Cultura gaúcha é destaque no palco da Feira do Livro 2024

Cultura gaúcha é destaque no palco da Feira do Livro 2024

Texto: Junior Salvatori Créditos fotos: Junior Salvatori Na noite deste sábado (27), a Feira do Livro foi embalada pelos ritmos tradicionalistas do Rio Grande do Sul. O grupo de danças do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Coxilha do Quero-quero, de Chapecó, subiu ao palco do Centro de Eventos para apresentar danças nos estilos vaneira e xote, acompanhadas de música ao vivo. A apresentação foi realizada por duas invernadas: a mirim, com alunos de oito a 13 anos de idade, e a juvenil, com alunos de 14 a 18 anos de idade. Além da apresentação de dança, o grupo trouxe um aluno mirim para declamar uma poesia gaúcha. Gabriel Sartoretto, de nove anos, deixou todos os presentes admirados e foi aplaudido de pé por todo o público, com a declamação de um poema tradicional. “Não é a minha primeira vez apresentando para uma plateia, já fiz outras apresentações, fiz na escola, na Semana Farroupilha e na Efapi. Eu gosto muito de declamar, amo a tradição gaúcha e quero seguir por muitos anos declamando para pessoas que também amam a tradição”, diz Gabriel, com alegria.  Outro ‘mirim’ de destaque foi o aluno Alexandre Forselius Abramowicz, de 10 anos. Ele se apresentou tocando acordeão, instrumento que os gaúchos chamam de ‘gaita’ ou ‘cordiona’. “Eu quis aprender a tocar gaita porque sempre gostei muito do som dela, toda vez que ouvia uma eu já ficava prestando muita atenção. Um dia pedi para meu pai comprar uma gaitinha de brinquedo para mim e desde aquele dia que ganhei ela, me apaixonei mais ainda pela gaita. Meu avô me incentiva até hoje para seguir tocando....
Feira do Livro tem programação especial para o público indígena

Feira do Livro tem programação especial para o público indígena

Foto: Junior Salvatori A manhã de sábado (26) na Feira do Livro teve início com a participação do professor e contador de histórias Emiliano Daniel de Souza. Com um trabalho desenvolvido especialmente para o público indígena, o professor preparou músicas, poesias e, claro, histórias para o público infantil e adulto. “Separei contos desde o infantil até o público adulto. Contei uma das minhas histórias autorais baseadas em toda a minha experiência de vida até hoje. E no final fiz uma brincadeira para que todos pudessem interagir e se alegrar com uma música que aprendi com minha mãe quando era criança “, comenta Emiliano.  Foto: Junior Salvatori O professor também falou sobre a importância da leitura e das histórias para este público. “Eu vejo a leitura como uma importante ferramenta para a vida das crianças e também adultos, pois ela deixa nosso intelectual mais ativo. A interpretação de tudo hoje em dia é a leitura” finaliza.  Foto: Junior Salvatori O Cacique da tribo Kaingang Willian Souza, conta a experiência de participar da feira e como isso agrega para todos os presentes. “Está sendo interessante, porque é a primeira vez que nós participamos de um evento assim, acredito que todos as apresentações vistas até o agora estão sendo importantes para nossa tribo, queremos participar de mais eventos assim, porque isso muda a nossa rotina e as nossas crianças gostam de passear. O que isso agrega é o conhecimento e tudo isso vai ser passado para a frente pelas nossas professoras para nossos filhos esta semana em aula”, coloca o Cacique. A programação para o público indígena no sábado (26), contou também...

Perfis: quem faz a Feira do Livro

Estudantes do 5o período de Jornalismo, na disciplina de Escolas de Texto Jornalístico, ministrada pela professora Angélica Lüersen, produziram perfis de pessoas que fazem a Feira do Livro Chapecó acontecer. Confira. O protetor da Feira do Livro Por Angélica Albuquerque Em noite de céu sem estrelas, iniciava mais um período de Feira do Livro. Na entrada do Centro de Eventos, um senhor de jeito risonho captura meu olhar no meio da multidão. Vestido com um casaco vermelho por cima de roupas cinzas, ele segura um rádio em sua mão direita. Nas costas do seu casaco, a inscrição “brigadista”, traz o significado de sua presença ali. Ao me aproximar, pergunto sobre sua importância no evento, o homem de estatura modesta prontamente responde, revelando que sua presença -assim como a de seus colegas-, não apenas era obrigatória, mas também fundamental para o acontecimento do evento. Ao responder às minhas perguntas, o brigadista demonstrou comprometimento em suas palavras, e compartilha que, embora não tenha havido muitos incidentes até então, sua presença preventiva o colocava em posição de agir como um herói, pronto para ajudar aqueles que precisassem de auxílio.  A presença do brigadista e de sua equipe traz segurança para quem participa do evento, embora ninguém queira que algo aconteça, saber que existe uma equipe capacitada para atender, conforta quem passeia pelos stands.  Essa dedicação protetora transparece em suas palavras, mostrando o quanto ele valoriza seu papel como guardião da segurança e bem-estar dos visitantes da feira. Elizeu pinta borboletas com asas para um mundo Por Gabriela Pinheiro  Encontrei Elizeu no meio da multidão da Feira do Livro, com as mãos brilhantes...
Cultura: Escola de Artes Chapecó promove apresentações na Feira do Livro Chapecó

