Gratificação natalina gera aumento no orçamento anual

Gratificação natalina gera aumento no orçamento anual

Todo fim de ano traz as férias, festas, compra de presentes e resulta em um gasto muitas vezes não planejado. Além das datas comemorativas, logo no início ano, também tem as compras do material escolar. Para dar aquela ajuda no orçamento, uma gratificação de final de ano acrescenta um sinal positivo nos cálculos, das contas ou das compras, que deverão ser pagas. Equilibrar a balança que pesa mais para o lado das contas, é a grande meta dos brasileiros e para isso muitos usam o 13° salário.

As dúvidas mais comuns de uma grande parcela da população brasileira é de como usar o décimo terceiro salário. Pagar contas ou comprar o que é necessário? Viajar ou gastar nas festas de final do ano? A gratificação, geralmente, é usada para pagar dívidas acumuladas ao longo do ano. Segundo o Serasa, a dívida média por pessoa é de R$ 4 mil, sendo que, 40% dos brasileiros com mais de 18 anos estão inadimplentes, e o pior, a maioria não sabe sequer quanto deve ou para quem está devendo. Ainda assim, de acordo com números do SPC Brasil, quase 90% querem comprar pelo menos um presente neste fim de ano.

A gratificação de natal, também conhecida popularmente como décimo terceiro salário, foi instituída no Brasil em 1962, pela Lei 4.090, garantindo ao trabalhador remuneração correspondente a 1/12 (um doze) avos por mês trabalhado, que resulta em um salário extra no final de cada ano. Recebem a remuneração os trabalhadores com carteira assinada, sejam trabalhadores rurais, urbanos ou avulsos e também os aposentados e pensionistas do INSS.

A Lei 4.749, de 1965, determina que a gratificação deve ser paga em duas parcelas. A primeira paga entre o dia 1º de fevereiro até o dia 30 de novembro e a segunda parcela deve ser paga até o dia 20 de dezembro, tendo como base de cálculo o salário de dezembro menos o valor adiantado na primeira parcela. O empregado também pode solicitar ao empregador o pagamento junto de suas férias.

O economista e professor na Unochapecó, Julio Cesar Araujo, recomenda que os consumidores endividados priorizem as dívidas em atraso, seja na sua totalidade ou pagando uma entrada e negociando o restante. “Aconselha-se a todos os consumidores, que separem um valor para as despesas do começo do ano,  tais como: IPVA, IPTU e material escolar, que também podem ser antecipados para conseguir descontos ou pagar menos”, aponta. O economista orienta ainda, que os endividados procurem seus credores para tentar negociar os valores, com a proposta de pagamento integral da dívida, pois geralmente conseguem descontos, ao menos nos montantes dos juros.

No caso do consumidor não ter dívidas, é interessante separar uma parcela para emergências, guardar na poupança e preparar-se para os gastos do começo do ano. Julio alerta que é importante ter em mente que seus gastos não podem exceder seu orçamento, é necessário planejamento para não ter futuros problemas financeiros.

Produção: Acin Jornalismo

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