A Semana Acadêmica do curso de Jornalismo da Unochapecó encerra nesta terça-feira, 22 de setembro, com a palestra “Apuração e Investigação em Coberturas Jornalísticas”, ministrada pela jornalista Jessica Mota, repórter da Agência Pública de Jornalismo Investigativo, de São Paulo.
A jornalista irá discorrer sobre a técnica da apuração e as investigações implementadas pela Agência Pública, os caminhos que os repórteres percorrem para extrair dados e conseguir entrevistas. Jessica adianta que, na Pública, é costume fazer reportagens extensas. “A apuração aqui é bem abrangente, são investigações aprofundas”, explica.
O coordenador do curso, Vagner Dalbosco, ressalta que o evento, neste ano, procura fugir dos meios convencionais de se fazer jornalismo. A intenção é trazer uma experiência diferenciada no que se refere ao jornalismo investigativo. “Além de conhecer os métodos utilizados pelos jornalistas da Pública para a apuração das reportagens, os estudantes poderão conhecer como a agência se mantém economicamente”, pontua o coordenador.
A palestra está marcada para às 19h, no plenário do bloco R, e os inscritos na Semana Acadêmica devem registrar a presença das 18h30 às 19h30, no hall do plenário.
A palestrante
Jessica Mota é jornalista, com graduação em Comunicação Social pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Participou do 9º Curso de Jornalismo em Situação de Conflitos Armados, com seleção e direção da Oboré. Pós-graduada em Estudos Brasileiros pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp). Atua há quatro anos como repórter na Agência Pública, onde já produziu investigações aprofundadas acerca da violação de direitos humanos em grandes eventos, como a Copa do Mundo, bem como violações cometidas a indígenas, população periférica e carcerária e em relação ao meio ambiente.
A jornalista é também co-diretora do filme curta-metragem “Beiradão/Hup Boyoh”, lançado pelo Canal Futura. Compôs uma das três equipes vencedoras do 4º Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, com o projeto “Olhar indigesto” e fez parte da equipe de repórteres vencedora do 31º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, na categoria especial “Segurança Pública: padrão ditadura em plena democracia”, oferecido pela OAB/RS, com a reportagem “O inquérito Black Bloc”.
A Agência Pública
A Agência Pública atua para promover o jornalismo investigativo independente, através de programas de mentorias para jovens jornalistas, bolsas de reportagem e incubação de projetos inovadores de jornalismo independente. Aposta num modelo de jornalismo sem fins lucrativos para manter a independência. É pioneira no Brasil e sua missão é produzir reportagens pautadas pelo interesse público, sobre as grandes questões do país do ponto de vista da população, visando ao fortalecimento do direito à informação, à qualificação do debate democrático e à promoção dos direitos humanos.
Todas as reportagens publicadas pela agência são livremente reproduzidas por uma rede de mais de 60 veículos de comunicação, sob a licença creative commons. Os impactos dos megaeventos esportivos, tortura e violência dos agentes do Estado, megainvestimentos na Amazônia, crise urbana, e empresas e violações de direitos humanos são as principais investigações. Entre os parceiros da agência estão centros independentes de jornalismo da América Latina, dos Estados Unidos e Europa, além de veículos tradicionais e expoentes das novas mídias.
Confira a entrevista com a jornalista Jéssica Mota, concedida por telefone para a Rádio Clim:
Para saber mais sobre o trabalho realizado pela Pública, no caso Tapajos, acesse as reportagens especiais e ao documentário “Um rio em disputa”: