Promovida pela Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert), na manhã desta quinta-feira (3), ocorreu o painel “Pense Rádio, Pense TV: Oportunidades de Trabalho e o Novo Perfil Profissional”. A atividade abriu a programação do Intercom Sul 2025, maior congresso de comunicação da região Sul, e reuniu acadêmicos e profissionais para discutir os rumos do mercado de trabalho na área da comunicação.
Com foco em apresentar as habilidades que o mercado de rádio e televisão exige dos novos profissionais, estiveram presentes no evento nomes de destaque da mídia regional, como o diretor executivo da Acaert, Guido Schvartzman, o coordenador da NSC TV Chapecó, Gilmar Luiz Fochessato, a gerente da NDTV RECORD Oeste, Ediani Outeiro, o jornalista da Rádio Peperi, Marcos Meller, e a jornalista Miriam Pereira, da Rádio Princesa de Xanxerê.

Conforme o diretor executivo da Acaert, o novo perfil profissional deve ser multiplataforma, dinâmico e conectado à realidade da comunidade. “A gente espera um profissional que esteja antenado com as novas tecnologias, ou seja, que saiba utilizar todos os recursos digitais, inclusive a própria inteligência artificial, que está muito em ascensão nesse momento, mas que também saiba trafegar entre os veículos offline, ou seja, os veículos rádio e televisão”, destacou.
“O rádio e a televisão, o ecossistema da comunicação, do rádio e da televisão, têm capacidade de absorver profissionais multidisciplinares. A gente faz esse debate para que as pessoas saibam como se inserir nesse mercado, trazendo gestores de comunicação para que os alunos possam abordar diretamente quem contrata, entender o que ele precisa do novo profissional. A nossa ideia é aproximar o mercado para que a universidade possa formar profissionais de acordo com a necessidade”, completou Guido.
Essência e tecnologia
Durante o evento, os estudantes também puderam fazer perguntas e ouvir relatos de quem vive o dia a dia nas redações. Para o jornalista Marcos Meller, da Rádio Peperi, a essência do jornalismo continua viva, mesmo em meio às transformações tecnológicas.
“O que se alteraram foram as plataformas, a linguagem, mas a essência do jornalismo, continua. Aliás, é cada vez mais importante que o jornalista se torne um canal de comunicação, fazendo a diferença na checagem e na verificação dos fatos, trabalhando com seriedade e respeito”, afirmou Marcos.
O congresso
Além de debates como esse, o Intercom Sul 2025 seguirá até o sábado (5), com uma programação intensa, que inclui oficinas, minicursos, mesas temáticas e apresentação de trabalhos científicos. O congresso reúne mais de mil estudantes, professores e profissionais dos três estados do Sul e transforma a Unochapecó em um ponto de encontro entre o conhecimento acadêmico e o mercado da comunicação.
Texto: Nycoli Ludwig
Fotografia: Leonardo Pasini