TERRA À VISTA PARA STARTUPS BRASILEIRAS? UM ESTUDO DE CASO DA ENERGYTECH, CRN ENGENHARIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22277/rgo.v15i2.6384

Palavras-chave:

Startups. Born Globals. Estratégias de internacionalização.

Resumo

Objetivo: Com base na teoria do Empreendedorismo Internacional, que culmina na teoria dos Born Globals, este estudo de caso tem como principal objetivo examinar as estratégias de internacionalização utilizadas por uma startup brasileira da área de óleo e gás, a CRN Engenharia, para entrada em mercados avançados.

Método / abordagem: O método escolhido foi o estudo de caso, de caráter exploratório, ambiental e com o tipo de corte seccional. Para a coleta de dados fez-se uso da entrevista semiestruturada. A análise de conteúdo foi feita de acordo com as etapas de pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados (BARDIN, 1996).

Principais resultados: Os resultados evidenciam e corroboram com a teoria, que para internacionalizar, essas empresas precisam fazer alianças comerciais transfronteiriças para minimizar riscos financeiros e culturais. Esses fatores mostram ser determinantes em como empresas de mercados emergentes, com alto poder de escalabilidade como as startups, respondem à distância institucional.

Contribuições metodológicas / sociais / gerenciais: A pesquisa contribui com a evolução teórica do tema e aos estudos de campo relacionados às teorias do Empreendedorismo Internacional e estudos de caso na literatura brasileira sobre internacionalização, ainda pouco explorados na literatura, principalmente por se tratar de uma startup brasileira. Trata-se de uma importante contribuição para este campo compreender como essas organizações vêm superando os desafios da internacionalização, e assim, possibilitar caminhos mais assertivos para novas empresas nascentes.

Originalidade / relevância: Mostra a importância de mais pesquisas empíricas ao ainda incipiente conjunto de estudos de campo relacionados às teorias do Empreendedorismo Internacional e startups no Brasil.

Referências

Barkema, H. G., & Vermeulen (2012), F. International expansion through start-up or acquisition: a learning perspective. Academy of Management Journal, 41(1), 7-26, 1998. https://doi.org/10.5465/256894

Blank, S. (2012). Why The Lean Start-Up Changes Everything, Harvard Business Review.

Carneiro, J.; Dib, L. (2007). Avaliação comparativa do escopo descritivo e explanatório dos principais modelos de internacionalização de empresas. INTERNEXT - Revista Eletrônica de Negócios Internacionais da ESPM, 2 (1), 1-25. http://dx.doi.org/10.18568/1980-4865.211-25

Cassol, A., Novakowsk, B. F. D., Tonial, G., & Dalbosco, I. B. (2017). Estratégias de Internacionalização de Pequenas e Médias Empresas: Estudo Multicasos. Revista Gestão Organizacional, 10(3), 55-78. https://doi.org/10.22277/rgo.v10i3.3889

Eden, L., & Miller, S. R. (2004). Distance matters: liability of foreignness, institutional distance and ownership strategy. In M. Hitt, & J. Cheng (Eds.). Theories of the multinational enterprise: diversity, complexity and relevance (v. 16, pp. 187-221). (Advances in International Management). New York, NY: Emerald. https://doi.org/10.1016/S0747-7929(04)16010-1

Firjan. (2020). Anuário da Indústria de Petróleo no Rio de Janeiro – panorama 2019. https://www.firjan.com.br/publicacoes/publicacoes-de-economia/anuario-petroleo-e-gas.htm.

Gil, A. C. (2008). Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas.

Guillen, M.F. and Garcia-canal, E. (2009), “The American model of the multinational firm and the ‘new’ multinationals from emerging economies”, Academy of Management Perspectives, 23(2), 23-35. https://doi.org/10.5465/amp.2009.39985538

Gorynia, M, & Mroczek, K. (2013). Institutional context and transaction costs in entry mode choice. Journal of Economics & Management, 14, 51-59. http://www.jstor.org/stable/23434098

Johanson, J.; Vahlne, J. (2009). The Uppsala internationalization process model revisited: from liability of foreignness to liability of outsidership. Journal of International Business Studies, 40, 1411-1431. https://doi.org/10.1057/jibs.2009.24

Kostova, T. and Zaheer, S. (1999). Organizational legitimacy under conditions of complexity: the case of the multinational enterprise. Academy of Management Review, 24(1), 64-81. https://doi.org/10.2307/259037

Liou, R; Lee, K.; Miller, S. (2017). Institutional impacts on ownership decisions by emerging and advanced market MNCs, Cross Cultural & Strategic Management, 24(3), 454-481. https://doi.org/10.1108/CCSM-07-2014-0087.

