Colheita antecipada

Colheita antecipada

Em 2017, 277 novos agroquímicos foram registrados no Brasil. Os dados do Ministério da Agricultura acendem o alerta para a prática da dessecação que tem sido comum na colheita do trigo

Repórter: Valeria R. Cenci
Colaboração: Matheus Kraemer, Natália Souza e Vanessa Marquezzan
Supervisão: Eliane Taffarel (jornalista responsável), Ilka Goldschmidt e Ana Paula Bourscheid (coordenadoras da Acin Jornalismo)

No ano em que a safra do trigo no Rio Grande do Sul tem a pior queda dos últimos dez anos, somente a tradição dessa atividade, que existe há quatro mil anos antes de Cristo, parece consolar o produtor rural Fernando Susana. Morador da cidade gaúcha de Constantina, localizada a 359 quilômetros da capital Porto Alegre, o agricultor sofre com perdas na colheita pelo quinto ano consecutivo. Nem por isso, Fernando pensa em desistir. “Nasci e me criei ajudando o pai plantando o trigo desde sempre, apesar de ser uma cultura considerada de risco”, conta.

Em 2017, as condições climáticas foram desfavoráveis aos produtores de trigo do Rio Grande do Sul, fator que ocasionou impactos severos na produtividade do grão. Das quatro mil toneladas de trigo colhidas em todo o país, o estado gaúcho contribuiu com apenas 15% da safra nacional.

A chuva em excesso, a geada e a seca prejudicaram os 710 mil hectares cultivados do cereal, uma área plantada 10% menor que no ano anterior. De acordo com estimativas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater)-RS, a safra 2017/2018 é a mais baixa desde 2008. A produção estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, corresponde a um volume de 226,5 milhões de toneladas. Resultado 4,7% menor que na última safra correspondente ao período de 2016/2017.

A queda está diretamente relacionada às condições meteorológicas adversas do ano de 2017, uma vez que as geadas do mês de setembro, a estiagem entre julho e setembro e as chuvas intensas em outubro e novembro, causaram perdas significativas às lavouras de trigo, principal cultura de inverno. Para piorar, além da menor área plantada, registrou-se uma menor produtividade, pois a qualidade do grão foi considerada ruim.

A triticultura que passa de geração em geração na família do agricultor Fernando, tem um papel importante na rotação de cultura que consiste na alternância entre o plantio de trigo, soja e milho, variando conforme a época do ano. Esse processo auxilia na proteção do solo. Fernando esclarece que o trigo também contribui no manejo integrado de doenças, sobretudo no sistema de plantio direto. Além de auxiliar na preservação do solo, favorece a produtividade das culturas, quanto ao controle de doenças e ainda é uma opção de renda para o inverno.

O problema é que, se por um lado o cultivo de trigo beneficia o solo, por outro, o uso cada vez mais frequente de agrotóxicos como forma de aumentar a produtividade coloca em cheque toda uma tradição que tanto orgulha os produtores rurais do norte gaúcho. Uma prática que se tornou frequente para antecipar a colheita e evitar as perdas é a dessecação. Os produtores utilizam agrotóxicos (dessecantes) para acelerar a maturação do trigo através da morte das plantas.

O agricultor Darci Luiz Celer, do município de Rondinha, no Rio Grande do Sul, relata que usa o Finale, um dos principais dessecantes vendidos no mercado, há dois anos. Para o agricultor, o produto tem trazido resultados positivos, pois ajuda a emparelhar os grãos. “Ele aumenta os custos da plantação, mas controla as ervas daninhas e deixa a terra preparada para receber as próximas culturas”, acrescenta.

O uso de dessecantes é um assunto polêmico. O doutor em Fitotecnia e professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Siumar Pedro Tironi, explica que a dessecação é realizada no fim do ciclo da cultura com o uso de herbicida mais a adição de óleos ou similares. “É feita uma aplicação de herbicida para acelerar esse processo e agilizar a colheita. As vantagens de fazer isso é a colheita antecipada, para adiantar a semeadura da soja, e manutenção da qualidade do grão”, conclui. Pesquisas de diversos institutos responsáveis por estudos relacionados ao trigo, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), apontam que o uso do Finale não deixa resíduos no grão. Dessa forma, seu uso é permitido para tal fim. O grande problema é que nem sempre o Finale é o único dessecante usado.

O professor Tironi, relata que a venda de balcão é uma prática comum e ocorre quando o produtor vai fazer a compra de um produto que não é recomendado para aquela cultura ou não está registrado. Como o responsável pela venda não conhece o local onde o produto vai ser aplicado, pode ocorrer a venda de algum herbicida não recomendado para dessecação do trigo. “Aí, a falha é do técnico que recomenda esse produto, já que ele é o responsável pelo receituário e está prescrevendo esse produto sem conhecer a área”, conclui.

O uso de agrotóxicos, geralmente utilizados por orientação de algum profissional especializado, como agrônomos e técnicos agrícolas, nem sempre tem seu uso considerado fundamental. Em muitos casos a orientação ao uso é solicitada pelos profissionais para fomentar a venda dos produtos.

O produtor Fernando Suzana relata que esta prática é antiga, os produtos indicados mudaram, mas a função é a mesma, secar a plantação.

Para o doutor em Recursos Genéticos Vegetais e professor do curso de Agronomia da Unochapecó, Luis Carlos Borsuk, é  importante compreender o contexto de uso desses agrotóxicos por parte dos produtores. O professor ressalta que não é apenas uma questão de colheita, mas também de controle de ervas daninhas. Conforme matéria publicada no site Notícias Agrícolas, com o passar dos anos as plantas adquiriram resistência aos herbicidas e o controle tem se tornado cada dias mais difícil. Plantas daninhas, como a buva, podem comprometer até 70% da produção.

Somente no ano de 2017, o Ministério da Agricultura divulgou que foram registrados 277 novos agroquímicos. Um recorde, segundo o próprio Ministério. Para conseguir liberação destes produtos é preciso o aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Cada órgão é responsável, pela avaliação independente do produto. O órgão responsável pelo fornecimento do registro de agrotóxicos no Brasil é o Mapa. A Anvisa apenas avalia a questão toxicológica do produto.

Vale lembrar que o Brasil tem cerca de 15.179 km de fronteiras com diversos países da América do Sul, região esta que favorece a entrada de produtos contrabandeados. No início de 2017, o Ibama, a Receita Federal, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal realizaram uma operação em conjunto que apreendeu cerca de 11,6 toneladas  de agrotóxicos contrabandeados do Paraguai.  Os químicos mais encontrados foram inseticidas e herbicidas. Outro fator determinante, são os preços baixos dos agrotóxicos na internet. Atraídos, os produtores compram esses produtos e utilizam nas suas lavouras.

Em 2017, o Ministério da Agricultura registrou 277 novos agroquímicos. (Foto: Valeria Cenci)

Dentre os herbicidas utilizados, um dos mais polêmicos e que resultou em vários estudos referentes à suas consequências é o Glifosato, conhecido comercialmente como Roundup. Pertence ao grupo químico derivado da glicina. Conforme estudo da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), publicado em 2015 na revista científica “The Lancet”, este é o agrotóxico mais usado no país.

O mecanismo de ação do glifosato ocorre através da inibição da enzima na rota de síntese dos aminoácidos. A dose recomendada do glifosato está entre 0,18 e 2,16 de ingrediente ativo por hectare (kg i.a. ha-1), sua aplicação depende das espécies a serem controladas. A absorção desses herbicidas pelas plantas é lenta. As plantas tratadas morrem lentamente de sete a 14 dias após a aplicação. Os sintomas incluem amarelecimento do tecido vegetal responsável pelo crescimento da planta, que progride para necrose e morte em dias ou semanas. Esse produto é recomendado para controle de plantas daninhas em áreas não-cultivadas.

O Gramoxone (Paraquat) é um herbicida de ação, que ocorre através da captura de elétrons provenientes da fotossíntese e da respiração, e ocasiona o vazamento do suco celular, além da morte do tecido. Os sintomas aparecem em poucas horas após a aplicação, quando as folhas murcham, e evoluem para morte total da planta em até três dias após o tratamento. A dose recomendada varia de 300 a 600g de ingrediente ativo por hectare (i.a. ha-1). A Anvisa, em setembro de 2017 baniu o uso de Paraquat no país. Os produtores têm até 2020 para se adequar à norma. Nessa fase de transição é obrigatória a assinatura do termo de responsabilidade e esclarecimentos sobre o risco de uso do produto. Conforme relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso dessa substância é responsável por causar Mal de Parkinson.

Entre o Finale, Glifosato e Paraquat, o único legalizado para maturação do trigo é o Finale, amônio-glufosinato. A dose recomendada varia de 500 a 600g de ingrediente ativo por hectare (g i.a. ha-1). Segundo a pesquisadora da Embrapa Trigo (RS), Eliane Maria Ribeiro da Silva, o objetivo do Finale é uniformizar a lavoura. “Ao aplicar o dessecante, todo o trigo irá secar e os grãos estarão prontos para colheita. Depois de seis dias da aplicação, é como se eles tivessem madurado naturalmente”, explica.

Da germinação à colheita do trigo, são necessários 120 dias. Ao longo do processo, o produtor recorre à diferentes químicos para que a semente vingue e a safra prospere. No mercado de herbicidas há produtos capazes de controlar a maioria das doenças da cultura de trigo, além de exterminar plantas daninhas resistentes como, por exemplo, a “buva” (Conyza bonariensis).

 

O uso dos agrotóxicos é antigo. Eles foram desenvolvidos no decorrer da Primeira Guerra Mundial e disseminados durante a Segunda Guerra como arma química. Com o fim dos combates, a arma passou a ser utilizada como “produto agrícola”. Esta revolução desembarcou no Brasil na década de 60, e popularizada pela imposição das fábricas de agrotóxicos e do governo nacional, através de políticas de subsídios bancários.

O trigo e suas peculiaridades

O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de trigo do país, atrás apenas do Estado do Paraná. (Foto: Valeria Cenci)

Existem, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Arbitrigo), cerca de 30 espécies diferentes de trigo, destas, metade serve para o cultivo. De genética diferente, todas pertencem ao gênero Triticum, uma das plantas mais cultivadas no mundo. As principais espécies plantadas são: Triticum Compactum; Triticum Durum e Triticum Aestivum L., que representam mais de 90% do trigo cultivado no mundo. Cada uma delas é utilizada na produção de um tipo de alimento. Por exemplo, o Triticum Compactum, conforme a Arbitrigo, tem um teor de proteínas da ordem de 8%, fator que ocasiona a menor produção de teor de glúten. É utilizado para a fabricação de biscoitos e bolos mais macios e menos crocantes. Já o Triticum Durum é indicado para produção de massas. Essa modalidade de trigo forma um glúten mais resistente, o que permite uma textura firme após o cozimento. O grão é o mais duro entre as espécies e não é cultivado no Brasil.

O Triticum Aestivum L., conhecido como trigo comum, é o mais cultivado no planeta e também no Brasil. Representa mais de quatro quintos da produção mundial e, é o mais utilizado na fabricação do pão. O trigo da modalidade Triticum Aestivum L. caracteriza-se por adaptar-se facilmente ao clima, relevo, temperatura, umidade do ar, radiação solar, tipo de solo, vento, composição atmosférica e precipitação pluvial.

No Brasil, como apontam os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 59 milhões de hectares de terra, da região Sul até o cerrado localizado no Brasil Central, são utilizados para o cultivo do trigo. No Estado do Rio Grande do Sul, pelo clima mais próximo do temperado e das temperaturas amenas, a espécie de trigo mais cultivada é o Triticum Aestivum L.. Sua época de plantio varia muito com relação à região, temperatura média, umidade e condições do solo. Na região Noroeste do Rio Grande do Sul, a exemplo do município de Constantina em que reside a família do agricultor Fernando Susana, o plantio inicia em meados de maio e se estende até o fim de junho.

A doutora em Recursos Genéticos Vegetais, professora Lucilene de Abreu explica como a dessecação auxilia para que os grãos atinjam a umidade necessária para o beneficiamento. Ela ressalta que apesar do uso ainda não existem estudos suficientes em relação ao residual do agrotóxico no produto.

Segundo o Técnico em Agropecuária da Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (ASCAR) – Emater de Constantina-RS, Aldoir Ott, a Emater realiza campanhas em programa de rádio e palestras referentes a prevenção do uso de agrotóxicos para dessecação do trigo, contudo, a pressão tem sido grande. “Principalmente, por parte dos vendedores de insumo, pois ganham porcentagem e quanto mais venda, mais lucro. Nós somos dois técnicos da área agrária, e tem uns 50 ou 60 vendedores que fazem o contraponto,” destaca.

As Secretarias de Agricultura dos municípios ou Ministério da Agricultura são qualificadas para receber denúncias relacionadas a utilização de agrotóxicos não autorizados nas lavouras. A partir da denúncia, é de responsabilidade desses órgãos fiscalizar e levar para análise as sementes. De acordo com o secretário da agricultura do município de Constantina-RS, Valdir Grison, as amostras são levadas para a cidade de Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul. As análises devem ser feitas em um período de 12 horas após a aplicação, caso o estudo não seja feito nesse tempo, o residual pode não ser mais encontrado. Através dessas análises podem ser identificados resíduos de agrotóxicos nos grãos. As denúncias são raras, mas quando feitas costumam vir de agricultores que tiveram suas lavouras afetadas pelos agrotóxicos passados pelos vizinhos. Mesmo afetados diretamente, segundo o secretário, as pessoas ficam receosas de delatar os vizinhos pela prática para evitar possíveis conflitos.

O Doutor em Fitotecnia, Siumar Pedro Tironi não acredita que a fiscalização seja eficiente, seja na comercialização dos produtos, em que nem sempre os receituários agronômicos são emitidos com o conhecimento do técnico sobre a área do produtor, tanto como no pós-colheita. “São práticas que exigem muito trabalho de coleta de amostra, além de serem análises caras. Na questão da pré-colheita, até dois anos atrás, o mais usado era o Paraquat. Quando começou a ser questionado o uso, começaram a fazer análises para verificar se tinha residual, mudaram o produto,” complementa.

No município de Constantina, um dos principais destinos do trigo é a Cooperativa Tritícola Cotrisal. De acordo com o Técnico Agrícola da Cooperativa, Claudinei Conterato, o trigo é recebido mediante um termo assinado pelos produtores que declaram que não usaram nenhum dessecante proibido. Esse termo serve de alerta para que não sejam usados produtos como Paraquat e Glifosato. Além do termo, de cada carga de trigo é reservada uma amostra para possível análise futura.

Conforme a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o trigo é o segundo alimento mais consumido no mundo, e o terceiro mais consumido pelos brasileiros, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O consumo desse alimento exposto a tantos agrotóxicos traz consequências para a saúde. A farmacêutica-bioquímica, Leila Zanatta explica que muitos estudos já foram realizados nesta área, fator que demonstra que o contato prolongado de agrotóxicos pode causar câncer e alguns distúrbios hormonais, contudo, as pesquisas ainda precisam ser trabalhadas.

De acordo com o dossiê elaborado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva-ABRASCO, entre os anos de 2000 e 2009, foram registrados no país 2.052 óbitos por intoxicação de agrotóxico. O Doutor em Ciências Econômicas e Sociais pela Universidade de Osnabrück/Alemanha, Antônio Inácio Andrioli, comenta que a incidência de envenenamento por agrotóxicos é maior do que os números registrados. “Infelizmente os casos de intoxicação seriam muito maiores se houvesse esse devido registro nos boletins de óbito”, esclarece. Andrioli cita que pesquisas científicas já comprovaram a ligação do glifosato com o surgimento de doenças. “É claro que temos muito o que pesquisar em relação a algumas regiões do país onde temos muito câncer. Já sabemos os efeitos do Glifosato e sabemos que as maiores incidências são onde ocorre o maior uso”.

Agroecologia é uma ciência que fornece os princípios ecológicos básicos para o estudo e tratamento de ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais, e que sejam culturalmente sensíveis, socialmente justos e economicamente viáveis, proporcionando assim, um agroecossistema sustentável. Mas como ser agroecológico e produzir em grande escala? Essa é uma das principais questões debatidas por estudiosos e agricultores.

O Doutor em Ciências Farmacêuticas, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Geraldo Ceni Coelho, ressalta que as propriedades ficaram maiores e a dificuldade de manter as lavouras livres de ervas daninhas e doenças se tornou maior.

No ano de 2008 a Embrapa já lançava um estudo com o objetivo de produzir sem agredir o meio ambiente, com técnicas de produção como o Sistema Plantio Direto (SPD), controle cultural, adubação verde e os princípios agroecológicos em geral, são uma prática que cresce e que cada vez mais são difundidos e desenvolvidos, em todos os meios rurais.

O estudo da Embrapa é referente ao trigo. Sob o conceito agroecológico, o trigo é visto como uma cultura multifuncional, ou seja, contém benefícios que extrapolam a simples vantagem direta aos sistemas produtivos e à conservação do solo. O trigo tem o potencial de atuar como agente regulador da população de plantas infestantes e protetor da fauna silvestre.

Mas o estudo da Embrapa se restringe aos benefícios de plantar o cereal, e não abrange o plantio do trigo sem uso de agrotóxicos. De acordo com o doutor em Fitotecnia, Siumar Pedro Tironi existem, em alguns casos, os bio-herbicidas, para controlar plantas. “Porém, ainda são agrotóxicos. Os bioinseticidas, como insetos e microorganismos também são uma possibilidade, mas é necessário mais pesquisa sobre esse assunto”, esclarece.

No município de Constantina, a Emater trabalha com um sistema de plantio de trigo que diminui o uso de agrotóxicos. A prática recebe o nome de Manejo Integrado de Pragas (MIP), que consiste em um plano de medidas em busca do equilíbrio nas plantas, além de monitorar as pragas ao evitar, ao máximo, o uso de químicos. O Agrônomo Extensionista, Rubem Bernardi da ASCAR/Emater de Constantina explicou que em muitos casos os produtores ao identificar alguns insetos na lavoura acabam aplicando agrotóxico, nesse caso o MIP pode ajudar, através do trabalho de abano.

Os agrotóxicos não são seletivos, isso quer dizer que podem matar além dos insetos invasores, matam os inimigos naturais e polinizadores, que são insetos que ajudam no controle de pragas.  Já o controle de pragas pelo MIP afasta apenas os invasores das lavouras.

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