SUICÍDIO NO MEIO RURAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.22295/grifos.v30i53.5977Palavras-chave:
Agricultor; Rural; Suicídio; Revisão integrativa.Resumo
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o suicídio se configura como um sério problema de saúde pública, sendo que as mortes por suicídio têm aumentado nas últimas décadas. As mortes autoprovocadas também afetam os contextos rurais, que vem passando por transformações importantes nos modos de vida e trabalho. Este artigo teve como objetivo analisar como a produção científica publicada no período de 2013 a 2018 abordou o fenômeno do suicídio no meio rural. Para tanto, foi realizada revisão integrativa, a partir de das bases de dados Google Acadêmico e Biblioteca Virtual de Saúde, tendo sido selecionados 17 artigos para análise. Foram elaboradas três categorias a partir dos resultados encontrados, que mostram os principais temas abordados pelos estudos. O primeiro diz respeito ao suicídio relacionado às transformações de vida e de produção no meio rural, que foi mencionado em 5 artigos. O segundo tema mais abordado foi a relação entre o uso de agrotóxicos e o suicídio, mencionado por 11 artigos. O último se refere às características demográficas e étnicas nos contextos rurais, em que se destaca a relação entre suicídio, sexo e idade, e estudos que analisam a ocorrência de suicídios entre as etnias alemã e indígena. Conclui-se que os estudos dão ênfase a fatores de riscos específicos como o uso de agrotóxicos, tendo uma lacuna de estudos que integrem diferentes fatores de risco. Há ausência de estudos que tragam como ênfase modos de prevenção do suicídio nos contextos rurais.
Downloads
Referências
ALENCAR, Ana; PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro. Brasil, campeão no uso de agrotóxicos. 05 maio 2019. Disponível em: <http://www.ambientelegal.com.br/brasil-campeao-no-uso-de-agrotoxicos/>. Acesso em: 03 jun. 2019.
ANDRADES, Thiago Oliveira de; GANIMI, Rosângela Nasser. Revolução verde e apropriação capitalista. CES Revista, Juiz de Fora, v.21, p. 43-56, 2007.
CASTEL, Robert. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis:
Vozes, 1998.
DEJOURS, Cristophe; FLORENCE, Bègue. Suicídio e trabalho: o que fazer? Brasília:
Paralelo 15, 2010. 128 p.
FRANCISCO, W. D. Revolução Verde. 05 maio 2019. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/geografia/revolucao-verde.htm>. Acesso em: 10 jun. 2019.
GONÇALVES, Ludmilla R; GONÇALVES, Eduardo; OLIVEIRA JÚNIOR, Lourival Batista de. Determinantes espaciais e socioeconômicos do suicídio no Brasil: uma abordagem regional. Nova econ., Belo Horizonte, v. 21, n. 2, maio/ago. 2011.
HESS, Sonia Corina (Org.). Ensaios sobre poluição e doenças no Brasil. 1. ed. São Paulo:
Outras Expressões, 2018. 344 p.
LAZZARI, Francini Meneghini; SOUZA, Andressa Silva. Revolução verde: impactos sobre
os conhecimentos tradicionais. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO E CONTEMPORANEIDADE, Santa Maria, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Anais..., 8-10 nov. 2017.
LOPES, Carla Vanessa Alves; ALBUQUERQUE, Guilherme Souza Cavalcanti de. Agrotóxicos e seus impactos na saúde humana e ambiental: uma revisão sistemática. Saúde Debate [online], Rio de Janeiro, v. 42, n. 117, p. 518-534, 2018.
MARTINS, F. O suicídio do povo indígena. [s.d.]. Disponível em:
<https://www.cvv.org.br/blog/o-suicidio-do-povo-indigena/>. Acesso em: 26 jun. 2019.
MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro:
Vozes, 2001.
MORIN, Pâmela Vione; STUMM, Eniva Miladi Fernandes. Transtornos mentais comuns em agricultores, relação com agrotóxicos, sintomas físicos e doenças preexistentes. Psico, Porto Alegre, v. 49, n. 2, 2018.
OPAS BRASIL. Folha informativa - Suicídio. Agosto de 2020. Disponível em: <https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5671:folha-informativa-suicidio&Itemid=839>. Acesso em: 22 dez. de 2020.
OMS, Organización Mundial de la Salud. Prevención del suicidio: un imperativo global. Washington, DC: OPS, 2014. Disponível em: < https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/136083/9789275318508_spa.pdf;jsessionid= F6D5521F104E887836EBCD61AF0F3C96?sequence=1>. Acesso em: 20 jun. de 2019.
SANTOS, Simone Agadir; LEGAY, Letícia Fortes; LOVISI, Giovanni Marcos. Substâncias tóxicas e tentativas e suicídios: considerações sobre acesso e medidas restritivas. Cad. saúde. colet., Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, p. 53-61, 2013.
SCHNEIDER, Sérgio. Teoria social, agricultura familiar e pluriatividade. Rev. bras. Ci. Soc.
[online], São Paulo, v. 18, n. 51, p. 99-122, 2003.
SOULET, Marc-Henry. La souffrance sociale, pathologie des sociétés contemporaines.
Étique publique, v. 11, n. 2, 2009.
SOUZA, Marcela Tavares de; SILVA, Michelly Dias da; CARVALHO, Rachel de. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein, 2010.
THIOLLENT, Michel Jean-Marie; DORIGON, Clovis. Estudo das condições de vida, trabalho e saúde de produtores rurais: a contribuição de Michèle Salmona. Organizações Rurais & Agroindustriais, Minas Gerais, v. 16, n. 3, p. 376-387, 2014.
WERLANG, Rosangela. Pra que mexer nisso? Suicídio e sofrimento social no meio rural.
Doutorado em psicologia social e institucional. Tese (Doutorado em Psicologia Social e
Institucional) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, 2013a.
WERLANG, Rosangela; MENDES, Jussara Maria Rosa. Pluriatividade no meio rural: flexibilização e precarização do trabalho na agricultura familiar. Em Pauta, Rio de Janeiro, v. 14, n. 38, p. 140-163, jul. 2016.
WERLANG, Rosangela; MENDES, Jussara Maria Rosa. Sofrimento social. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 116, p. 743-768, out./dez. 2013b.
WHO – World Health Organization. Prevenção do suicídio um recurso para
conselheiros. Genebra: WHO, 2006. Disponível em:
<http://www.who.int/mental_health/media/counsellors_portuguese.pdf>. Acesso em: 20 jun.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista Grifos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Estou ciente de que, em sendo aprovado, a publicação do artigo será no formato on-line no Portal de Periódicos da Unochapecó.
Também tenho ciência de que há autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Do ponto de vista do Creative Commons, a Revista Grifos é de acesso aberto e irrestrito, porém não permitindo adaptações nos artigos, nem o uso comercial.
Sobre a licença Creative Commons: As licenças e instrumentos de direito de autor e de direitos conexos da Creative Commons forjam um equilíbrio no seio do ambiente tradicional “todos os direitos reservados” criado pelas legislações de direito de autor e de direitos conexos. Os nossos instrumentos fornecem a todos, desde criadores individuais até grandes empresas, uma forma padronizada de atribuir autorizações de direito de autor e de direitos conexos aos seus trabalhos criativos. Em conjunto, estes instrumentos e os seus utilizadores formam um corpo vasto e em crescimento de bens comuns digitais, um repositório de conteúdos que podem ser copiados, distribuídos, editados, remixados e utilizados para criar outros trabalhos, sempre dentro dos limites da legislação de direito de autor e de direitos conexos.
A Revista Grifos adota o sistema: Atribuição-SemDerivações-SemDerivados CC BY-NC-ND: Permite o download dos seus trabalhos e o compartilhemento desde que atribuam crédito, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais.
- Autores concedem à revista o direito de publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- A Política de Direito Autoral adotada está cadastrada no Diadorim <diadorim.ibict.br>.