Fotojornalista com mais de 40 anos de carreira, Antonio Carlos Mafalda, palestrou para o curso de Jornalismo da Unochapecó, na noite de terça-feira, 26. Ele contou aos estudantes e professores histórias de sua trajetória pelo mundo e os desafios que enfrentou como profissional.
Aproveitar as técnicas e a cultura que se adquire na universidade é um dos conselhos de Mafalda para os acadêmicos que desejam seguir a área do fotojornalismo. “Faça foto todo dia! Exercitar o olhar é importante. Hoje é mais fácil de exercitar as técnicas fotográficas. Exercitando é que vais fazer a foto que as outras pessoas não enxergam, pois a grande importância que tem a fotografia no meio jornalístico é captar a imagem que os outros não viram. Quando sair da universidade nunca desanime e fotografe!”, pontua.
Dois principais obstáculos enfrentados pelos profissionais dessa área, foram explanados por Mafalda. O primeiro é os preços dos equipamentos, isso pode prejudicar o inicio da carreira. O segundo é descobrir quais áreas o jornalista se interessa em fotografar. “Temos muitos nichos na fotografia, há espaço na agricultura, no turismo, em uma assessoria de imprensa e nos jornais. É preciso descobrir qual a vocação para realizar o fotojornalismo”, ressalta o palestrante.
O jornalista
Antonio Carlos Mafalda iniciou no jornalismo em 1969, quando fundou dois jornais no interior do Rio Grande do Sul (Jornal da Produção, em Carazinho e Tribuna da Produção, em Palmeira das Missões). Já na década de 1970, ingressou no jornal Zero Hora, onde atuou por 15 anos. Foi correspondente da RBS na Europa entre 1980 e 1982. De volta ao Brasil, trabalhou na Revista Senhor (SP), Folha de São Paulo (SP) e nas revistas Afinal e Veja (SP) e Placar (RJ). De 1987 a 1992 foi editor de fotografia do Diário Catarinense em Florianópolis. Entre 1998 e 1999 respondeu pela editoria de fotografia do jornal O Estado, também em Florianópolis.
Desde o ano de 2002 possui a “Mafalda Press“, uma agência de fotojornalismo que trabalha com a cobertura do Estado de Santa Catarina, fornecendo seus materiais para outras agências e jornais nacionais e internacionais. Com mais de 40 anos de carreira, o fotojornalista registrou três Copas do Mundo, a queda do presidente Juan Maria Bordaberry no Uruguai, a ditadura na Argentina e foi correspondente pela RBS na Europa durante dois anos, cobrindo as revoluções na América Latina e a Guerra do Irã-Iraque.