Cultura: Escola de Artes Chapecó promove apresentações na Feira do Livro Chapecó

Texto: Nádia Natali Venancio Nesta sexta-feira à tarde, 26 de abril, o palco do Salão Nobre do Centro de Eventos, recebeu dois espetáculos culturais, o Ballet Clássico e a Fábrica de Gaiteiros, ambos da Escola de Artes Chapecó.   A primeira apresentação foi das dançarinas, com a coreografia Coppélia. Participaram mais de 40 bailarinas, de 12 a 18 anos de idade. Julia e Isadora estão no Ballet Clássico há quase dez anos e estavam ansiosas para a apresentação, ensaiaram desde o segundo semestre de 2023.  O projeto, um dos primeiros na Escola de Artes Chapecó, conta hoje com aproximadamente 300 alunas, que ingressam à partir dos 5 anos e permanecem até a formatura, comenta a professora Jucineia Campagnollo. Ela complementa que as bailarinas podem atuar tanto como dançarinas quanto professoras.   Apresentação da coreografia Coppélia. Foto: Nádia Natali Venancio A atração seguinte foi a Fábrica de Gaiteiros que tomou conta do palco. O show foi apresentado por oito participantes e composto por gêneros como valsa e vanerão. Claudio Cibulski é pai de um dos alunos e incentivou seu filho Arthur Leonardo de 14 anos, que também está aprendendo a tocar violão, a entrar no projeto. O responsável pelo projeto, Luiz Felipe Schabaraum, mencionou que o programa foi criado em 2011 pelo músico Renato Borghetti. As aulas acontecem semanalmente e cerca de 40 alunos de 7 a 15 anos de idade participam. Show com gaita de ponto. Foto: Nádia Natali...
Feira do Livro recebe escritor catarinense  Cristóvão Tezza na Noite da Educação

Feira do Livro recebe escritor catarinense Cristóvão Tezza na Noite da Educação

Texto: Vitor BianchinCréditos fotos: Vitor Bianchin Debate com o escritor abordou a importância da educação na qualidade de vida Em um mundo cada vez mais conectado e atravessado pela internet, desenvolver o hábito da leitura pode ser um grande diferencial na qualidade de vida das pessoas. Discutir formas eficazes de direcionar os jovens ao gosto pelos livros é uma missão coletiva, especialmente dos professores e da comunidade escolar. Este foi o objetivo da Noite da Educação, realizada na Feira do Livro nesta quinta-feira (25). O evento recebeu o escritor catarinense Cristóvão Tezza, linguista, crítico literário, professor universitário, mestre pela UFSC e doutor pela USP. O autor, que já publicou mais de 20 livros e tem suas obras traduzidas em 18 países, subiu ao palco do Salão Welcy Canals para debater o desenvolvimento social e cultural do Oeste catarinense nas próximas décadas. A conversa foi mediada pelo professor Diego Dal Bosco, do Programa de Pós-graduação em Educação da Unochapecó. Ao longo da palestra, Tezza ressaltou que a leitura profunda deu lugar à leitura fragmentada, muitas vezes limitada a manchetes e informações superficiais. A identificação da lógica da internet, que constantemente interrompe a concentração com links para novas leituras, alimenta a impaciência do público ávido por informações rápidas e variadas. “O império da leitura e da escrita passou a ser um império da frase solta, do vazio, e da falta de contexto.  Ninguém lê mais nada”, destacou. Tezza alertou para a baixa incidência do hábito entre os jovens, apontando como os maiores riscos para o futuro social, cultural e intelectual das próximas gerações. Segundo o autor, a própria estrutura da internet...