OS ASPECTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS NA RELAÇÃO COM A AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA
DOI:
https://doi.org/10.22295/grifos.v23i36/37.2507Resumo
O presente artigo organiza-se em torno dos fatores extramuros e seus impactos no IDEB dos municípios de Itapiranga, São João do Oeste e Tunápolis, no Oeste de Santa Catarina, considerando suas múltiplas significações e dimensões. Para tanto, apresenta o horizonte teórico-conceitual da temática e uma pesquisa empírica com cinco professores aposentados e que vivenciaram o processo de colonização e implantação da escola paroquial. Nesta perspectiva pretende responder ao problema central: Os bons Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) medidos pela Avaliação em Grande Escala podem ser explicados pela trajetória histórica e cultural de um povo? O estudo também pretende contribuir para a crescente centralidade no quadro dos debates, das decisões e das práticas educativas nas escolas: focar a prática pedagógica para as avaliações em larga escala ou respeitar a autonomia pedagógica dos docentes? A responsabilização do professor e da escola pelos índices bons ou deficitários é apenas mais uma face do movimento mais amplo na gestão pública. Os índices passam a ser entendidos como um valor que deve guiar as políticas públicas para a educação, como uma forma de prestação de contas a sociedade. A responsabilização, a desautorização e a naturalização recebem uma importância cada vez maior neste contexto, ignorando os fatores extramuros que impactam nos índices.Downloads
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