OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS): UM ESTUDO DE CASO DA RAÍZEN S/A E ENGIE BRASIL ENERGIA
DOI:
https://doi.org/10.22277/rgo.v16i3.7264Palavras-chave:
Desenvolvimento sustentável. Responsabilidade social. Organizações. Governança.Resumo
Objetivo: identificar e analisar as estratégias organizacionais adotadas pelas empresas pesquisadas para o cumprimento de metas da Agenda 2030 da ONU.
Método / abordagem: a pesquisa caracteriza-se como qualitativa-descritiva. Os métodos utilizados na pesquisa foram a pesquisa documental, onde foram analisados os relatórios de sustentabilidade das empresas pesquisadas entre os anos de 2020 a 2021. E a revisão bibliográfica realizada através da análise dos artigos publicados voltados para o tema, sustentabilidade corporativa publicados nos últimos 10 anos.
Principais resultados: observa-se que o tempo de atuação das empresas, o segmento e as políticas de gestão influenciam diretamente no engajamento sustentável das organizações. Questões voltadas para competitividade e consolidação da marca também são fatores para as empresas se tornarem cada vez mais sustentáveis. Os indicadores de enfrentamento aos problemas sociais e a mudança de comportamento dos consumidores também são considerados um grande desafio para as empresas se adequarem aos padrões de sustentabilidade. Na análise documental das empresas Raízen e Engie do Brasil, identica-se que as práticas organizacionais adotadas contribuiram de forma significativa para as empresas atenderem aos indicadores de desempenho exigidos pela Agenda 2030 e como consequência se tornarem organizações que buscam atender os padrões de sustentabilidade.
Contribuições metodológicas / sociais / gerenciais: as práticas, bem como, o arcabouço histórico voltado para o tema. Contribuem para que outras organizações entendam a importância de implementação voltada para a sustentabilidade em suas cadeias produtivas e nas ações de cunho social. Os impactos gerados por práticas como estas, tem ligação direta, não só economicamente para as organizações que as promovem, mas para o meio social e ambiental. Nota-se que as regiões atingidas pelas práticas promovidas por essas companhias possuem um avanço significativo, nas questões sociais, ambientais e econômicas.
Originalidade / relevância: o estudo de caso serviu como instrumento de pesquisa acerca das narrativas empíricas apresentadas. Sua relevância no engajamento temático e no entendimento a luz dos objetivos de desenvolvimento sustentável ODS possuem grande notoriedade tanto na esfera social, econômica e ambiental. Empresas sustentáveis atraem para si, menores custos nas cadeias produtivas, consolidação da marca (marketing verde), facilidades para entrada de novos mercados, melhores condições fiscais e tributárias e satisfação dos colaboradores e dos clientes.
Downloads
Referências
Abadia, L. G. (2019). Modelos de negócio alinhados aos princípios da economia circular e sustentabilidade: estudo de múltiplos casos, Dissertação de Mestrado, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo. 10.11606/D.3.2019.tde-21082019-143152.
Atkinson, A. A. (2000). Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas.
Bacha, M., Santos, J., & Schaun, A. (2010). Considerações teóricas sobre o conceito de sustentabilidade. In Anais do VII SEGet - simpósio de excelência em gestão e tecnologia. 1-14. Resende-RJ.
Barbieri, J. C., Sério. L. C., Vasconcellos. M. A. (2017). Diagnosis of innovative organizations: a study in the center of the industries of the of São Paulo. Navus: Revista de Gestão e Tecnologia, 8(2), 8-16. http://dx.doi.org/10.22279/navus.2018.v8n2.p08-16.610
Barbieri, J. C., & Morais. D. O. C. (2021). Supply chain social sustainability: unveiling focal firm´s archetypes under the lens of stakeholder and contingency theory. Sustainability, 14(3), 1185. https://doi.org/10.3390/su14031185
Beck, D., & Ferasso, M. (2023). How can Stakeholder Capitalism contribute to achieving the Sustainable Development Goals? A Cross-network Literature Analysis. Ecological Economics, 204(1), 107673, 1-14. https://doi.org/10.1016/j.ecolecon.2022.107673
Bemfica, M. C., & Callado, A. A. C. (2018). Relações entre características organizacionais e nível de sustentabilidade corporativa: um estudo nas empresas do setor sucroalcooleiro do estado de Pernambuco. Sistemas & Gestão, 13(3), 402-412. 10.20985/1980-5160.2018.
