por Acin Jornalismo | 27 de abril de 2021 | Hipermídia - 2021/1
Por Wéliton Rocha* José Alves da Silva aos seus 106 anos mostrando o que ainda leva jeito para escrever. As vacinas contra o coronavírus trouxeram esperança para os idosos, público mais acometido pela doença. O aposentado José Alves da Silva, 106 anos, era um dos 600 chapecoenses com mais de 90 anos de idade na espera pelas doses. Tomou a primeira em 10 de fevereiro deste ano, já a segunda 20 dias depois. Mas menos de um mês depois da imunização, acabou falecendo por causas naturais. Enquanto aguardava por sua vez chegar, ele relembra das dificuldades do passado. Nascido em 1914 em Soledade (RS), começou a trabalhar na roça ainda criança, com 10 anos. No período oposto, frequentava a escola, onde cursou até a 4° série do ensino fundamental. Com o passar dos anos, seu José trabalhou como comerciante levando produtos de uma cidade para outra. Ele conta que tudo era muito difícil naquela época. O transporte terrestre, por exemplo, era a cavalo ou de carroça. Lembro quando ele contava das difíceis viagens que fazia, quando a carroça estragava e quando o tempo estava ruim. Chegou a ser professor na localidade de Bom Retiro, lecionando para alunos de primeira à quarta série. Os centenários, como seu José, ainda são raros em Santa Catarina. Segundo levantamento do IBGE, eram em média 405 pessoas com idade superior a 90 anos, mas a tendência é que isto aumente nos próximos anos. Eles fazem parte da faixa etária que mais cresceu em Santa Catarina entre os anos de 2000 e 2017. José conta que quando nasceu tinha um irmão gêmeo, que faleceu com...
por Acin Jornalismo | 22 de abril de 2021 | Hipermídia - 2021/1
Claudia Eduarda Schverz* Moda sustentável: um grito de esperança para a preservação. Fonte: Canva Milenar, a moda está no nosso dia a dia. Porém, ainda é uma das indústrias que mais polui. Em 2018, foram emitidos cerca de 2,1 bilhões de toneladas métricas de gases de efeito estufa pela cadeia da moda global, segundo a Global Fashion Agenda, principal fórum para colaboração da indústria e cooperação público-privada na sustentabilidade da moda. No mesmo ano, o Brasil produziu cerca de 5,1 bilhões de roupas, enquanto uma pesquisa do Ibope Conecta para a OLX em 2016 apontou que quase 70 milhões de brasileiros têm itens sem uso em casa. Na contramão disso, tem ganhado força a filosofia da moda consciente que preconiza o mínimo impacto no meio ambiente no momento de produção, aquisição e manutenção das peças de roupa. Para aderi-la, a recomendação inicial é fazer uma autoavaliação. “É muito mais a respeito de como você consome, quais são as suas fontes, de onde você aprendeu, como você pensa, qual seu estilo de vida. Todo esse contexto te faz realizar a compra. Não é possível praticar uma moda sustentável se você não tem consciência sobre o seu consumo”, completa a designer de moda Gabrielle Mainardi da VerdeNovo. Mas a tarefa de consumir moda com responsabilidade não é simples. É preciso mudar o estilo de vida e quebrar paradigmas que já estão enraizados na nossa forma de consumir. Recusar o exagero, dar um novo uso para roupas guardadas e doar o que não é usado, são atitudes que grande parte da população mundial não toma porque estão acostumados a consumir no modo...
por Acin Jornalismo | 22 de abril de 2021 | Hipermídia - 2021/1
Por Angela Bueno* Os números de casos e mortes pelo novo coronavírus não param de subir no Brasil. Para sensibilizar as pessoas sobre a gravidade da doença, a jornalista Juliana Giongo publicou em suas redes sociais, no dia 23 de fevereiro de 2021, um relato em vídeo de quem viveu as dores deste vírus em um dos piores momentos da pandemia. Com a duração de quatro minutos e vinte segundos, Juliana narra como foi o desenvolvimento do vírus e o que ela sentiu ao decorrer dos dias até sua recuperação. A jornalista não precisou de internação, mas passou por sérias dificuldades em casa. “Fiquei imaginando quantas pessoas assim como eu, não estavam sendo citadas ou não estavam nas referências, nas estatísticas, mas que mesmo assim tinham sofrido muito”. Jornalista Juliana Giongo A força psicológica da doença Ao narrar sua difícil experiência com a covid, Juliana emociona-se ao contar sobre as dores ao não conseguir atender as necessidades básicas da sua filha de cinco anos durante os dias que esteve mal por conta da Covid-19. No caso dela, a dor psicológica da doença sobressaiu-se em relação à dor física. “Eu não conseguia levantar da cama, então para mim o fator psicológico teve um impacto muito agressivo, diria que até mais agressivo que a doença.” completa a jornalista. Ao longo dos dias em recuperação, com fortes dores pelo corpo e mal-estar, Juliana conta sobre a vivência com sua filha e a preocupação pelo fato de não conseguir auxiliar a criança em algumas de suas atividades. “Quem é pai quem é mãe sabe o que isso significa, o que um filho significa,...
por Acin Jornalismo | 9 de abril de 2021 | Hipermídia - 2021/1
Por Jaine Fidler Rodrigues* Imagem: Pinterest/Astro A ciência questiona e estuda o ciclo menstrual desde 1930. Porém, um conceito ganhou força nos últimos anos: o sagrado feminino. Filosofia de vida para alguns e movimento de empoderamento das mulheres para outros, o sagrado feminino é um fenômeno renascido do século XX, na cultura ocidental. Não se sabe ao certo quando, de fato, surgiu. De acordo a escritora Mirella Faur, as civilizações antigas já cultuavam a religião da deusa e o princípio sagrado feminino personificado na Grande Mãe. Hoje ainda há interpretações erradas do que é o sagrado feminino pela ausência de uma matriz ou espaço físico para celebração dos aprendizados. “O sagrado feminino em sua essência é a busca pelo resgate de referências religiosas e espirituais femininas. É quando a gente entende que não existe só um Deus homem, existe uma Deusa mulher também. Existe uma energia feminina que é importante ser olhada”, explica a terapeuta Marcelle Cordeiro, 22 anos, que há seis busca conhecimentos sobre o sagrado feminino. A intenção não é ser excludente e trazer apenas figuras femininas, mas ser igualitário. Ou seja, de um lado a deusa mãe e o deus pai. O sagrado feminino é a busca pelo resgate dos saberes ancestrais dos cultos a deusas, já o movimento do sagrado feminino se caracteriza pelas práticas que possibilitam acessar, por exemplo, maior consciência menstrual. Entre elas estão: o ato de plantar a lua – prática que consiste em devolver o sangue menstrual à terra, ginecologia natural e seu viés de autoconhecimento e estudo das causas das doenças que atingem as mulheres, rodas de conversa e grupos...
por Acin Jornalismo | 8 de abril de 2021 | Sem categoria
Por Amanda Ferreira Cardoso* Primeiros brasões do C.E.R Atlântico e Ypiranga F.C Um clássico de futebol dividiu por mais de 40 anos a cidade de Erechim, no interior do Rio Grande do Sul. De um lado ficavam torcedores do Clube Esportivo e Recreativo Atlântico (C.E.R Atlântico), criado em 1937, e de outro do Ypiranga Futebol Clube, fundado em 1924. Chamada de Atlanga, a partida entre os dois times rivais chegou ao fim em 1976, mas ainda é lembrada nos dias de hoje. O clássico Em 25 de abril de 1937 ocorreu o primeiro Atlanga. O clássico foi disputado em forma de torneio municipal no Km 10 da estrada para o município de Getúlio Vargas. O Ypiranga venceu seu maior adversário, o Atlântico, por 3 a 0 no primeiro jogo do clássico. Naquele mesmo ano, em outro torneio realizado em 4 de julho, o zagueiro Zill, marcou o único gol da partida que deu a vitória para o Atlântico. Durante os 40 anos de clássico, ocorreram 175 confrontos entre os dois times rivais de Erechim. O Atlântico venceu 77 vezes contra 57 partidas ganhas pelo Ypiranga. E outros 41 jogos terminaram empatados. Ao total, o time verde-rubro marcou 264 gols, já o Ypiranga balançou as redes 232 vezes. A rivalidade O Atlanga dividia a cidade de Erechim. Nas semanas de jogos do clássico, um dos maiores cafés da cidade tinha os atlantistas sentados à direita e os ypiranguistas à esquerda. No meio ficavam simpatizantes da terceira força do futebol municipal, o 14 de Julho, que hoje a sede é utilizada como Centro de Eventos no município. Outro fato curioso é...