Poluição provocada pela indústria da moda faz consumidores repensar hábitos

Poluição provocada pela indústria da moda faz consumidores repensar hábitos

Claudia Eduarda Schverz* Moda sustentável: um grito de esperança para a preservação. Fonte: Canva Milenar, a moda está no nosso dia a dia. Porém, ainda é uma das indústrias que mais polui. Em 2018, foram emitidos cerca de 2,1 bilhões de toneladas métricas de gases de efeito estufa pela cadeia da moda global, segundo a Global Fashion Agenda, principal fórum para colaboração da indústria e cooperação público-privada na sustentabilidade da moda. No mesmo ano, o Brasil produziu cerca de 5,1 bilhões de roupas, enquanto uma pesquisa do Ibope Conecta para a OLX em 2016 apontou que quase 70 milhões de brasileiros têm itens sem uso em casa. Na contramão disso, tem ganhado força a filosofia da moda consciente que preconiza o mínimo impacto no meio ambiente no momento de produção, aquisição e manutenção das peças de roupa. Para aderi-la, a recomendação inicial é fazer uma autoavaliação. “É muito mais a respeito de como você consome, quais são as suas fontes, de onde você aprendeu, como você pensa, qual seu estilo de vida. Todo esse contexto te faz realizar a compra. Não é possível praticar uma moda sustentável se você não tem consciência sobre o seu consumo”, completa a designer de moda Gabrielle Mainardi da VerdeNovo. Mas a tarefa de consumir moda com responsabilidade não é simples. É preciso mudar o estilo de vida e quebrar paradigmas que já estão enraizados na nossa forma de consumir. Recusar o exagero, dar um novo uso para roupas guardadas e doar o que não é usado, são atitudes que grande parte da população mundial não toma porque estão acostumados a consumir no modo...

“Eu sentia tudo, sentia até meus fios de cabelo doerem”, relata professora sobre contágio pela covid-19

Por Angela Bueno* Os números de casos e mortes pelo novo coronavírus não param de subir no Brasil. Para sensibilizar as pessoas sobre a gravidade da doença, a jornalista Juliana Giongo publicou em suas redes sociais, no dia 23 de fevereiro de 2021, um relato em vídeo de quem viveu as dores deste vírus em um dos piores momentos da pandemia.   Com a duração de quatro minutos e vinte segundos, Juliana narra como foi o desenvolvimento do vírus e o que ela sentiu ao decorrer dos dias até sua recuperação. A jornalista não precisou de internação, mas passou por sérias dificuldades em casa. “Fiquei imaginando quantas pessoas assim como eu, não estavam sendo citadas ou não estavam nas referências, nas estatísticas, mas que mesmo assim tinham sofrido muito”. Jornalista Juliana Giongo A força psicológica da doença Ao narrar sua difícil experiência com a covid, Juliana emociona-se ao contar sobre as dores ao não conseguir atender as necessidades básicas da sua filha de cinco anos durante os dias que esteve mal por conta da Covid-19.  No caso dela, a dor psicológica da doença sobressaiu-se em relação à dor física. “Eu não conseguia levantar da cama, então para mim o fator psicológico teve um impacto muito agressivo, diria que até mais agressivo que a doença.” completa a jornalista.  Ao longo dos dias em recuperação, com fortes dores pelo corpo e mal-estar, Juliana conta sobre a vivência com sua filha e a preocupação pelo fato de não conseguir auxiliar a criança em algumas de suas atividades. “Quem é pai quem é mãe sabe o que isso significa, o que um filho significa,...

Sagrado feminino ganha força, mas você sabe o que é?

Por Jaine Fidler Rodrigues* Imagem: Pinterest/Astro A ciência questiona e estuda o ciclo menstrual desde 1930. Porém, um conceito ganhou força nos últimos anos: o sagrado feminino. Filosofia de vida para alguns e movimento de empoderamento das mulheres para outros, o sagrado feminino é um fenômeno renascido do século XX, na cultura ocidental. Não se sabe ao certo quando, de fato, surgiu. De acordo a escritora Mirella Faur, as civilizações antigas já cultuavam a religião da deusa e o princípio sagrado feminino personificado na Grande Mãe. Hoje ainda há interpretações erradas do que é o sagrado feminino pela ausência de uma matriz ou espaço físico para celebração dos aprendizados. “O sagrado feminino em sua essência é a busca pelo resgate de referências religiosas e espirituais femininas. É quando a gente entende que não existe só um Deus homem, existe uma Deusa mulher também. Existe uma energia feminina que é importante ser olhada”, explica a terapeuta Marcelle Cordeiro, 22 anos, que há seis busca conhecimentos sobre o sagrado feminino. A intenção não é ser excludente e trazer apenas figuras femininas, mas ser igualitário. Ou seja, de um lado a deusa mãe e o deus pai. O sagrado feminino é a busca pelo resgate dos saberes ancestrais dos cultos a deusas, já o movimento do sagrado feminino se caracteriza pelas práticas que possibilitam acessar, por exemplo, maior consciência menstrual. Entre elas estão: o ato de plantar a lua – prática que consiste em devolver o sangue menstrual à terra, ginecologia natural e seu viés de autoconhecimento e estudo das causas das doenças que atingem as mulheres, rodas de conversa e grupos...

Atlanga: o clássico de futebol que dividiu Erechim por 40 anos

Por Amanda Ferreira Cardoso* Primeiros brasões do C.E.R Atlântico e Ypiranga F.C Um clássico de futebol dividiu por mais de 40 anos a cidade de Erechim, no interior do Rio Grande do Sul. De um lado ficavam torcedores do Clube Esportivo e Recreativo Atlântico (C.E.R Atlântico), criado em 1937, e de outro do Ypiranga Futebol Clube, fundado em 1924. Chamada de Atlanga, a partida entre os dois times rivais chegou ao fim em 1976, mas ainda é lembrada nos dias de hoje. O clássico Em 25 de abril de 1937  ocorreu o primeiro Atlanga. O clássico foi disputado em forma de torneio municipal no Km 10 da estrada para o município de Getúlio Vargas. O Ypiranga venceu seu maior adversário, o Atlântico, por 3 a 0 no primeiro jogo do clássico. Naquele mesmo ano, em outro torneio realizado em 4 de julho, o zagueiro Zill, marcou o único gol da partida que deu a vitória para o Atlântico.  Durante os 40 anos de clássico, ocorreram 175 confrontos entre os dois times rivais de Erechim. O Atlântico venceu 77 vezes contra 57 partidas ganhas pelo Ypiranga. E outros 41 jogos terminaram empatados. Ao total, o time verde-rubro marcou 264 gols, já o Ypiranga balançou as redes 232 vezes.  A rivalidade  O Atlanga dividia a cidade de Erechim. Nas semanas de jogos do clássico, um dos maiores cafés da cidade tinha os atlantistas sentados à direita e os ypiranguistas à esquerda. No meio ficavam simpatizantes da terceira força do futebol municipal, o 14 de Julho, que hoje a sede é utilizada como Centro de Eventos no município.  Outro fato curioso é...

Coronavírus mata seis idosos moradores de asilo em Nonoai

Por Gustavo Azevedo* Casa de Amor e Caridade de Nonoai Seis idosos morreram desde o início da pandemia do coronavírus em Nonoai, cidade de pouco mais de 12 mil habitantes no Norte do Rio Grande do Sul. As vítimas eram residentes da Casa de Assistência Social Amor e Caridade. Quatro idosos eram homens, com idades de 69 a 87 anos, e duas mulheres, com 79 e 83 anos. As mortes correspondem a 18% do total de vítimas (32) da covid na cidade.Antes da pandemia, o asilo abrigava 52 pessoas e agora tem 46 idosos. Os 52 idosos já tinham recebido a primeira dose da vacina, de acordo com a secretária municipal da Saúde, Ana Cláudia Ferrão.A primeira morte foi registrada no final de 2020. Os outros cinco falecimentos ocorreram em um intervalo de 40 dias. Não se sabe como ocorreu a transmissão, se por um funcionário ou outra pessoa contaminado. “Todos os cuidados necessários foram tomados e familiares dos moradores não estavam mais tendo contato com seus vínculos, para que se evitasse o contágio”, disse a secretária. A promotora de Justiça de Nonoai, Michele Tais Dumk Kufner, salientou que ainda não se sabe as causas do surto. A direção da casa não revelou detalhes de como estão sendo aplicadas as medidas de prevenção no asilo, porém, afirmaram que os cuidados necessários estão sendo tomados diariamente para evitar um novo surto da doença. A reportagem tentou contato com os parentes das vítimas, mas sem sucesso Mais de 600 idosos de asilos morreram por covid Os asilos já registraram a morte de 633 idosos residentes nesses locais até começo de abril...