TECNOLOGIA BLOCKCHAIN APLICADA NO SETOR DE SAÚDE: CONTRIBUIÇÃO PARCIAL DO EFEITO MEDIADOR
DOI:
https://doi.org/10.22277/rgo.v16i2.7402Keywords:
Manufatura enxuta, Modelagem em equações estruturais, Tecnologia disruptivaAbstract
Objetivo: Examinar o uso da tecnologia blockchain como fator mediador na relação entre a gestão da cadeia de suprimentos da indústria farmacêutica e o desempenho operacional da cadeia.
Método/abordagem: Realizou-se uma pesquisa quantitativa por meio de questionário estruturado com 103 empresas usuárias da blockchain do setor de saúde. Para análise dos dados, aplicou-se a modelagem em equações estruturais, considerando os parâmetros de testes de validade convergente, alfa de Cronbach, confiabilidade composta, variância média extraída e validade discriminante pelo critério de Fornell e Larcker.
Principais Resultados: Foi evidenciado que cerca de 86,5% das empresas estão em fase embrionária quanto ao uso da blockchain. Após a análise fatorial, observou-se que das 32 assertivas da base original, 17 foram significativas para o modelo. O modelo proposto foi considerado adequado pelos parâmetros de validação. Os resultados revelaram que o uso da blockchain medeia parcialmente a relação entre gestão da cadeia de suprimentos e desempenho operacional.
Contribuições teóricas/práticas/sociais: O estudo demonstrou que o uso da tecnologia blockchain tem impacto na gestão da cadeia suprimento. Assim, cadeias de suprimentos enxutas devem se familiarizar com a tecnologia blockchain como uma ferramenta para eliminar desperdícios invisíveis e atender melhor os clientes.
Originalidade/relevância: O resultado do trabalho preenche uma lacuna de conhecimento com o desenvolvimento do modelo teórico-empírico que relaciona a gestão da cadeia de suprimentos com uma tecnologia inovadora. Além disso, amplia possibilidades de pesquisas e sobretudo na compreensão, difusão e popularização na aplicação em sistemas produtivos complexos como as atuantes nas cadeias de suprimentos enxutas, podendo ser estendida para outras cadeias como as ágeis e inovadoras.
Downloads
References
Abeyratne, S., & Monfared, R. (2016). Blockchain ready manufacturing supply chain using distributed ledger. International Journal of Research in Engineering and Technology, 05(09), 001-010. http://doi.org/10.15623/ijret.2016.0509001
Alicke, K., Davies, A., Leopoldseder, M., & Niemeyer, A. (2017). Blockchain technology for supply chains — A must or a maybe? https://operations-extranet.mckinsey.com
Balcázar-Camacho, D. A., López-Bello, C. A., & Adarme-Jaimes, W. (2016). Strategic guidelines for supply chain coordination in healthcare and a mathematical model as a proposed mechanism for the measurement of coordination effects. DYNA, 83(197), 204-212. https://doi.org/10.15446/dyna.v83n197.55596
Baron, R. M., & Kenny, D. A. (1986). The moderator-mediator variable distinction in social psychological research: conceptual, strategic, and statistical considerations. Journal of Personality and Social Psychology, 51(6), 1173–1182. https://doi.org/10.1037//0022-3514.51.6.1173
Clohessy, T., Treiblmaier, H., Acton, T., & Rogers, N. (2020). Antecedents of blockchain adoption: na integrative framework. Strategic Change, 29(05), 501-505. https://doi.org/10.1002/jsc.2360
Council of Supply Chain Management Professionals (2021). SCM Definitions and Glossary of Terms. https://cscmp.org/CSCMP/Educate/SCM_Definitions_and_Glossary_of_Terms.aspx
Dimaggio, P. J., & Powell, W. W. (2005). A gaiola de ferro revisitada: isomorfismo institucional e racionalidade coletiva nos campos organizacionais. Revista de Administração de Empresas, 45(2), 74-89. https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rae/article/view/37123
Dreyfuss, G. (2020). How pharmaceutical firms are using blockchain to track down counterfeit drugs. https://www.insurancejournal.com/news/national/2020/02/21/559057.htm
Esmaeilian, B., Sarkis, J., Lewis, K., & Behdad, S. (2020). Blockchain for the future of sustainable supply chain management in Industry 4.0. Resources, Conservation and Recycling, 163, 105064. https://doi.org/10.1016/j.resconrec.2020.105064
Ferreira, L., Carnacchioni, P. C. R., Vietro, C., & Franciscato, R. S. (2016). Gerenciamento da cadeia de suprimentos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Formigoni Filho, J. R., Braga, A. M., & Leal, R. L. V. (2017). Tecnologia Blockchain: uma visão geral. https://www.cpqd.com.br/wp-content/uploads/2017/03/cpqd-whitepaper-blockchain-impresso.pdf
Fornell, C., & Larcker, D. (1981). Evaluating structural equation models with unobservable variables and measurement error. Journal of Marketing Research, 18(01), 39–50. https://doi.org/10.2307/3151312
Francisco, K., & Swanson, D. (2018). The supply chain has no clothes: Technology adoption of blockchain for supply chain transparency. Logistics, 2(1), 2. https://doi.org/10.3390/logistics2010002
Gattorna, J. (2006). Living supply chain: How to mobilize the enterprise around delivering what your customers want. Harlow, United Kingdom: Pearson Education Limited.
