POLITICAMENTE E ECONOMICAMENTE CORRETAS: PARATEXTUALIZAÇÃO DE DIVAS POP POR INFLUENCIADORES DIGITAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22277/rgo.v17i2.7404

Palavras-chave:

Divas pop, Influenciadores digitais, Foucault, Paratexto, Governamentalidade

Resumo

Objetivo: Entender como influenciadores digitais brasileiros paratextualizam a construção da imagem pública das divas pop.

Método/abordagem: A análise foi feita por meio da análise de discurso foucaultiana. O arquivo de pesquisa foi construído por notícias de blogs de fofocas sobre divas pop.

Principais resultados: Os resultados revelaram duas formações discursivas. A primeira corresponde ao cuidado oferecido pelos fãs que protegem a imagem das divas. E a segunda se refere à criação da imagem midiática da diva, pelos influenciadores digitais em conjunto com as próprias divas. Concluímos que os influenciadores paratextualizam a construção da imagem pública das divas pop por meio do endossamento de sua mobilização política.

Contribuições teóricas/práticas/sociais: Este estudo contribui teoricamente com os estudos da perspectiva do consumer culture theory (CCT), alinhado com a agenda de pesquisa que trata de estudos de mídia, assim como cria um entrelaçamento entre a teoria de Foucault e o arcabouço metodológico baseado no mesmo autor. Quanto às contribuições sociais, o artigo foi capaz de evidenciar o comportamento da diva como um reflexo de uma sociedade do consumo.

Originalidade/relevância: O artigo torna-se relevante na medida em que enriquece os estudos que se debruçam sobre os influenciadores digitais enquanto agentes de inovação dentro das relações de mercado, por estarem inseridos em um meio altamente tecnológico, inovador e que possibilita novas configurações de marketing, gerenciamento de imagem e alcance da celebridade, neste caso as divas pop.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marília Abigail Meneses Batista, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Doutoranda em Administração

André Luiz Maranhão de Souza-Leão, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Objetivo: Entender como influenciadores digitais brasileiros paratextualizam a construção da imagem pública das divas pop.

Método/abordagem: A análise foi feita por meio da análise de discurso foucaultiana. O arquivo de pesquisa foi construído por notícias de blogs de fofocas sobre divas pop.

Principais resultados: Os resultados revelaram duas formações discursivas. A primeira corresponde ao cuidado oferecido pelos fãs que protegem a imagem das divas. E a segunda se refere à criação da imagem midiática da diva, pelos influenciadores digitais em conjunto com as próprias divas. Concluímos que os influenciadores paratextualizam a construção da imagem pública das divas pop por meio do endossamento de sua mobilização política.

Contribuições teóricas/práticas/sociais: Este estudo contribui teoricamente com os estudos da perspectiva do consumer culture theory (CCT), alinhado com a agenda de pesquisa que trata de estudos de mídia, assim como cria um entrelaçamento entre a teoria de Foucault e o arcabouço metodológico baseado no mesmo autor. Quanto às contribuições sociais, o artigo foi capaz de evidenciar o comportamento da diva como um reflexo de uma sociedade do consumo.

Originalidade/relevância: O artigo torna-se relevante na medida em que enriquece os estudos que se debruçam sobre os influenciadores digitais enquanto agentes de inovação dentro das relações de mercado, por estarem inseridos em um meio altamente tecnológico, inovador e que possibilita novas configurações de marketing, gerenciamento de imagem e alcance da celebridade, neste caso as divas pop.

Referências

Abidin, C. (2018). Internet celebrity: Understanding fame online. Emerald Group Publishing.

Andres, B. (2018). Becoming Brands: Celebrity, Activism, and Politics. Southern Communication Journal, 84(1), 64–66. https://doi.org/10.1080/1041794x.2018.1555275

Arnould, E., & Thompson, C. (2007). Consumer culture theory (and we really mean theoretics. In Consumer culture theory. Emerald Group Publishing Limited, 11, 3-22. https://doi.org/10.1016/s0885-2111(06)11001-7

Arnould, E. J., & Thompson, C. J. (2005). Consumer culture theory (CCT): Twenty years of research. Journal of consumer research, 31(4), 868-882. https://doi.org/10.1086/426626

Bauer, M. W., & Gaskell, G. (2017). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Editora Vozes Limitada.

