The Swallow Press.
Domanski, D., Howaldt, J., & Kaletka, C. (2020). A comprehensive concept of social innovation and its implications for the local context–on the growing importance of social innovation ecosystems and infrastructures. European Planning Studies, 28(3), 454-474.
Domanski, D., Kaletka, C. (2018). Social innovation ecosystems. In J. Howaldt, C. Kaletka, A. Schröder, M. Zirngiebl (Eds.), Atlas of social innovation: New practices for a better future, 208–210.
Emerson J. (2003), The blended value map. Integrating social and financial returns. California Management Review, 45(4), 34-51.
Florit, L. F. (2016). Conflitos ambientais, desenvolvimento no território e conflitos de valoração: considerações para uma ética ambiental com equidade social. Desenvolvimento e Meio Ambiente, 36, 255-271. http://dx.doi.org/10.5380/dma.v36i0.41624
Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – CERTI (2012b). Análise Integrada das Cadeias Produtivas de Espécies Nativas da FOM e seu impacto sobre este Ecossistema: Volume II - Estratégia de Valoração da Floresta com Araucária.
Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras - CERTI. (2012a). Análise Integrada das Cadeias Produtivas de Espécies Nativas da FOM e seu impacto sobre este Ecossistema: Volume I - Relatório Final: Diagnóstico das Cadeias Produtivas do Pinhão e da Erva-Mate.
Gibbs, G. (2009). Análise de dados qualitativos: coleção pesquisa qualitativa. Bookman Editora.
Hazarika, R., & Jandl, R. (2019). The Nexus between the Austrian Forestry Sector and the Sustainable Development Goals: A Review of the Interlinkages. Forests, 10(3), 205. https://doi.org/10.3390/f10030205
Hiratsuka, M., Nakama, E., Satriadi, T., Fauzi, H., Aryadi, M., & Morikawa, Y. (2019). An approach to achieve sustainable development goals through participatory land and forest conservation: a case study in South Kalimantan Province, Indonesia. Journal of Sustainable Forestry, 38(6), 558-571.
Howaldt J., Kopp R. & Schwarz M. (2015). On the theory of social innovations: Tarde’s neglected contribution to the development of a sociological innovation theory. Weinheim, Beltz Juventa.
Howaldt, J., & Schwarz, M. (2010). Social Innovation: Concepts, research fields and international trends. Sozialforschungsstelle Dortmund.
Kirillov, S., Slipenchuk, M., & Zengina, T. (2016). Management of the sustainable development of the Baikal natural territory in Russia. International Journal of Innovation and Sustainable Development, 10(1), 57-68.
Latour, B. (2012). Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede. Edufba.
Marshall, Catherine & Rossman, Gretchen B. (1995). Designing qualitative research. Newbury Park, CA: Sage.
Lévesque, B. (2009). Economia plural e desenvolvimento territorial na perspectiva do desenvolvimento sustentável: elementos teóricos de sociologia econômica e de socioeconomia. Política & Sociedade, 8(14), 107-144.
Mehmood, A. (2016). Institutional forms of social innovation. International Journal of Innovation and Sustainable Development, 10(3), 300-311.
Moulaert F., Martinelli F., Swyngedouw E., & González S. (2005), Towards alternative model(s) of local innovation. Urban Studies, 42(11), 1969-1990.
Moulaert, F., MacCallum, D., Mehmood, A., Hamdouch, A., Mehmood, A., & Parra, C. (2013). Social innovation in an unsustainable world. The international handbook on social innovation.
Nobre, I., & Nobre, C. (2019). Projeto “Amazônia 4.0”: definindo uma terceira via para Amazônia. Sorj, B.; Soupizet, Jf; Fausto, S. Futuribles, São Paulo: SP, 7-20.
Olsson, P., Moore, M. L., Westley, F. R., & McCarthy, D. D. (2017). The concept of the Anthropocene as a game-changer: a new context for social innovation and transformations to sustainability. Ecology and Society, 22(2), 31. https://doi.org/10.5751/ES-09310-220231
Pecqueur, Bernard. (2006a). A guinada territorial da economia global. Eisforia, Florianópolis, 4(4), 81-106.
Pecqueur, Bernard. (2006b). Qualidade e desenvolvimento territorial: a hipótese da cesta de bens e de serviços territorializados. Eisforia, Florianópolis, 4(4), 135-153.
