Coronavírus mata seis idosos moradores de asilo em Nonoai

Por Gustavo Azevedo*

Casa de Amor e Caridade de Nonoai

Seis idosos morreram desde o início da pandemia do coronavírus em Nonoai, cidade de pouco mais de 12 mil habitantes no Norte do Rio Grande do Sul. As vítimas eram residentes da Casa de Assistência Social Amor e Caridade. Quatro idosos eram homens, com idades de 69 a 87 anos, e duas mulheres, com 79 e 83 anos. As mortes correspondem a 18% do total de vítimas (32) da covid na cidade.

Antes da pandemia, o asilo abrigava 52 pessoas e agora tem 46 idosos. Os 52 idosos já tinham recebido a primeira dose da vacina, de acordo com a secretária municipal da Saúde, Ana Cláudia Ferrão.

A primeira morte foi registrada no final de 2020. Os outros cinco falecimentos ocorreram em um intervalo de 40 dias. Não se sabe como ocorreu a transmissão, se por um funcionário ou outra pessoa contaminado.

“Todos os cuidados necessários foram tomados e familiares dos moradores não estavam mais tendo contato com seus vínculos, para que se evitasse o contágio”, disse a secretária.

A promotora de Justiça de Nonoai, Michele Tais Dumk Kufner, salientou que ainda não se sabe as causas do surto. A direção da casa não revelou detalhes de como estão sendo aplicadas as medidas de prevenção no asilo, porém, afirmaram que os cuidados necessários estão sendo tomados diariamente para evitar um novo surto da doença.

A reportagem tentou contato com os parentes das vítimas, mas sem sucesso

Mais de 600 idosos de asilos morreram por covid

Os asilos já registraram a morte de 633 idosos residentes nesses locais até começo de abril de 2021. Além deles, quatro funcionários dessas instituições também perderam a vida para a covid. Os dados constam no Plano Estadual de Vacinação.

Conforme o governo estadual, houve 474 surtos de covid-19 em casas geriátricas, 193 deles ficaram concentrados na região metropolitana de Porto Alegre. Além disso, 67 dos asilos do Estado tiveram dois surtos da doença, 14% do total. Nonoai teve apenas um surto. 

(*) Com orientação do professor Hygino Vasconcellos

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