A sustentabilidade nos territórios do milho crioulo: olhares para Anchieta/SC e Ibirama/RS

Autores

  • Antônio Valmor de Campos Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
  • Kelly Perlin Cassol Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
  • Carmen Rejane Flores Wizniewsky Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

DOI:

https://doi.org/10.22295/grifos.v27i44.4049

Palavras-chave:

CONAE. PNE. Políticas Educacionais. Planejamento Educacional. Gestão Democrática.

Resumo

O desenvolvimento sustentável representa a expectativa de melhores condições de vida para toda a população. Espera-se verificar se nos territórios do milho crioulo de Ibarama e Anchieta é possível identificar aspectos que contemplam essa concepção. Também se pretende averiguar se os agricultores que cultivam milho crioulo optam por um modelo de desenvolvimento, que tenha preocupações efetivas com o equilíbrio social e ambiental. Os resultados da pesquisa empírica foram analisados sob a ótica da sustentabilidade que concilie o de crescimento econômico com as organizações culturais, associativas que priorizam o modelo agrícola do policultivo, da agroecologia e da autonomia, utilizando as sementes crioulas, principalmente a de milho. Isso é visível nos “territórios do milho crioulo”, como em Ibarama/RS e Anchieta/SC. Nesses locais, um grupo de agricultores se organiza para praticar e defender o desenvolvimento sustentável, que se concretiza pela utilização das sementes crioulas, especialmente do milho. Os pesquisadores/autores realizaram pesquisas nesses territórios para a elaboração das suas dissertações de mestrado. Em Anchieta a pesquisa realizada pelo autor 1, ocorreu no ano de 2004. Porém, isso o aproximou desse território, mantendo as visitas in loco, até a realização de doutorado no mesmo território, concluído no corrente ano. A segunda autora, concluiu seu mestrado no território de Ibarama, no ano de 2013. Isso permitiu conhecer e analisar as atividades desenvolvidas por esses agricultores. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas e a partir de informações colhidas em reuniões, encontros, visitas e feiras sobre o milho crioulo. O presente artigo apresenta, além da descrição dessas experiências, mediante noções teóricas sobre a sustentabilidade e as interfaces com o milho crioulo. Demonstra-se, ainda, a possibilidade de o cultivo do milho crioulo ser catalisador de práticas agrícolas votadas para o desenvolvimento sustentável, com menor impacto ambiental e melhor justiça social.

Biografia do Autor

Antônio Valmor de Campos, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS

Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestre em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Graduado em Ciências e Matemática e Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Fundação Educacional do Alto Uruguai Catarinense. Graduado em Direito pela Universidade Regional Integrada/Campus Frederico Westphalen. Professor do Magistério Superior da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó/SC

Kelly Perlin Cassol, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Doutoranda pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, no Programa de Pós Graduação em Geografia – PPGEO.

Carmen Rejane Flores Wizniewsky, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Doutora em Geografia, Revalidação de Título no Exterior pela Universidade Federal de Santa Catarina e Doutorado em Geografia e Ciências do Território da Universidad de Córdoba – Espanha. Docente junto ao Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO) na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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Publicado

2018-09-27