Pecqueur, Bernard; VIEIRA, Paulo Freire. (2015). Territorial Resources and Sustainability: Analyzing Development in a “Post-Fordist” Scenario. Sustainability, 141-157. https://doi.org/10.1007/978-94-017-9532-6_12
Strauss, A., & Corbin, J. (1998). Basics of qualitative research: techniques and Procedures for Developing Grounded Theory. Sage Publications. London.
Terstriep, J., & Pelka, B. (2016). Mapping Social Innovation Maps–The State of Research Practice across Europe. European Public & Social Innovation Review, 1(1), 3-16. https://doi.org/10.31637/epsir.16-1.1
Phillips, W., Lee, H., Ghobadian, A., O’regan, N., & James, P. (2015). Social innovation and social entrepreneurship: A systematic review. Group & Organization Management, 40(3), 428-461.
Phills Jr. J.A., Deiglmeier K., & Miller D.T. (2008), Rediscovering Social Innovation. Stanford Social Innovation Review, 6(3), pp. 34-43. Emerson, 2003.
Rossman, G. B., & Rallis, S. F. (2011). Learning in the field: An introduction to qualitative research. Sage.
Sayer, J., Sheil, D., Galloway, G., Riggs, R. A., Mewett, G., MacDicken, K. G., ... & Edwards, D. P. (2019). SDG 15: life on land–The Central role of forests in sustainable development. Sustainable Development Goals: their impacts on forests and people. Cambridge University Press, Cambridge.
Schmitt, V. G. H., & Neto, L. M. (2011). Associativismo, comércio justo e o desenvolvimento territorial sustentável: a experiência da Toca Tapetes. REGE-Revista de Gestão, 18(3), 323-338.
Schulze, E-D., Beck, E., Müller-Hohenstein, K. (2005). Plant Ecology. Springer-Verlag, Berlin.
Sgaragli F. (2014). Enabling social innovation ecosystems for community-led territorial development. Rome, Fondazione Giacomo Brodolini.
Stake, R. E. (2005). Qualitative Case Studies. In N. K. Denzin & Y. S. Lincoln (Eds.), The Sage handbook of qualitative research (pp. 443–466). Sage Publications Ltd.
United Nations (2015). Transforming our World: the 2030 agenda for sustainable development. United Nations, New York.
Varadarajan, R. (2014). Toward sustainability: Public policy, global social innovations for base-of-the-pyramid markets, and demarketing for a better world. Journal of International Marketing, 22(2), 1-20.
Vibrans, A. C., Sevegnani, L., Uhlmann, A., Schorn, L. A., Sobral, M. G., de Gasper, A. L., ... & Verdi, M. (2011). Structure of mixed ombrophyllous forests with Araucaria angustifolia (Araucariaceae) under external stress in Southern Brazil. Revista de Biologia Tropical, 59(3), 1371-1387.
Vibrans, A. C.; Sevegnani, L.; Gasper, A. L.; Lingner, D. V. (2013). Inventário florístico florestal de Santa Catarina: Floresta Ombróila Mista. Blumenau: Edifurb, 25-271.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Estou ciente de que, em sendo aprovado, a publicação do artigo será no formato on-line na RGO.
Também tenho ciência de que há autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Do ponto de vista do Creative Commons, a Revista Gestão Organizacional é de acesso aberto e irrestrito, porém não permitindo adaptações nos artigos, nem o uso comercial.
Sobre a licença Creative Commons: As licenças e instrumentos de direito de autor e de direitos conexos da Creative Commons forjam um equilíbrio no seio do ambiente tradicional “todos os direitos reservados” criado pelas legislações de direito de autor e de direitos conexos. Os nossos instrumentos fornecem a todos, desde criadores individuais até grandes empresas, uma forma padronizada de atribuir autorizações de direito de autor e de direitos conexos aos seus trabalhos criativos. Em conjunto, estes instrumentos e os seus utilizadores formam um corpo vasto e em crescimento de bens comuns digitais, um repositório de conteúdos que podem ser copiados, distribuídos, editados, remixados e utilizados para criar outros trabalhos, sempre dentro dos limites da legislação de direito de autor e de direitos conexos.
A Revista Gestão Organizacional adota o sistema: Atribuição-SemDerivações-SemDerivados CC BY-NC-ND: Permite o download dos seus trabalhos e o compartilhemento desde que atribuam crédito, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais.