CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS ENTRE AGRICULTURA FAMILIAR ORGÂNICA E AGROECOLÓGICA E O AGRONEGÓCIO NA REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA
DOI:
https://doi.org/10.24021/raac.v15i1/2.4964Resumen
A estrutura fundiária da região oeste catarinense caracteriza-se pelo minifúndio, resultado do fracionamento territorial ocorrido durante o processo de colonização, por agricultores familiares oriundos do Rio Grande do Sul, nas primeiras décadas do século XX. Tratava-se de descendentes de europeus que viram na migração a possibilidade de reprodução social pela ampliação das fronteiras agrícolas. Fatores socioeconômicos e ambientais favoreceram a instalação, na região, de frigoríficos que processam carne de frangos e suínos destinada a abastecer os mercados interno e externo. A economia regional tornou-se dependente do agronegócio, conduzindo a agropecuária familiar à subordinação pelo sistema de integração vertical na cadeia produtiva. Neste contexto, emergem movimentos de resistência ao agronegócio e de estruturação da agricultura familiar orgânica ou agroecológica voltada ao mercado regional. Políticas públicas implementadas na última década possibilitaram a ampliação da capacidade produtiva e do mercado consumidor para os produtos da agricultura familiar. Há, no entanto, um cenário de incerteza quanto à sua continuidade em face das recentes mudanças políticas vivenciadas no Brasil e das ameaças que vêm do agronegócio, que compete pelo território para suas práticas baseadas no uso de transgênicos e agroquímicos. Busca-se analisar as estratégias de resistência da agricultura familiar nessa disputa territorial. Trata-se de pesquisa qualitativa e exploratória.Descargas
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2019-11-04
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Artigos
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