Em comemoração ao Dia das Crianças, na tarde desta quinta-feira (12), no Parque Desbravalley foi lançado o filme “Rainha Leona em: O sabor das estrelas”, que é baseado em um dos livretos da Rainha Leona. Durante a tarde, as crianças puderam conhecer pessoalmente a Rainha Leona, assistir ao filme, além de ganhar uma coroa da personagem e um mapa que está relacionado à trama da história.
A escritora do livro, Marina Cavalli conta um pouco sobre as inspirações que a ajudaram na criação da história. “Quando eu era criança eu gostava de ler contos de fada e fantasia. Minha inspiração foi que eu queria juntar a menina que eu e minha irmã éramos. Menina do campo, doce, curiosa e criativa. Com algo que demonstrasse força e nobreza”, relata. Marina narra que foi daí que veio o leão, que está no topo da floresta e é o mais forte e nobre. “Então a gente juntou os dois e criou a Rainha Leona, ela é metade leão, metade menina, é uma mistura dos dois pólos, a força e a nobreza, a inocência e a criatividade da criança”, explica.
Marina revela que muitas das aventuras da Leona vieram da infância. “Claro que as que ela faz na terra, foram inspiradas nas aventuras que eu e minha irmã tínhamos quando crianças, como andar de bicicleta e brincar na lama”, destaca. Marina cita a importância da personagem para as crianças da região, já que a Leona nasceu em Santa Catarina e toda a produção foi feita aqui. “Isso gera uma identificação com as crianças. Eles pensam que assim como eles, a Leona mora em um lugar onde tem vacas, trigo e milho, como na nossa região. E eles também se identificam com ela por conta das brincadeiras”, expõe.
“Cada criança que eu vejo gostando de Leona, é um incentivo a mais!” declara Marina. Ela finaliza dizendo que não escreve para si mesma, e sim, para os pequenos. “Eu diria que o meu estímulo é ver as crianças gostando e se inspirando na Leona cada vez mais”, frisa.
A ilustradora dos livros e livretos da Leona, Sol Schaefer, narra sobre o processo criativo. “Primeiro a gente conversou com a autora sobre o que ela esperava da personagem, porque ela já tem tudo imaginado na cabeça dela. Aí a gente buscou algumas referências. A Leona é o tipo de personagem que todo ilustrador gostaria de trabalhar”, cita. Sol conta que juntou as referências junto com as ideias da Marina e criou seis Leonas, a escolhida foi selecionada de acordo com o que elas mais se identificavam.
Uma das maiores dificuldades ao criar a Rainha Leona, segundo Sol, foram as características mais pontuais, por exemplo como seria o focinho e o formato do rosto, já que cabelo e roupa eram algo que a escritora, Marina, já tinha bem definido. E o momento em que se sentiu mais realizada foi quando ela viu Leona animada e com voz pela primeira vez. “Eu esperei para ver a animação pela primeira vez aqui e foi como se a Leona falasse comigo. Foi um momento muito mágico, acho que todo ilustrador quando vê um personagem que fez ganhando vida é surreal”, relata.
Sobre o processo de transformação para filme, Sol explica que primeiro é feito uma reunião sobre as expectativas, depois se transforma uma personagem que já existe em algo animado. “É como quebrar ela em pedacinhos. A partir disso a gente faz um geral do roteiro da animação, eu crio os cenários, alguns elementos que a Leona vai interagir. Se criar um storyboard, que é tipo uma história em quadrinhos com o que vai acontecer e depois a gente manda para o pessoal animar”, conclui.
A diretora e roteirista do filme Daniela Farina, conta que soube do projeto pelas redes sociais, e se interessou, pois se trata de uma personagem feminina, criança e criada no campo. “Eu gostei da ligação com as pessoas da região”, completa. Ela conta que o momento de realização foi ver as crianças se conectando com o filme e criando empatia pela personagem.
Texto: Schaiane Bohn e Flávia de Marco
Foto: Kenson Koskur e Flávia de Marco