DIFERENCIAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR ASSOCIADA À PROCESSOS DE TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA COM APOIO DE FERRAMENTAS SOCIAIS EMANCIPADORAS
DOI:
https://doi.org/10.22295/grifos.v32i60.7281Palabras clave:
agroecologia; sustentabilidade; ferramentas participativasResumen
Processos de inovação e produção de conhecimentos agroecológicos possibilitam maior eficiência dos fatores internos de produção, e isso ocorre de forma mais natural e efetiva em unidades de produção onde está mais presente o modo camponês de produzir e se relacionar com a natureza. Para a maior sustentabilidade de sistemas de produção familiares é importante promover ações que visem à transição agroecológica a partir do resgate e fortalecimento de práticas, estratégias e padrões de consumo de uma agricultura que tenha nos critérios e estratégias agroecológicas e camponesas, seus objetivos precípuos, apoiando-se para isso na busca e valorização da recampesinização de seus modos de produção. Esse estudo identifica a participação e interação entre os eixos da campesinidade, sustentabilidade, organização social e agenciamento do desenvolvimento rural, em visão sistêmica, numa perspectiva da ecologização dos saberes, em que reconhece a inviabilização do processo de modernização da agricultura baseado na especialização produtiva. Apresenta-se proposta de ferramentas técnicas e organizativas que podem ser aplicadas por agentes de desenvolvimento rural, assim como, coletivamente, pelos próprios atores sociais diretamente envolvidos. Assim, há condições de conhecer e interpretar a realidade para identificar características determinantes à transição agroecológica, proporcionando meios de apoiar tomada de decisão visando promover mudanças comportamentais.
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