Território, desenvolvimento e sustentabilidade – reflexões a partir da teoria de Karl Polanyi
DOI:
https://doi.org/10.22295/grifos.v29i49.5113Resumo
A partir do momento em que o mercado passou a ser autorregulável, ele aniquilou as instituições sociais, o homem e a natureza, pois o trabalho e a terra passaram a ser oferecidos em mercados próprios, semelhantes a mercadorias, conforme aponta Polanyi (2012) em sua obra “A subsistência do homem”. Assim, o sistema econômico passou a ser o suporte para as relações sociais, enquanto exatamente o inverso deveria prevalecer, segundo o entender de Polanyi (2012). Dessa forma, os efeitos do mercado aniquilam o homem, as instituições sociais e a natureza. A crise ambiental, frente a esta perspectiva em curso, tem contribuído para questionar a racionalidade e os paradigmas teóricos, que, impulsionaram e legitimaram o crescimento econômico ainda vigente. De acordo com Polanyi (2000, p. 214) “o trabalho é parte da vida, a terra continua sendo parte da natureza, a vida e a natureza formam um todo articulado”. Assim, o desenvolvimento econômico precisa ser compreendido a partir da cultura e das instituições. Nesse sentido, esse trabalho busca desenvolver uma discussão interdisciplinar a partir dos conceitos presentes na teoria de Karl Polanyi para apresentar alguns processos relacionados ao desenvolvimento, território e sustentabilidade.
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