Situações de vulnerabilidade na pecuária de corte no Rio Grande do Sul: entre políticas públicas e questões rurais atuais
DOI:
https://doi.org/10.22295/grifos.v27i45.4491Palavras-chave:
Programa Criança Feliz. Educação Infantil. Direitos das crianças.Resumo
O objetivo do artigo foi compreender o grau de vulnerabilidade sobre diferentes questões rurais vinculadas à ação do Estado em relação aos meios de vida de pecuaristas de corte do sul do Rio Grande do Sul, analisando como esses produtores criam estratégias de enfrentamento ou de adaptação aos efeitos das situações de vulnerabilidade a que estão expostos. A abordagem dos meios de vida é utilizada como instrumental analítico para estudar situações de vulnerabilidade. Os dados empíricos provêm da realização de 60 entrevistas com pecuaristas de corte dos municípios de Bagé, Dom Pedrito, Pinheiro Machado e Piratini, ao sul do Rio Grande do Sul. Os resultados apontam que entre os setes fatores de vulnerabilidade analisados, a presença do Estado, por meio da atuação da prefeitura municipal e de agências de extensão e pesquisa, é importante ativo para reação às situações de vulnerabilidade quando acessível ao produtor rural. Os pecuaristas procuram em organizações locais, como sindicatos e associações de produtores, mecanismos para reagir à vulnerabilidade, assim como a mobilização de ativos internos à propriedade rural, quando da fragilidade do atendimento de serviços que deveriam ser oferecidos por políticas públicas. A superação dos desafios políticos envolve a constituição de sistemas de governança mais próximos às diferentes realidades rurais, facilitada quando compreendidas as situações de vulnerabilidade que podem ser geradas pela presença ou ausência do Estado.
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