Beckett, A. (2012). Governing the consumer: technologies of consumption. Consumption Markets & Culture, 15(1), 1-18. https://doi.org/10.1080/10253866.2011.604495

Bokek-Cohen, Y. A. (2016). How are marketing strategies of genetic material used as a mechanism for biopolitical governmentality?. Consumption Markets & Culture, 19(6), 534-554. https://doi.org/10.1080/10253866.2015.1137897

Childers, C., Lemon, L. L., & Hoy, M. (2018). #Sponsored #Ad: Agency Perspective on Influencer Marketing Campaigns. Journal of Current Issues & Research in Advertising. https://www.semanticscholar.org/paper/%23Sponsored-%23Ad%3A-Agency-Perspective-on-Influencer-Childers-Lemon/da8b59083a47a16fec200c04bf5991c55aed062b

Colucci, M., & Pedroni, M. (2021). Got to be real: An investigation into the co-fabrication of authenticity by fashion companies and digital influencers. Journal of Consumer Culture, 22(4), 146954052110336. https://doi.org/10.1177/14695405211033665

Cooke, P., Nunes, S., Oliva, S., & Lazzeretti, L. (2022). Open Innovation, Soft Branding and Green Influencers: Critiquing ‘Fast Fashion’and ‘Overtourism’. Journal of Open Innovation: Technology, Market, and Complexity, 8(1), 52. https://doi.org/10.3390/joitmc8010052

Coskuner-Balli, G. (2020). Citizen-consumers wanted: Revitalizing the American dream in the face of economic recessions, 1981–2012. Journal of Consumer Research, 47(3), 327-349. https://doi.org/10.1093/jcr/ucz059

Cotter, K. (2019). Playing the visibility game: How digital influencers and algorithms negotiate influence on Instagram. New Media & Society, 21(4), 895-913. https://doi.org/10.1177/1461444818815684

Delbaere, M., Michael, B., & Phillips, B. J. (2021). Social media influencers: A route to brand engagement for their followers. Psychology & Marketing, 38(1), 101-112. https://doi.org/10.1002/mar.21419

De Souza-Leão, A. L., & Costa, F. Z. D. N. (2018). Agenciados pelo desejo: O consumo produtivo dos potterheads. Revista de Administração de Empresas, 58, 74-86. https://doi.org/10.1590/s0034-759020180107

De Veirman, M., Cauberghe, V., & Hudders, L. (2017). Marketing through Instagram influencers: the impact of number of followers and product divergence on bran attitude. International Journal of Advertising, 36(5), 798-828. https://doi.org/10.1080/02650487.2017.1348035

Eigenraam, A. W., Eelen, J., van Lin, A., & Verlegh, P. W. J. (2018). A Consumer-based Taxonomy of Digital Customer Engagement Practices. Journal of Interactive Marketing, 44(1), 102–121. https://doi.org/10.1016/j.intmar.2018.07.002

Foucault, M. (2008a). Nascimento da biopolítica: curso dado no Collège de France (1978-1979). Martins Fontes, 1-283.

Foucault, M., & Senellart, M. (2008b). Segurança, território, população: curso dado no Collège de France (1977-1978). Martins Fontes.

Foucault, M. (2014a). História da sexualidade volume I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal.

Foucault, M. (2014b). História da sexualidade, 3: o cuidado de si. In História da sexualidade, 3: o cuidado de si (pp. 246-246).

Foucault, M. (2017). A arqueologia do saber 7. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Foucault, M. (2020). História da sexualidade II: O uso dos prazeres. 8ª Edição. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra.

Franco, S. M., & de Souza Leão, A. L. M. (2019). Para os súditos de Momo, tradição é lei: governo e verdade na organização do Carnaval de Olinda. Organizações & Sociedade, 26(91), 621-644. https://doi.org/10.1590/1984-9260911

Franssen, G. (2020). The celebritization of self-care: The celebrity health narrative of Demi Lovato and the sickscape of mental illness. European Journal of Cultural Studies, 23(1), 89-111. https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/1367549419861636

Gaião, B. F. D. S., Souza, I. L. D., & Leão, A. L. M. (2012). ¿ Consumer Culture Theory (CCT) ya es una escuela de pensamiento en marketing?. Revista de Administração de Empresas, 52(3), 330-344. https://doi.org/10.1590/s0034-75902012000300005

Genette, G. (1997). Paratexts: Thresholds of interpretation (No. 20). Cambridge University Press. doi: https://doi.org/10.1017/CBO9780511549373

Gray, J. (2010). Show sold separately. New York University Press. doi: https://doi.org/10.18574/nyu/9780814733158.001.0001

Hackley, C., & Hackley, R. A. (2016). The iconicity of celebrity and the spiritual impulse. Consumption Markets & Culture, 19(3), 269-274. doi: https://doi.org/10.1080/10253866.2015.1094264

Henn, R., & Gonzatti, C. (2019). Don’t be a drag, just be a queer: Lady Gaga e semiodiversidade em redes digitais do jornalismo de cultura pop. Revista Contracampo, 38(1), 35-50. https://periodicos.uff.br/contracampo/article/view/27987

