O Cineclube Helena é um projeto de extensão do curso de Cinema e Mídias Digitais criado em 2018, e participou ativamente em outras edições da Feira do Livro. Sendo retomado no ano passado, o Cineclube foi novamente convidado para exibir sessões durante a Feira, com curtas desenvolvidos pelos acadêmicos do curso e pelos estudantes do ensino médio do Colégio Unochapecó.
A coordenadora do curso de Cinema e Mídias Digitais, professora Dafne Pedroso, comenta que essa é uma grande oportunidade, tanto para os estudantes que exibem, quanto para os que assistem às sessões. “São ótimas produções e que precisam ser divulgadas. Para os estudantes da graduação é uma experiência incrível aprender a exibir seus projetos e interagir com o público, é quase como um laboratório. Não são filmes que costumam passar na TV, são diferentes e com um caráter experimental”, salienta.
Professor de Comunicação e Audiovisual do Colégio Unochapecó, Julherme José Pires comenta que os estudantes produziram os filmes no itinerário formativo de editoração para mídias audiovisuais e, vendo as discussões dos alunos em sala, percebeu que seria possível fazer produções muito bem elaboradas. “A ideia surgiu deles próprios. Eu apresentei a matéria e eles precisavam escrever um projeto de audiovisual, foi unânime a escolha de curtas de ficção. E aí desenvolveram, fizeram o roteiro, o planejamento e gravaram. Tudo por conta própria, inclusive utilizando equipamentos próprios nas gravações. Os curtas foram exibidos em um festival de cinema, como se fosse um Oscar, e rolou até premiação”, cita.
O professor ainda conta que o convite para exibir os curtas surgiu após o festival, e os filmes foram enquadrados dentro da proposta da Feira do Livro. “Os estudantes ficaram em um misto de empolgação e receio, porque até então eles tinham mostrado apenas os seus colegas, familiares e pessoas conhecidas. Já na Feira, receberam 400, 500, 600 pessoas para acompanhar os projetos. Foi uma exibição bem interessante e bem positiva”, aborda.
O estudante do Colégio Unochapecó, Luís Gustavo Gonçalves Gris foi um dos diretores e roteiristas do curta “Frangos Mortos”, que está sendo exibido na Feira do Livro. “A inspiração veio quando eu estava passando as férias de julho na casa da minha avó, no interior. Inclusive, foram lá que as gravações ocorreram. Ficamos muito felizes com o resultado final, foi um esforço coletivo que valeu bastante a pena”, finaliza.
Créditos: Junior Salvatori
Por: João Pedro Zatta Grolli