Por: Mateus Montemezzo e Elizandro Stefeni

Professora Responsável: Angélica Luersen

Usuários reclamam da falta de cobradores dos ônibus, superlotação e atendimento dos funcionários: “acho desumano como os usuários são tratados”, disse uma estudante; empresas rebatem as afirmações

Aos 70 anos de idade, dona Nerci dos Santos, moradora do bairro Efapi, utiliza o transporte público pelo menos duas vezes por semana. Costumavam ser quatro vezes ao dia, mas um problema na coluna a afastou de seus passeios e visitas à igreja. Numa tarde de março, Nerci precisou ir até o supermercado acompanhada da filha. O trajeto de ida foi realizado com o automóvel de seu neto, já que no ponto de embarque mais próximo, em frente a Unochapecó – a 500 metros de sua casa – “não passa ônibus com frequência”. A alternativa seria descer até a Avenida Atílio Fontana, mas para Nerci a caminhada é um sacrifício, já que o problema na coluna acaba atrapalhando o trajeto de 1,6 Km.

Para a volta, Nerci e a sua filha aguardaram um dos ônibus da empresa Auto Viação Chapecó (AVC), junto com elas estavam alguns estudantes. Ao chegarem ao ponto de desembarque, em frente a Unochapecó – perto das 17:30 – todos saíram e o motorista fechou a porta, sem perceber que Nerci ainda estava no antepenúltimo degrau da escada de descida. Resultado: ela cortou parte do pé direito, além de bater o ombro contra a porta. Nerci descreve o momento do acidente: “Tinha descido umas quatro ou cinco pessoas que eram os alunos, desceram rapidinho na minha frente, aí eu desci, botei o pé no primeiro degrau, depois só vi que porta veio e eu cai no degrau debaixo”. O trauma é tão grande que ela não gosta nem de lembrar. “Eu fiquei no vão das duas portas e ela deu bem aqui (apontando para a parte lateral do pé), não gosto nem de lembrar aquela coisa pesada em mim”, relata. Ao ouvir os gritos de dor de Nerci, o motorista rapidamente parou o ônibus e prestou os primeiros socorros. Momentos depois, o ambulatório da Unochapecó deu apoio.

Após aguardar quinze minutos, a ambulância da (Unidade de Pronto Atendimento) UPA chegou e os enfermeiros iniciaram o atendimento, levando-a ao Pronto Atendimento Regional. Para ela, a falta de um cobrador foi o ponto primordial para que o acidente acontecesse.

 “Quando o cobrador está, ele avisa o motorista quando dá pra fechar a porta. Se tivesse um cobrador, isso não teria acontecido”, reclama. Segundo ela, a empresa Auto Viação não prestou nenhum tipo de auxílio, embora “o motorista tenha ajudado e se preocupado no momento, ele até disse que ‘faria o que fosse necessário para eu ficar bem’”.

A ausência de cobradores é um dos principais motivos pelos quais os usuários de transporte coletivo de Chapecó reclamam dos serviços prestados pelas empresas, em especial a Auto Viação, que atende a maior parte do fluxo de passageiros do município. Uma usuária do transporte coletivo, que pediu para não ser identificada, realizava o trajeto terminal/Zan Rosso e também reclamou da falta de cobradores. “São poucas linhas que tem cobradores e isso atrapalha, porque o motorista precisa cuidar do trânsito, cuidar das pessoas que embarcam e ainda fazer o troco da passagem”, conta.

Uma das entidades que defendem a permanência dos cobradores nos ônibus é o Sittracol de Chapecó (Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores das Empresas de Transporte Coletivo). A sede é localizada próximo ao terminal urbano do município e conta com o trabalho de quatro funcionários. Para o presidente do sindicato, Valdir Sanzovo, a ausência do cobrador diminui a qualidade do transporte público, atrapalha a vida dos passageiros e também dos motoristas. “O motorista hoje faz várias funções. Ele cobra passagem, tem que prestar atenção nas portas, ele atende o trânsito, tem que dar atenção aos usuários”, salienta.

No vídeo abaixo, a nossa equipe de reportagem foi até o terminal urbano de Chapecó e embarcou nos ônibus da Auto Viação e da Tiquin.

A nossa equipe de reportagem entrou em contato com as duas empresas responsáveis por administrar o transporte de ônibus. Segundo Guilherme Cecchin, diretor da Tiquin, a empresa “reserva o direito de não responder as perguntas em que estão citados os nomes do Sittracol, Sindicato dos funcionários”. Para ele, por encontrar-se em um momento de negociação salarial, “as reivindicações ou opiniões emanadas por seus dirigentes tem cunho parcial e não refletem a realidade”. Em relação à reclamação da estudante, Guilherme diz que para saber do que se trata, precisa saber qual usuário está reclamando e através dos relatórios achar a solução. “Informamos que não temos na ouvidoria do município reclamações pendentes”, finaliza.

De acordo com o proprietário da Auto Viação Chapecó (AVC), João Scopel, a empresa está obedecendo o que diz a lei. “Nós temos quase 20 cobradores. A gente não mandou ninguém embora”, disse.

Para Scopel, o trabalho de cobrador que o motorista realiza não interfere na qualidade do serviço prestado pela empresa e não sobrecarrega o funcionário. “Primeiro, ele tem que fechar a porta do ônibus, se não o ônibus não fecha. Tem o sensor de porta que não fecha. E tem uma câmera bem em cima dele. No treinamento a gente diz: ‘não movimenta o ônibus’. Ele sabe e tem consciência. Se ele fizer diferente ele sabe que ele está sujeito a ser demitido”, explica.

Em relação ao acidente sofrido pela Nerci dos Santos, Scopel afirmou que o “cobrador não olha quando o pessoal está desembarcando do ônibus. Ele vira pra frente e fica conversando com o motorista”. Ao ser questionado sobre a preparação dos funcionários, o empresário afirma que “o cobrador ajuda em partes, mas não tem necessidade, por que o pior de tudo é o aumento de tarifa”. Segundo ele, após o acidente, toda a atenção foi dada pela empresa e o motorista deu a assistência necessária no momento.

Momento em que Nerci dos Santos é atendida pelos profissionais da área da saúde.

Momento em que Nerci dos Santos é atendida pelos profissionais da área da saúde.

Nerci, de 70 anos, sofreu um acidente com um dos ônibus da Auto Viação, quando voltava do supermercado.

Nerci, de 70 anos, sofreu um acidente com um dos ônibus da Auto Viação, quando voltava do supermercado.

Superlotação

 

Um dos desafios para quem trabalha cedo e precisa utilizar o transporte coletivo de Chapecó é chegar no trabalho no horário estabelecido. Segundo uma moradora do bairro Colatto, que trabalha como costureira, precisa sair de casa às 7 horas da manhã, já que começa a trabalhar às 8, por que tem dificuldades para embarcar. “Chego no ponto aí pelas 7h10 e tem dias que fico até às 7h30 e não consigo pegar uma lotação. Eles passam reto por que tá sempre cheio, lotado”, conta.

Outro horário de pico inicia por volta das 18:30 e se estende até às 19:15. Quem sofre são os estudantes da Unochapecó e da UFFS (Universidade Federal Fronteira Sul) que precisam ir até a região do Bairro Efapi. De acordo com uma estudante da Unochapecó que utiliza os ônibus da empresa Auto-Viação duas vezes por dia, o problema é comum. “Vou para a universidade e sempre tem muita gente nesse horário (entre 18h e 19). Aquelas informações com números de passageiros bem na frente do ônibus servem apenas de objeto decorativo, por que não é respeitado”, relata. Segundo a estudante, que prefere não se identificar, “quando pego o ônibus de alguma parada e vejo que ele está muito cheio sou eu quem faz questão de não embarcar, por que acho desumano como os usuários são tratados”.

O diretor da Tiquin, Guilherme Cecchin, rebateu as informações dos usuários e do Sittracol. “A empresa, trabalha com a lotação correta em seus veículos, permitida pela ABNT”, afirma. Já para o dono da Auto Viação, João Scopel, a superlotação em horário de pico é um problema enfrentado pelo mundo inteiro. “É um problema crônico, mundial. Todas as pessoas querem viajar no mesmo horário. Em vez de 70 carros, eu vou precisar ter 140 ônibus. E aí quanto custaria a tarifa? 10 reais? Então, tem que fazer um balanço, ou seja, um controle”, explica. Para ele, em algumas eventualidades, o número de passageiros pode ultrapassar o limite permitido. “Às vezes a pessoa está no ponto e quer ir naquele ônibus, ela não quer esperar mais dois minutos do ônibus de trás. O motorista faz sinal que tem, mas não adianta”, finaliza.

Número de passageiros da Auto Viação, entre 2005 e 2015, diminui em mais de dois milhões.

28% dos passageiros da Auto Viação, em 2015, se enquadraram na categoria “gratuidade” e não pagaram a tarifa de R$ 2,90.

 

Atendimento dos funcionários

Outra reclamação constante de quem utiliza o serviço de transporte público é a má qualidade do atendimento dos funcionários das empresas. Segundo o aposentado Valdomiro Felisbino, morador do Bairro Passo dos Fortes, “eles são meio grossos, mal-educados com a gente. Eles podiam ter um pouquinho mais de educação. De vez em quando eu prefiro ir a pé do que pegar lotação.”

Segundo uma estudante da Unochapecó, que prefere não se identificar, “alguns motoristas reclamam quando você não vai com o valor certo do passe urbano, outros saem antes do horário estabelecido e se você pede para abrir a porta fazem sinal que já estão saindo e ainda reclamam quando dá algum problema com seu cartão”. Ela também já passou por situações em que foi intimidada pelo funcionário. “Teve um dia que estava superlotado o ônibus, não consegui passar a catraca e o motorista me xingou por que estava atrapalhando a visão dele e como estava sem cobrador não conseguia ver a porta. Ao me defender, ele me olhou pelo retrovisor com ar de intimidação”, explica a estudante.

Para o vice-presidente do Sittracol, Marcelino Clair de Lima, o acúmulo de funções é o principal causador de estresse dos funcionários. “O motorista fica 7 horas e 20 minutos dentro de um ônibus, sozinho, com superlotação, com a população reclamando, até por que a população não quer saber se o motorista está sozinho ou não, quer chegar no destino. E isso gera atraso nas viagens, a gente sabe que o trânsito de Chapecó é complicado e tudo interfere.

O motorista acaba ficando estressado”, conta. Guilherme Cecchin, diretor da Tiquin, rebateu a afirmativa do sindicato. “Os funcionários tem em suas jornadas de trabalho intervalo intra jornada para descanso conforme previsão legal”, relata. Segundo João Scopel, proprietário da Auto Viação, a empresa investe num curso de Relações Interpessoais com os funcionários a cada 60 dias.

De acordo com José Schneider, que foi motorista de ônibus durante 17 anos e hoje exerce a função de tesoureiro do sindicato, o salário fornecido pelas empresas é insuficiente. “Eles trabalham a noite na empresa de ônibus e de dia puxam alunos. Tem outros trabalhos fora pra poder complementar o salário. Hoje, o salário de um motorista é muito baixo”, explica. Devido a essa situação, muitos motoristas acabam sofrendo com doenças. Segundo Sanzovo, “muitos motoristas chegam aqui no sindicato estressados, com problemas psicológicos. A gente tem recebido muitas pessoas reclamando disso, eles vem pedir ajuda. Daí encaminhamos pra médico, psicóloga, psiquiatra, pra tratamento”. Em contrapartida, João Scopel rebateu as afirmações com uma pesquisa da estudante Rosa Maria, da Unoesc, intitulada “Stress e seus fatores desencadeantes”. O estudo mostra que de 102 funcionários da AVC entrevistados, apenas 04 foram detectados com stress.

Em 2013, um projeto do vereador Paulinho da Silva (PCdoB) obrigou a presença de cobradores nos ônibus das empresas de transporte coletivo de Chapecó, entre às 7h às 22h. Porém, segundo o próprio vereador, o projeto “foi considerado inconstitucional pelo TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina)”.

Preço da tarifa

Segundo o levantamento feito pela nossa equipe de reportagem, o preço da tarifa de ônibus em Chapecó após o embarque e feita com moeda corrente, é a menor entre os dez municípios mais populosos de Santa Catarina. Mesmo assim, as reclamações dos usuários são frequentes. Segundo uma estudante da Unochapecó, que também não quer se identificar, o transporte público deveria ser gratuito à toda população. “Além de o transporte urbano ser um serviço público, ele dá acesso aos demais setores da sociedade. O passe livre não é utopia, é realidade em muitas cidades brasileiras. Acredito que quando temos uma gestão eficiente ela consegue encontrar meios que beneficiem toda a população”, enfatiza.

Por: Richard Werlang

Por: Richard Werlang

Para Clair de Lima, a taxa de R$ 2,90 cobrada pelas empresas não condiz com a realidade do serviço prestado aos usuários. “Você embarca no terminal pra descer na Prefeitura, isso dá dois minutos de ônibus, mais ou menos 1,5 km, aí você paga R$2,90. Mesmo que você fosse até no São Francisco, que dá em torno de 4 km, 5 km, é muito cara”, explica. Ele também faz um comparativo ao transporte de Chapecó com a capital do estado. “Lá em Floripa, por exemplo, é um pouco mais caro, mas tem itinerários que chegam até 90 Km. Aqui em Chapecó dá no máximo 10 km, que é até na Efapi” disse Clair. O secretário do Sittracol, Evandro Pilatti, também concorda que a qualidade do transporte na cidade do litoral é superior. “Se tu analisar o transporte de Floripa, tem ar condicionado nos ônibus. Cobrador em todos os ônibus. Ponto de ônibus adequado. Aqui nós não temos nada disso. Tem ônibus que nem assoalho mais tem. Então devido a precariedade do serviço a tarifa é cara”, justifica.

O diretor da Tiquin Transportes não concorda com as afirmações dos usuários e do Sittracol. “Os custos que compõem a tarifa são os mesmos das outras cidades que tem a tarifa superior a de Chapecó e vão muito além dos custos variáveis (custos que aumentam conforme a quilometragem). Outro índice importante de ser revisto é o índice de gratuidades de Chapecó, que é muito superior as outras cidades do estado”, disse Guilherme Cecchin. O proprietário da Auto Viação também rebate as afirmações do sindicato. “Temos a menor tarifa do estado”, disse. Segundo Scopel, o preço da tarifa é definido pelo índice IPK (Índice de Passageiro por Quilômetro) e não pelo tamanho das linhas.

Portadores de necessidades especiais

Luana Milan Teles está há sete anos em Chapecó. Uma das primeiras dificuldades da cadeirante foi a adaptação ao transporte público do município. “Utilizo o transporte faz uns cinco, seis anos. No começo eu não usava muito por que eu tinha medo”, explica. Ela conta que já sofreu um acidente por conta de um defeito na plataforma de embarque. “Eu fui descer e a plataforma despencou de cima, então eu fui pra frente e caí com tudo no chão. Ainda que o cobrador segurou minha cadeira, se não a cadeira tinha ido pra cima de mim”, relata. Para ela, a situação do transporte público para cadeirantes em Chapecó melhorou significativamente nos últimos anos. “Eu percebo bem a mudança. Hoje eles se preocupam se estão usando cinto, se estão precisando de alguma coisa, me perguntam aonde eu vou descer. Já tem um cuidado muito maior”, enfatiza.

O secretário do Sittracol, Evandro Pilatti, também defende que melhorias devem ser tomadas quando se trata do atendimento aos portadores de necessidades especiais. Ele alerta que a assistência feita pelo motorista é perigosa e nada está sendo feito pelo poder público, embora o Sittracol já tenha avisado as autoridades. “A hora que o motorista sair desse ônibus, do volante, pra ir ajudar um cadeirante e acontecer uma falha mecânica, ou alguma criança ou pessoa mexer no ônibus, já que ele vai estar sem comando, o acidente vai ser inevitável. E aí eu quero ver quem vai assumir essa responsabilidade. O motorista está abandonando o posto de trabalho dele pra fazer uma função que não é dele, pra atender um usuário que não é ele que tinha que estar atendendo. E o ônibus é uma máquina, que pode falhar a qualquer momento”, enfatiza. Segundo João Scopel, a Auto Viação age de acordo com a lei. “Eles exigem que o motorista acione (a plataforma) pela responsabilidade. O motorista puxa o freio e ninguém mexe no ônibus”, disse.

Segundo Guilherme Cecchin, o problema não existe com a empresa. “Os fatos descritos não ocorreram com nossa empresa, uma vez que temos inspeção criteriosa com relação aos elevadores, onde não saem da garagem com este item sem funcionar. Além de a empresa manter um canal direto com todos as pessoas com deficiência e suas entidades como FCD, CONDE, APAE. A Tiquin investe em treinamento mensal de 4 horas com base em direção defensiva, atendimento ao cliente e auxílio a pessoas com deficiência”, relata. De acordo com o proprietário da Auto Viação, a melhor saída para esses problemas é entrar em contato com a empresa e fazer uma reclamação. “Nós temos um sistema que a pessoa liga no 0800 ou pelo próprio Facebook, onde só tem uma pessoa que mexe. A empresa tem 48 horas pra dar o retorno pra ela. E o nome dela é preservado”, explica Scopel.

Alternativas para Chapecó

O novo Plano Municipal de Mobilidade Urbana de Chapecó tem impulsionado novas discussões sobre os espaços que compõem o município, em especial quando se trata do trânsito e de novas alternativas para melhorar o transporte público. Segundo Paula Batistello, graduada em Arquitetura e Urbanismo e mestre em Engenharia Civil, a Avenida São Pedro mostra o início da implantação de um corredor de ônibus, que hoje não é exclusivo, mas futuramente poderá ser. “Isso faz com que as pessoas se acostumem com a nova maneira do trânsito funcionar aos poucos, o que é bom. Todas as grandes mudanças feitas de uma vez só, com muitos investimentos, podem trazer alguns erros que custarão muito para serem corrigidos”, explica. De acordo com Batistello, para que esse corredor seja exclusivamente dos ônibus, também é necessário ter uma movimentação dos mesmos suficientes para que as vias não fiquem ociosas. “Se aumentar a quantidade de ônibus ou transporte público neste corredor, automaticamente deveria diminuir o fluxo de automóveis, podendo ficar as duas vias exclusivas: uma para ônibus, outra para automóveis. Enquanto isso não acontece de forma exclusiva e o fluxo de ônibus não é tão grande, é possível que esse corredor seja compartilhado com automóveis”, explica.

As novas alternativas de transporte público pensadas nas grandes cidades, que vão além de ônibus, também são discutidas por especialistas para ser utilizado em Chapecó. Para a arquiteta e urbanista, uma solução viável para o município, embora o alto investimento atrapalhe, seria o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que dá celeridade e alta qualidade ao transporte público. Outra alternativa proposta por Batistello é a utilização de ciclovias. “Alguns pensam que por termos uma cidade com topografia acidentada não seria viável, mas veja bem, hoje temos bicicletas elétricas e dobráveis, super leves e que podem fazer com que o cidadão tenha um transporte misto”, explica. Para ela, a combinação de locomoção e saúde é o diferencial quando se trata de ciclovias. “Os valores estão ficando super acessíveis, incentivando uma vida saudável. Então não há porque pensar que a cidade não precise de ciclovias, ela precisa sim, pela segurança dos ciclistas, pelo bem estar e saúde dos cidadãos”, conclui Batistello.