Hutchinson, J. (2020). Digital first personality: Automation and influence within evolving media ecologies. Convergence, 26(5-6), 1284-1300. https://doi.org/10.1177/1354856519858921

Ingrassia, M., Altamore, L., Bacarella, S., Columba, P., & Chironi, S. (2020). The wine influencers: Exploring a new communication model of open innovation for wine producers—A netnographic, factor and AGIL analysis. Journal of Open Innovation: Technology, Market, and Complexity, 6(4), 165. https://doi.org/10.3390/joitmc6040165

Ingrassia, M., Bellia, C., Giurdanella, C., Columba, P., & Chironi, S. (2021). Digital Influencers, Food and Tourism—A New Model of Open Innovation for Businesses in the Ho. Re. Ca. Sector. Journal of Open Innovation: Technology, Market, and Complexity, 8(1), 50. https://doi.org/10.3390/joitmc8010050

Jorge, A. (2020). Celebrity bloggers and vloggers. The international encyclopedia of gender, media, and communication, 1-7. https://doi.org/10.1002/9781119429128.iegmc004

Kapoor, I. (2012). Celebrity humanitarianism: The ideology of global charity. Routledge.

Karhawi, I. (2017). Influenciadores digitais: conceitos e práticas em discussão. Communicare, 17(12), 46-6. https://www.researchgate.net/publication/341983923_Influenciadores_digitais_conceitos_e_praticas_em_discussao

Karhawi, I. (2021, October). Notas teóricas sobre influenciadores digitais e Big Brother Brasil: visibilidade, autenticidade e motivações. In E-Compós, 24, 1-21. https://www.e-compos.org.br/e-compos/article/view/2182

Lawrence, C. (2009). Cult of celebrity: What our fascination with the stars reveals about us. Rowman & Littlefield.

Martins Cardoso, L. C. (2007). A POLÍTICA DE POP STARS: o poder da personalidade no Governo de Roseana Sarney. Revista Internacional de Folkcomunicação, 5(9), 1–10’. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=631768784009

Milanez, N., & Gonçalves, L. J. (2018). Corpo e práticas libertárias: uma genealogia das mãos em videoclipes de divas pops (1983-2017). Revista Linguasagem, 29(1), 147-164. https://www.linguasagem.ufscar.br/index.php/linguasagem/article/view/423

Primo, A. (2011). De narcisismo, celebridades, celetoides e subcelebridades: o caso Tessália e sua personagem Twittess. Comunicação Mídia e Consumo, 7(20), 159-189. https://revistacmc.espm.br/revistacmc/article/view/280

Samman, E., Auliffe, E. M., & MacLachlan, M. (2009). The role of celebrity in endorsing poverty reduction through international aid. International journal of nonprofit and voluntary sector marketing, 14(2), 137-148. https://doi.org/10.1002/nvsm.339

Silva, N. D., & Campos, R. D. (2019). The 2.0 Critic: Blended Discourses in Blogging. Latin American Business Review, 20(2), 109–133. https://doi.org/10.1080/10978526.2019.1578178

Thompson, J. B. (2008). A nova visibilidade. Matrizes, 1(2), 15-38. https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v1i2p15-38

Thomson, M. (2006). Human brands: Investigating antecedents to consumers’ strong attachments to celebrities. Journal of Marketing, 70(3), 104-119. https://journals.sagepub.com/doi/10.1509/jmkg.70.3.104

Turner, G. (2010). Approaching celebrity studies. Celebrity Studies, 1(1), 11-20. https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/19392390903519024

Van den Bulck, H., Paulussen, S., & Bels, A. (2017). Celebrity news as hybrid journalism: An assessment of celebrity coverage in Flemish newspapers and magazines. Journalism, 18(1), 44-63. doi: 10.1080/10510974.2017.1331928

Voorveld, H. A. M. (2019). Brand Communication in Social Media: a Research Agenda. Journal of Advertising, 48(1), 1–13. tandfonline. https://doi.org/10.1080/00913367.2019.1588808

Wong, N. C., Lookadoo, K. L., & Nisbett, G. S. (2017). “I’m Demi and I have bipolar disorder”: Effect of parasocial contact on reducing stigma toward people with bipolar disorder. Communication Studies, 68(3), 314-333. https://doi.org/10.1080/10510974.2017.1331928

Zimmerman, H. (2020). Becoming ethical: Mediated pedagogies of global consumer-citizenship. Journal of Consumer Culture, 20(1), 43-60. https://doi.org/10.1177/1469540517729005

Downloads

Publicado

2024-12-10

Edição

Seção

Artigos