Gunasekaran, A., Lai, K-H., & Edwin Cheng, T.C. (2008). Responsive supply chain: A competitive strategy in a networked economy. Omega, 36(04), 549-564. https://doi.org/10.1016/j.omega.2006.12.002
Hair, J. F., Hult, G. T. M., Ringle, C. M., & Sarstedt, M. (2014). Primer on partial least squares structural equation modeling (PLS-PM). Los Angeles: SAGE Publications.
Iacobucci, D., Saldanha, N., & Deng, X. (2007). A meditation on mediation: Evidence that structural equations models perform better than regressions. Journal of Consumer Psychology, 17(02), 139–153. https://doi.org/10.1016/S1057-7408(07)70020-7
Kshetri, N. (2018). Blockchain’s roles in meeting key supply chain management objetives. International Journal of Information Management, 39, 80-89. https://doi.org/10.1016/j.ijinfomgt.2017.12.005
Liao, Y., Hong, P., & Rao, S. (2010). Supply management, supply flexibility and performance outcomes: An empirical investigation of manufacturing firms. Journal of Supply Chain Management, 46(03), 06-22. https://doi.org/10.1111/j.1745-493X.2010.03195.x
Octaviano, L.D., & Lima, F. M. S. (2021). A influência da gestão da cadeia de suprimentos hospitalar nos custos e agregação de valor. Revista de Administração Hospitalar e Inovação em Saúde, 18(04), 1-18. https://doi.org/10.21450/rahis.v18i5.7129.
Paulraj, A., & Chen, I. (2007). Strategic buyer–supplier relationships, information technology and external logistics integration. Journal of Supply Chain Management, 43(2), 2–14. https://doi.org/10.1111/j.1745-493X.2007.00027.x
Perovano, D. G. (2016). Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Intersaberes.
Podsakoff, P. M., Mackenzie, S. B., Lee, J. Y., & Podsakoff, N. P. (2003). Common method biases in behavioral research: a critical review of the literature and recommended remedies. Journal of Applied Psychology, 88(5), 879–903. https://doi.org/10.1037/0021-9010.88.5.879
Qi, Y., Boyer, K. K., & Zhao, X. (2009). Supply chain strategy, product characteristics, and performance impact: evidence from Chinese manufacturers. USA: Decision sciences, 40(04), 667-695. https://doi.org/10.1111/j.1540-5915.2009.00246.x
Qrunfleh, S., & Tarafdar, M. (2014). Supply chain information systems strategy: Impacts on supply chain performance and firm performance. International Journal of Production Economics, 147(Part B), 340–350. https://doi.org/10.1016/j.ijpe.2012.09.018
Ringle, C. M., Silva, D., & Bido, D. D. S. (2014). Structural equation modeling with the SmartPLS. Brazilian Journal of Marketing, 13(02), 56–73. https://doi.org/10.5585/remark.v13i2.2717
Schmidt, C. G., & Wagner, S. M. (2019). Blockchain and supply chain relations: A transaction cost theory perspective. Journal of Purchasing and Supply Management, 25(4), 100552. https://doi.org/10.1016/j.pursup.2019.100552
Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos. (2022). Perfil da indústria farmacêutica e aspectos relevantes do setor. https://sindusfarma.org.br/uploads
Sheel, A., & Nath, V. (2019). Effect of blockchain technology adoption on supply chain adaptability, agility, alignment and performance. Management Research Review, 42(12), 1353-1374. https://doi.org/10.1108/MRR-12-2018-0490
Tapscott, D., Tapscott, A. (2016). Blockchain Revolution: How the technology behind bitcoin and other cryptocurrencies in changing the world. New York: Portfolio/Penguin.
Vickery, S., Jayaram, J., Droge, C, & Calantone, R. (2003). The Effects of An Integrative Supply Chain Strategy on Customer Service and Financial Performance. Journal of Operations Management, 21(5), 523-539. https://doi.org/10.1016/j.jom.2003.02.002
Womack, J. P., & Jones, D. T. (2003). Lean thinking: Banish waste and create wealth in our corporation. 2 ed. London: Free Press.
World Economic Forum. (2015). Deep shift: techonology tipping points and societal impact. https://www.weforum.org/reports/
Downloads
Published
Issue
Section
License
Estou ciente de que, em sendo aprovado, a publicação do artigo será no formato on-line na RGO.
Também tenho ciência de que há autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Do ponto de vista do Creative Commons, a Revista Gestão Organizacional é de acesso aberto e irrestrito, porém não permitindo adaptações nos artigos, nem o uso comercial.
Sobre a licença Creative Commons: As licenças e instrumentos de direito de autor e de direitos conexos da Creative Commons forjam um equilíbrio no seio do ambiente tradicional “todos os direitos reservados” criado pelas legislações de direito de autor e de direitos conexos. Os nossos instrumentos fornecem a todos, desde criadores individuais até grandes empresas, uma forma padronizada de atribuir autorizações de direito de autor e de direitos conexos aos seus trabalhos criativos. Em conjunto, estes instrumentos e os seus utilizadores formam um corpo vasto e em crescimento de bens comuns digitais, um repositório de conteúdos que podem ser copiados, distribuídos, editados, remixados e utilizados para criar outros trabalhos, sempre dentro dos limites da legislação de direito de autor e de direitos conexos.
A Revista Gestão Organizacional adota o sistema: Atribuição-SemDerivações-SemDerivados CC BY-NC-ND: Permite o download dos seus trabalhos e o compartilhemento desde que atribuam crédito, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais.