Políticas públicas e a construção de mercados agroalimentares territorializados no Sul do Brasil

Autores

  • Monique Medeiros Universidade Federal do Pará
  • Ademir Antonio Cazella Universidade Federal de Santa Catarina
  • Andréia Tecchio Universidade do Centro-Oeste
  • Geneviève Cortes

DOI:

https://doi.org/10.22295/grifos.v27i45.4424

Palavras-chave:

Empreendedorismo. Modelos mentais. Desempenho organizacional.

Resumo

O artigo visa analisar as potencialidades e limites da construção de mercados agroalimentares territorializados, impulsionados por políticas públicas de compra de alimentos e desenvolvimento territorial no Litoral Norte do Rio Grande do Sul – Brasil. Baseando-se em pesquisa documental, participação observante e entrevistas semiestruturadas, desenvolvidas entre agosto de 2013 e abril de 2016, a análise evidencia que essa construção irradia consequências para além da expansão da produção orgânica de alimentos no território. Entretanto, a apropriação de discursos e práticas por apenas alguns grupos sociais faz com que, em especial, agricultores familiares mais vulneráveis socioeconomicamente sejam inviabilizados de participar dessas estratégias.

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Biografia do Autor

Monique Medeiros, Universidade Federal do Pará

Professora na Universidade Federal do Pará (UFPA), atuando junto à Faculdade de Agronomia do Campus Universitário do Tocantins-Cametá. Doutora em Agroecossistemas, na área de Desenvolvimento Rural Sustentável, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com Estágio de Doutorado Sanduíche na Unité Mixte de Recherche - Acteurs, ressources et territoires dans le développement (ARTDev) - Université de Montpellier 3 - França (2017). Possui mestrado pelo Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Rural - PGDR da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2011) e graduação em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) Julio de Mesquita Filho (2008). Atualmente, é Pós-Doutoranda no Programa de Pós Graduação em Agroecossistemas/UFSC, pesquisadora do Laboratório de Estudos da Multifuncionalidade Agrícola e do Território (LEMATE) e do Grupo de Estudos sobre a Diversidade da Agricultura Familiar (GEDAF). Os principais temas de trabalho e pesquisa são: diversidade de conhecimentos relacionados ao uso da biodiversidade, desenvolvimento rural, agricultura familiar, mediação social e tecnologias e inovações sociais.

Ademir Antonio Cazella, Universidade Federal de Santa Catarina

Professor titular do Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas da Universidade Federal de Santa Catarina (PGA/UFSC). Graduado em Agronomia pela UFSC (1986), com mestrado em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro -UFRRJ (1992) e doutorado em Ordenamento Territorial junto ao Centre dEtudes Supérieures dAménagement -Tours/França (2000). Realizou estágio sênior na França entre agosto e novembro de 2012, com bolsa CAPES, junto ao Agrosup de Dijon e AgroParisTech sobre os temas do acesso à terra e do ordenamento fundiário. Em 2016, efetuou outra formação de três meses na Unité Mixte de Recherche Acteurs, Ressources et Territoires dans le Développement (UMR Art-Dev) de Montpellier (França). Foi coordenador do PGA/UFSC entre 05/2012 a 06/2016. Integra o Laboratório de Estudos da Multifuncionalidade Agrícola e do Território (LEMATE) e o Observatório de Políticas Públicas para a Agricultura (OPPA) do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA/UFRRJ). Atua com os seguintes temas de pesquisa: desenvolvimento territorial sustentável, ordenamento territorial e fundiário, descentralização de políticas públicas de desenvolvimento rural e multifuncionalidade agrícola.

Andréia Tecchio, Universidade do Centro-Oeste

Doutora em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ - 2017), com Doutorado Sanduíche na Unité Mixte de Recherche 5281 "Acteurs, ressources et territoires dans le développement" (ARTDev), na Université de Montpellier 3, em Montpellier/França. Mestra em Agroecossistemas pelo Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, na Universidade Federal de Santa Catarina (PGA/UFSC - 2012). Especialista "Latu Sensu" em Movimentos Sociais e Desenvolvimento pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE - 2006). Engenheira Agrônoma pela UFSC (2002). Atuou como Engenheira Agrônoma na Prefeitura Municipal de Dionísio Cerqueira, Santa Catarina (2002-2003) e no Instituto Sinodal de Assistência, Cultura e Educação/Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (ISAEC/CAPA), nas regiões oeste de Santa Catarina e noroeste do Rio Grande do Sul (2004-2010). Possui experiência nas áreas de: extensão rural; agroecologia; movimentos sociais; políticas públicas; desenvolvimento rural, territorial e sustentável e pobreza rural. Desenvolve estudos e pesquisas nas áreas de políticas públicas, desenvolvimento territorial, pobreza rural e segurança alimentar e nutricional, vinculados ao Laboratório de Estudos da Multifuncionalidade Agrícola e ao Território (LEMATE/UFSC) e ao Laboratório de Políticas Públicas para a Agricultura (OPPA/UFRRJ).

Geneviève Cortes

Professora na Unidade Mista de Pesquisa Atores, Recursos e Territórios no Desenvolvimento (UMR ART-Dev), Universidade de Montpellier 3, França; Doutora em Geografia;

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Publicado

2018-12-21

Edição

Seção

Dossiê Questões Rurais e Políticas Públicas