Os vazios urbanos e o Direito à Cidade: Desafios da implementação do IPTU Progressivo em Campos dos Goytacazes/RJ

Autores

  • Bianca Siqueira Gonçalves Universidade Cândido Mendes - Campos dos Goytacazes/RJ.
  • José Luis Vianna da Cruz Professor permanente e Coordenador de Pesquisa do Mestrado e do Doutorado em Planejamento Regional e Gestão de Cidades, da Universidade Candido Mendes Campos dos Goytacazes/RJ.

DOI:

https://doi.org/10.22295/grifos.v27i44.3677

Palavras-chave:

Gestão de Pessoas, Sustentabilidade, Responsabilidade Social.

Resumo

Este estudo analisa a cidade como produção social, fruto da ação complexa e conflituosa de agentes sociais, que representam distintos interesses. Discorre sobre a dinâmica capitalista na construção do espaço na cidade e como se organizam as estruturas urbanas. Tendo como cenário a cidade de Campos dos Goytacazes/RJ, apura o papel e a importância do IPTU progressivo no acesso democrático ao solo urbano, conforme preconiza a legislação brasileira, enquanto instrumento de garantia do Direito à Cidade. Foram analisados os fatores que favorecem e permitem a existência de vazios urbanos no perímetro da cidade, em regiões valorizadas e munidas de equipamentos urbanos coletivos, e naquelas a serem valorizadas pela ação pública e/ou privada. Demonstrou-se como a iniciativa privada se apropria dos investimentos públicos para a valorização de seus empreendimentos, o que evidencia a atuação do capital na configuração do ambiente construído. A não aplicação do IPTU progressivo, como um dos instrumentos de cumprimento da função social da propriedade, particularmente no enfrentamento dos vazios urbanos especulativos, demonstra a complexidade dos interesses em jogo. Como o Poder Público municipal vem tratando a questão dos vazios urbanos e do IPTU progressivo na legislação e na prática? Buscou-se compreender alguns aspectos importantes da estrutura e dinâmica do espaço urbano em Campos dos Goytacazes, evidenciando o papel do planejamento urbano, e, neste, reforçar as potencialidades da implementação do IPTU progressivo como meio de reintegrar os vazios urbanos existentes, possibilitando mitigar os impactos da concentração do solo urbano e a especulação imobiliária, fatores agravantes da segregação socioespacial.

Biografia do Autor

Bianca Siqueira Gonçalves, Universidade Cândido Mendes - Campos dos Goytacazes/RJ.

Analista da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro; Bacharel em Direito pelas Universidade Estácio de Sá (UNESA); Pós-graduada em Direito Penal e Processo Penal também pela UNESA; Pós-graduada em Direito Tributário (Faculdade Internacional Signorelli); Mestra em Planejamento Regional e Gestão de Cidades pela Universidade Candido Mendes-Campos (UCAM) e Doutoranda em Planejamento Regional e Gestão de Cidades pela UCAM.

José Luis Vianna da Cruz, Professor permanente e Coordenador de Pesquisa do Mestrado e do Doutorado em Planejamento Regional e Gestão de Cidades, da Universidade Candido Mendes Campos dos Goytacazes/RJ.

rofessor permanente do Programa de Mestrado e do Doutorado em Planejamento Regional e Gestão de Cidades Universidade Candido Mendes-Campos (UCAM); Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Mestre e Doutor em Planejamento Urbano e Regional pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ); Pós-doutor em Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). 

 

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Publicado

2018-09-27