IDENTIFICAÇÃO POLÍTICA E SIGNIFICAÇÃO DA EXPERIÊNCIA ESCOLAR:

o caso de professores e professoras homossexuais no ensino básico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22196/rp.v24i1.6765

Palavras-chave:

Docência. Política. Homossexualidade. Identidade profissional.

Resumo

O presente artigo apresenta parte das análises realizadas na pesquisa de Mestrado em Educação, realizada entre 2017 e 2020, cujo objetivo foi examinar se e como a decisão de revelar ou ocultar a própria sexualidade no ambiente de trabalho influencia na construção da identidade profissional de professores e professoras homossexuais do ensino básico. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com a realização de entrevistas com oito professores atuantes na rede estadual de ensino paulista. Neste trabalho, apresenta-se a terceira categoria de análise desenvolvida na pesquisa citada, chamada “Identificações políticas e significação da experiência escolar”, que explora o tema da política em diferentes perspectivas: as vivências e percepções sobre a militância (no segmento LGBT+ e outros) e as percepções sobre a homossexualidade e/ou identidade LGBT+ enquanto identidade política. O ponto contrastante entre aqueles/as que revelam e aqueles/as que não revelam a própria sexualidade no ambiente de trabalho se dá principalmente quando a identidade do/a professor/a homossexual passa a participar do potencial de significação política das experiências escolares.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mariana Carvalho Teixeira, Universidade de São Paulo

Mestranda em Educação pela Faculdade de Educação e formada em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, ambas da Universidade de São Paulo. 

Maria de Lourdes Ramos da Silva, Universidade de São Paulo

Doutora em Ciências de Educação (Universidade Complutense). Professora Livre-docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Orientadora de dissertações de mestrado e teses de doutorado e autora de diversos livros e artigos publicados. Especialista junto ao Conselho Estadual de Educação de SP e junto a Comissão de avaliação do MEC.

Referências

ALAZRAKI, Laura; FIORETTI, Lorena; NICOLÁS, Paola. Género, política y docencia em Artes en la Universidad Provincial de Córdoba (Argentina): un territorio de disputas. Revista Pedagógica, v. 23, p. 1-18, 2021. DOI http://dx.doi.org/10.22196/rp.v22i0.6326 Disponível em: https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/pedagogica/issue/view/312. Acesso em: 13 out. 2021.

AUGUSTINI, Érica Rodrigues do Nascimento. Abordagem Político-Científica acerca da Educação em Sexualidade e a Formação Inicial/Continuada Docente: um estudo de caso no curso de Pedagogia. 2020. Tese (Doutorado em Educação Escolar) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2020.

BUTLER, Judith. Corpos que ainda importam. In: COLLING, Leandro (org.). Dissidências sexuais e de gênero. Salvador: EDUFBA, 2016.

CARVALHO, José Sergio. Política e educação em Hannah Arendt: distinções, relações e tensões. Educação & Sociedade, Campinas, v. 35, n. 128, p. 813-828, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010173302014000300813&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 11 nov. 2018.

CIAMPA, Antônio da Costa. A estória do Severino e a história da Severina: um ensaio de psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 2001.

COACCI, Thiago. Do homossexualismo à homoafetividade: discursos judiciais brasileiros sobre homossexualidades, 1989 - 2012. Sexualidad, Salud y Sociedad, Rio de Janeiro, n. 21, p. 53-84, dez. 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S198464872015000300053&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 11 nov. 2018.

CONNELL, Raewyn; PEARSE, Rebecca. Gênero: uma perspectiva global. São Paulo: Versos, 2015.

FACCHINI, Regina. Movimento homossexual no Brasil: recompondo um histórico. Cadernos AEL, v. 10, n. 18/19, 22 set. 2003. Disponível em: https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/ael/article/view/2510/1920. Acesso em: 11 nov. 2018.

FLORES, Maria Assunção. Discursos do profissionalismo docente: paradoxos e alternativas conceptuais. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 19, n. 59, p. 851-869, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782014000900003&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 11 nov. 2018.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 7. ed. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2002 [1. ed. 1992].

LUNA, Naara. A criminalização da “ideologia de gênero”: uma análise do debate sobre diversidade sexual na Câmara dos Deputados em 2015. Cadernos Pagu, Campinas, n. 50, e175018, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010483332017000200311&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 11 nov. 2018.

MELUCCI, Alberto. O jogo do eu. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2004.

NÓVOA, Antônio. (org.). Profissão professor. 2. ed. Porto: Porto Editora, 2014 [1. ed. 1999].

NÓVOA, Antônio. Vidas de Professores. 2. ed. Porto: Porto Editora, 2007 [1. ed. 1995].

PAOLIELLO, Gilda. A despatologização da homossexualidade. In: JORGE, Marco Antonio Coutinho; QUINET, Antonio. As homossexualidades na Psicanálise: na história de sua despatologização. São Paulo: Segmento Farma, 2013. p. 29-46.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A construção multicultural da igualdade e da diferença. Coimbra: Oficina do CES. n. 135. Jan. 1999.

SANTOS, Cristiano Figueiredo dos; SANTOS, Rosimeire Martins Regis dos. Desafios na formação docente em diversidade sexual. Educação: Teoria e Prática, Rio Claro, v. 29, n. 60, p. 140-161, 2019. Disponível em: https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/educacao/article/view/13029. Acesso em: 3 jan. 2022.

SEDGWICK, Eve Kosofsky. A epistemologia do armário. Cadernos Pagu, Campinas, n. 28, p. 19-54, jun. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332007000100003&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 11 nov. 2018.

SIMÕES, Júlio Assis; FACCHINI, Regina. Do movimento homossexual ao LGBT. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2009.

VIANNA, Claudia Pereira; CAVALEIRO, Maria Cristina. Políticas públicas de educação e diversidade: gênero e (homo)sexualidades. Revista Gênero, Niterói, v. 12, n. 2, p. 27-45, 1. sem. 2012. Disponível em: http://www.revistagenero.uff.br/index.php/revistagenero/article/view/413/307. Acesso em: 11 nov. 2018.

VIANNA, Claudia; CARVALHO, Tatiana. Formação e prática docente: sobre visibilidade das professoras lésbicas. Formação Docente, Belo Horizonte, v. 12, n. 24, p. 77-90, 2020. Disponível em: https://revformacaodocente.com.br/index.php/rbpfp/article/view/336. Acesso em: 3 jan. 2022.

WEEKS, Jeffrey. O corpo e a sexualidade. In: LOURO, Guacira Lopes (org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

XAVIER, Libânia Nacif. A construção social e histórica da profissão docente uma síntese necessária. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 19, n. 59, p. 827-849, dez. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141324782014000900002&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 11 nov. 2018.

Downloads

Publicado

2022-04-30

Como Citar

CARVALHO TEIXEIRA, M. .; RAMOS DA SILVA, M. de L. . IDENTIFICAÇÃO POLÍTICA E SIGNIFICAÇÃO DA EXPERIÊNCIA ESCOLAR: : o caso de professores e professoras homossexuais no ensino básico. Revista Pedagógica, [S. l.], v. 24, n. 1, p. 1–22, 2022. DOI: 10.22196/rp.v24i1.6765. Disponível em: http://pegasus.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/pedagogica/article/view/6765. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos Demanda Contínua