“CAMPONÊS” OU “AGRICULTOR FAMILIAR”: COMO OS AGRICULTORES PARTICIPANTES DO PNAE EM VIÇOSA-MG SE RECONHECEM
DOI:
https://doi.org/10.22295/grifos.v31i57.6705Keywords:
Agricultura Familiar. Campesinato. PNAE. Política Pública.Abstract
O campesinato, que lutou contra a estrutura agrária latifundiária e por acesso à terra, passa, a partir da Lei 11326/06, a ser contemplado por políticas públicas, na qualidade de agricultor familiar. Mediante essa denominação, o presente artigo se propõe a refletir sobre o uso das terminologias “camponês” e “agricultor familiar” sob a perspectiva dos produtores rurais, em especial, os que ofertavam alimentos ao PNAE em Viçosa-MG [1]. A metodologia se desenvolveu por meio de uma abordagem prioritariamente qualitativa, utilizando-se de entrevistas semiestruturadas, história de vida e observação participante. Os achados foram examinados a partir da análise de conteúdo, buscando-se compreender como e porque esses agricultores se reconheciam quanto a essas terminologias. Os resultados demonstraram receio, desconhecimento e desinteresse pela identidade camponesa, sendo que apenas 13% dos entrevistados se reconheceram como tal, mesmo estando presente nas falas dos demais, características preconizadas pelo campesinato como a manutenção das tradições de cultivo, a pequena porção de terra para a produção, a relação familiar com a terra e a participação em movimentos sociais. Assim, acredita-se que a generalidade conceitual da terminologia agricultura familiar, por tratar diferentes como iguais, pode culminar na extinção, não apenas da terminologia camponês, mas também das estratégias de resistência desse grupo social. Essa extinção pode desencadear na desarticulação política desses atores que ao longo da história foram os protagonistas de muitas conquistas no campo das políticas públicas.
Downloads
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Revista Grifos
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Estou ciente de que, em sendo aprovado, a publicação do artigo será no formato on-line no Portal de Periódicos da Unochapecó.
Também tenho ciência de que há autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Do ponto de vista do Creative Commons, a Revista Grifos é de acesso aberto e irrestrito, porém não permitindo adaptações nos artigos, nem o uso comercial.
Sobre a licença Creative Commons: As licenças e instrumentos de direito de autor e de direitos conexos da Creative Commons forjam um equilíbrio no seio do ambiente tradicional “todos os direitos reservados” criado pelas legislações de direito de autor e de direitos conexos. Os nossos instrumentos fornecem a todos, desde criadores individuais até grandes empresas, uma forma padronizada de atribuir autorizações de direito de autor e de direitos conexos aos seus trabalhos criativos. Em conjunto, estes instrumentos e os seus utilizadores formam um corpo vasto e em crescimento de bens comuns digitais, um repositório de conteúdos que podem ser copiados, distribuídos, editados, remixados e utilizados para criar outros trabalhos, sempre dentro dos limites da legislação de direito de autor e de direitos conexos.
A Revista Grifos adota o sistema: Atribuição-SemDerivações-SemDerivados CC BY-NC-ND: Permite o download dos seus trabalhos e o compartilhemento desde que atribuam crédito, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais.
- Autores concedem à revista o direito de publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- A Política de Direito Autoral adotada está cadastrada no Diadorim <diadorim.ibict.br>.