Como nos tornamos professores de Geografia: discurso ordenado, prática neoliberal

Autores

  • Bruno Nunes Batista Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC).

DOI:

https://doi.org/10.22196/rp.v19i42.3931

Palavras-chave:

Meio rural, educação profissional e técnico em agropecuária.

Resumo

Este artigo, elaboração parcial de uma tese de doutorado, discute a organização discursiva do ensino de Geografia na contemporaneidade. Para tanto, realiza a descrição de textos pedagógicos desse componente curricular da primeira metade do século XX no Brasil, através do método arqueológico de Michel Foucault. O trabalho que se faz opera por meio do periódico Boletim Geográfico, publicação de destaque nacional na formação de professores a partir da década de 1940. Desse regresso, duas constatações. Primeiro, um discurso ordenado que se mantém até os dias atuais, sistematizado pelo jogo contraditório entre a didática tradicional e as pedagogias ativas. Segundo, uma rede de enunciados e estratégias que sinalizavam uma prática neoliberal, que se iniciava nos discursos pedagógicos, e que hoje é hegemônica. Assim, com a intenção de formar sujeitos consumidores, flexíveis, empreendedores e empresários de si mesmos, o ensino de Geografia muitas vezes vem estando a serviço da economia de mercado.

Biografia do Autor

Bruno Nunes Batista, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC).

Doutor e mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Licenciado em Geografia. Professor no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC).

Downloads

Publicado

2017-12-18

Como Citar

BATISTA, B. N. Como nos tornamos professores de Geografia: discurso ordenado, prática neoliberal. Revista Pedagógica, [S. l.], v. 19, n. 42, p. 130–153, 2017. DOI: 10.22196/rp.v19i42.3931. Disponível em: http://pegasus.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/pedagogica/article/view/3931. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos Demanda Contínua