Brandão, Z. (2001). A dialética macro/micro na sociologia da educação. Cadernos de Pesquisa, 113, 153-165.
Cerqueira-Streit, J.A., Guarnieri, P., & Farias, J. (2022). Inovação no contexto da logística reversa e da economia circular: descobertas recentes e pesquisas futuras através do methodiordinatio. Desafio Online, 10(1),127-151. https://doi.org/10.55028/don.v10i1.12568
Ciríaco, J. S.; Filho. J. A.; Lins. J. G. M. G.; & Silva. S. P. (2022). Juventude e exclusão social: uma análise sobre os fatores determinantes da condição de nem-nem no Brasil urbano. Repositório IPEA. https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/11582/4/BMT74_juventude_exclusao.pdf
Coelho, R. A. (2019). Desenvolvimento de liderança para a sustentabilidade corporativa: um estudo de caso a partir de abordagens da Teoria U em uma faculdade signatária PRME. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto. Repositório da Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto - SP. https://doi.org/10.11606/D.96.2019.tde-25102019-093233
Corporate, K. (2022). The 100 most sustainable corporations of 2022. https://www.corporateknights.com/rankings/global-100-rankings/2022-global-100-rankings/100-most-sustainable-corporations-of-2022/.
Dantas, A.; Sario. L; Donadi, J. (2019). Sustentabilidade ODS 12 consumo e produção responsável. Núcleo de estudos do futuro. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. https://www.pucsp.br/sites/default/files/download/eventos/bisus/8-consumo-e-producao-responsavel.pdf.
Engie Brasil Energia. (2021) Relatório de Sustentabilidade 2021. https://www.engie.com.br/uploads/2022/04/Engie_RS2021PT.pdf.
Erbe, M. C. L. (2017). Gestão ambiental na Indústria. In.: Philippi Jr., A., Sampaio, C. A. C.; & Fernandes, V. Gestão empresarial e sustentabilidade. Coleção Ambiental, v. 21. Barueri-SP: Manole.
Flick, U. (2012). Introdução à metodologia de pesquisa: Um guia para iniciantes. Porto Alegre: Penso.
Freire, A., & Fontgalland, I. (2021). Diversificação o setor de energia: o caso da Raízen E-Acadêmica, 2(3), e282362. https://doi.org/10.52076/eacad-v2i3.62
Gil, A. C. (2017). Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas.
Habitability. (2022). ODS 11: Conheça o objetivo da ONU para as cidades. Impacto positivo. https://habitability.com.br/.
Jabbour, C. J.; Santos. F. C.; & Barbieri. J. C. (2008). Gestão ambiental empresarial: um levantamento da produção científica brasileira divulgada em periódicos da área de administração entre 1996 e 2005. https://doi.org/10.1590/S1415-65552008000300005
Koifman, S. (2001). Geração e transmissão da energia elétrica: impacto sobre os povos indígenas no Brasil. Caderno de Saúde Pública. 17(2), 413-423. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2001000200016
Kripka, R.M.L.; Scheller. M.; & Bonotto. D. L. (2015). Pesquisa documental na pesquisa qualitativa: conceitos e caracterização. Revista de investigaciones UNAD, 14(2), 55-73.
United Nations. (2018). The sustainable development goals report. https://unstats.un.org/sdgs/files/report/2018/TheSustainableDevelopmentGoalsReport2018-ES.pdf
Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2014). Fundamentos de metodologia cientifica. Belo Horizonte: Fabrefactum.
Martins, E.S.; Rossetto. C.R.; Rossetto. A.M.; & Ferreira. E. (2008). Estudo da sustentabilidade empresarial: o caso de uma cooperativa gaúcha. Gestão.Org – Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, 8(3), 457-482.
Martins, S. M., Silva, T. R., Barros. A. S., & Tinoco. J. E. P. (2005). Governança corporativa: teoria e prática. Revista Eletrônica Gestão e Negócios, 76-90.
Mencarini, E. S., & Neto. J. A. (2008). Avaliando o desempenho do índice de sustentabilidade empresarial e as implicações da sustentabilidade para o setor privado. https://sites.usp.br/redecoop/wp-content/uploads/sites/633/2019/11/fcav-amato-2008.pdf
Mindt, L., & Rieckmann, M. (2017). Developing competencies for sustainability-driven entrepreneurship in higher education: A literature review of teaching and learning methods. Teoría de la Educación; Revista Interuniversitaria, 29(1), 129. http://dx.doi.org/10.14201/teoredu2017291129159
Movimento ODS no Brasil. (2022). Disponível em: https://sc.movimentoods.org.br/no-brasil/.
Nascimento, E. P. (2012). Trajetória da sustentabilidade: do ambiental ao social, do social ao econômico. Estudos Avançados, 26(74), 51-64.
Neto, F. P.; & Cândido. G. A. (2019). Sustentabilidade corporativa definição de indicadores para organizações do setor energético. Revista de Gestão dos Países de Língua Portuguesa, 19(2), 104–126. https://doi.org/10.12660/rgplp.v19n2.2020.80610
Neto, J.A.; Anjos, L. C.; Jukeruma, P. K.; & Cavalcanti, Y. (2019). ESG Ivesting. Um novo paradigma de investimento? São Paulo: Blucher.
Oliveira, A. C.; Silva. A. S; Moreira. I. T. A. (2019) Economia Circular: conceitos e contribuições na gestão de resíduos urbanos. Revista de Desenvolvimento Econômico, 3(44), 1-17.
Oliveira, G. S.; Cunha, A. M. O.; Cordeiro, E. M.; & Saad, N. S. (2020). Uma técnica de coleta de dados numa investigação qualitativa? Cadernos da Fucamp, UNIFUCAMP, 19(41), 1-13.
Organização das Nações Unidas (2021). Pacto Global Rede Brasil Relatório 2021. https://go.pactoglobal.org.br/RelatorioAnual2021
Organização das Nações Unidas. (2022a). ONU prevê que cidades abriguem 70% da população mundial até 2050. https://unric.org/pt/onu-preve-que-cidades-abriguem-70-da-populacao-mundial-ate-2050 /
Organização das Nações Unidas (2022b). Pacto Global Rede Brasil. https://www.pactoglobal.org.br/10-principios.
Organização das Nações Unidas no Brasil. (2022c). Conheça os novos 17 Objetivos de Desenvolvimento sustentável – ODS. https://brasil.un.org/pt-br/sdgs.
Organização das Nações Unidas (2022d). Business Reporting on the SDGs: An Analysis of the Goals and Targets - updated edition 2022. https://www.unglobalcompact.org/library/5361.
Organização das Nações Unidas (2022). Centro Regional de Informação para Europa Ocidental. https://unric.org/pt/onu-preve-que-cidades-abriguem-70-da-populacao-mundial-ate-2050/
Pacto Global Rede Brasil. (2021). https://pactoglobal.org.br/ods_empresas.
Pinto, R. C. (2019). Os desafios e vantagens da sustentabilidade empresarial. Repositório Universidade metropolitana de Anápolis. – GO. https://repositorio.faculdadefama.edu.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/98/Renata%20Cassiano%20Pinto.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Raízen (2021). Relatório Anual 2021. https://www.raizen.com.br/relatorioanual/2021/pdf/raizen-rs2021-pt.pdf.
Raízen. (2022a). Somos uma empresa integrada de energia. Sobre a Raízen.: https://www.raizen.com.br/sobre-a-raizen
Raízen. (2022). Agenda 2030: nossos compromissos pelo futuro. Compromissos públicos. https://www.raizen.com.br/agenda-esg/compromissos-publicos.
Romano, A. L., Valdéz, E. E., Teixeira, I. T., & Silva, I. B. (2011). Investimento em sustentabilidade corporativa versus retorno financeiro: abordagem integrada. In Anais do VII Congresso Brasileiro de Sistemas. Franca - SP.
Santos, J. A; Lunelli, M.; & Cherobim, A. P. S. (2019). Projetos sustentáveis em micro e pequenas empresas (MPEs) da região sul: características e financiamento. Teoria e Prática em Administração, 11(2), 103–114
Shibao, F. Y.; & Gonçalves. M. N (2009). Ensaio sobre a inovação como uma ferramenta na competitividade da empresa. Revista Dica. 2(6), 1-16.
Silva, F. S. A (2019). Relação entre a agenda 2030 da ONU e as bibliotecas públicas: um estudo na biblioteca municipal Josué Guimarães, Monografia, Repositório Lume, UFRGS, RS. http://hdl.handle.net/10183/212497
Silva, C. L.; Junior. E. F. C.; Lima. I. A.; Silva. M. C.; Agudelo. L. P. P.; & Pimenta. R. B. (2012). Inovação e Sustentabilidade. Curitiba. SC: Aymará Educação.
Silva, L. V., Machado, L., Saccol, A., & Azevedo, D. (2012). Metodologia de pesquisa em administração: uma abordagem prática. São Leopoldo: Unisinos.
Silva, L. S. A.; & Quelhas, O. L. G. (2006). Sustentabilidade empresarial e o impacto no custo de capital próprio das empresas de capital aberto. Gestão & Produção, 13(3), 385-395.
Schwabe, P. D. (2011). Vantagens da certificação ambiental para empresas, Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR. https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/32728/POLLIANNE%20DIONOR%20SCHWABE.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
Sampieri, R. H.; & Lucio P. B (2013). Metodologia de Pesquisa, Porto Alegre: Penso.
Tachizawa, T. (2008). Gestão socioambiental: estratégias na nova era da sustentabilidade. Rio de Janeiro-RJ: Elsevier.
Truckpad. (2013). Logística Reversa. https://www.truckpad.com.br/blog/logistica-reversa-o-que-e/.
Zen A. C.; Machado. B. D.; López. A. I. J.; Borges. M. C.; & Menezes. D. C. (2016). Rota da inovação: uma proposta de metodologia de gestão da inovação. Revista de Administração contemporânea. Rio de Janeiro. 21(6), 875-892.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Estou ciente de que, em sendo aprovado, a publicação do artigo será no formato on-line na RGO.
Também tenho ciência de que há autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Do ponto de vista do Creative Commons, a Revista Gestão Organizacional é de acesso aberto e irrestrito, porém não permitindo adaptações nos artigos, nem o uso comercial.
Sobre a licença Creative Commons: As licenças e instrumentos de direito de autor e de direitos conexos da Creative Commons forjam um equilíbrio no seio do ambiente tradicional “todos os direitos reservados” criado pelas legislações de direito de autor e de direitos conexos. Os nossos instrumentos fornecem a todos, desde criadores individuais até grandes empresas, uma forma padronizada de atribuir autorizações de direito de autor e de direitos conexos aos seus trabalhos criativos. Em conjunto, estes instrumentos e os seus utilizadores formam um corpo vasto e em crescimento de bens comuns digitais, um repositório de conteúdos que podem ser copiados, distribuídos, editados, remixados e utilizados para criar outros trabalhos, sempre dentro dos limites da legislação de direito de autor e de direitos conexos.
A Revista Gestão Organizacional adota o sistema: Atribuição-SemDerivações-SemDerivados CC BY-NC-ND: Permite o download dos seus trabalhos e o compartilhemento desde que atribuam crédito, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais.
