Breve panorama histórico do Movimento dos Atingidos por Barragens(MAB) na Bacia do Rio Uruguai e o conflito da futura Usina Hidrelétrica em Itapiranga (SC)
DOI:
https://doi.org/10.22295/grifos.v26i42.3862Resumen
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) possui parte de suas raízes na bacia do rio Uruguai. Devido à proximidade do Sudeste brasileiro e à geografia do rio, os estudos realizados no rio Uruguai na década de 1960 constataram que a bacia do rio Uruguai era bastante apropriada para a expansão do setor hidrelétrico. O processo social correspondente à hidreletricidade no Brasil é caracterizado por paradoxos como o de um desenvolvimento econômico marcado pela expansão do parque gerador, que, predominando a matriz hidrelétrica, contrasta com a inundação de milhares de quilômetros de terra onde vivem comunidades locais que foram remanejadas compulsoriamente. A organização dos atingidos por barragens tem seus primeiros passos datados ainda no final da década de 1970, durante a ditadura militar. É no contexto da luta da retomada dos direitos civis e políticos que várias organizações e lutas sociais emergem. Os estudos técnicos e socioambientais, bem como os conflitos políticos e sociais que envolvem a construção da barragem de Itapiranga já ocorrem há mais de três décadas. O desgaste promovido por este impasse fica bastante evidente diante dos relatos de todos os atores envolvidos. A metodologia utilizada neste trabalho compreende a revisão bibliográfica de produções acadêmicas sobre a construção de UHEs na bacia do rio Uruguai e sobre o MAB. Utilizamos, também, a observação participante em eventos organizados pelo movimento. Interpretamos os textos documentais e os debates que aconteceram durante eventos e atividades do MAB a partir da metodologia de análise de conteúdo, segundo Chizzotti (1995) e Moraes (1998).Descargas
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