Longhi, F. (2011). A história da revolução das startups. Imasters. http://imasters.com.br/artigo/20027/mercado/ahistoria-da-revolucao-das-startups.

Makino, S. and Delios, A. (1996). “Local knowledge transfer and performance: implications for alliance formation in Asia”, Journal of International Business Studies, 27(5), 905-928. https://doi.org/10.1057/palgrave.jibs.8490156.

Makino, S., Lau, C. and Yeh, R. (2002). Asset-xxploitation versus asset-seeking: implications for location choice of foreign direct investment from newly industrialized economies, Journal of International Business Studies, 33(3), 403-421. https://doi.org/10.1057/palgrave.jibs.8491024.

Mello, R. C. de; Rocha, A; Pacheco, H. F. & Maculan, A. M. (2007). Processo de internacionalização de empresas nascidas globais: estudos de caso no setor de software. In: XXX Encontro da associação nacional de pós-graduação e pesquisa em administração – ENANPAD. Anais. Rio de Janeiro: Anpad. http://www.anpad.org.br/diversos/down_zips/9/enanpad2005-esob-1377.pdf

Moen, Øystein & Falahat, Mohammad & Lee, Yan-Yin. (2022). Are born global firms really a “new breed” of exporters? Empirical evidence from an emerging market. Journal of International Entrepreneurship. 20(1):1-37. 10.1007/s10843-022-00307-0.

Moen Ø, Rialp A (2018). European SMEs and the born global concept. In: Suder G, Riviere M, Lindeque J (eds) The Routledge companion to European Business. Routledge, London, 79–90.

Narcizo, R, B; Canen, A,G; Tammela, I. (2013). SME´s innovation capability as a resource to meet future logistical demands of Brazilian oil industry. Annals of Facculty Engineering Hunedoara – International Journal of Engineering, p. 431-438. http://annals.fih.upt.ro/pdf-full/2013/ANNALS-2013-1-21.pdf

Oliveira, R. & Figueira, A. & Pinhanez, M. (2018). Uppsala Model: A Contingent Theory to Explain the Rise of EMNEs. Internext, 13(30): 30-42. https://doi.org/10.18568/1980-4865.13230-42.

Oviatt, B. M.; Mcdougall, P. (1994). Toward a theory of international new ventures. Journal of International Business Studies, 25(1), 45-64. https://doi.org/10.12691/jbe-3-1-4.

Oviatt, B. M.; Mcdougall, P. (2005). Defining international entrepreneurship and modeling the speed of internationalization. Entrepreneurship Theory and Practice, 29 (5), 537-554. https://doi.org/10.1108/sd.2006.05622.

Revista Exame. (2020). Mercado de 62 mil players que cresce 20 ao ano startups movimentam a cena no Brasil. https://exame.abril.com.br/negocios/dino/mercado-de-62-mil-players-que-cresce-20-ao-ano-startups-movimentam-a-cena-no-brasil/.

Ries, E. (2012). Lean Startup, 1st ed., Crown Business.

Rocha, A.; Ávila, H. A. (2015). Teoria institucional e modos de entrada de multinacionais de países emergentes. RAE-Revista de Administração de Empresas, 55(3), 246-257. https://doi.org/10.1590/S0034-759020150302.

Scott, W.R. (1995). Institutions and Organizations, Sage, Thousand Oaks, CA.

Simões, V., & Dominguinhos, P. (2001). Portuguese born globals: an exploratory study. Proceedings of the European International Business Academy - EIBA Annual Conference, Paris, França, 27. http://hdl.handle.net/10400.26/4081.

Shuijing Jie, Rainer Harms, Aard J. Groen & Paul Jones (2021). Capabilities and Performance of Early Internationalizing Firms: A Systematic Literature Review, Journal of Small Business Management, 59(5): 1-31. 10.1080/00472778.2021.1955124

Sousa, T. & Rocha, T. & Forte, S. (2020). A Produção Científica em Born Globals nos Periódicos e Encontros Científicos Brasileiros. Internext, 15(37), 10.18568. https://doi.org/10.18568.

Sutton, S. M. (2000). The role of process in software start-up. IEEE software, 17(4), 33-39. https://doi.org/10.1109/52.854066.

Tammela, I; Canen, A,G; Paganelli, F. (2014). Green supply chain management performance: a study in brazilian oil & gas companies. International Conference on Industrial Logistics. ICIL Conference. https://bib.irb.hr/datoteka/711267.ICIL2014.pdf

Tan Q, Sousa CMP (2015). Leveraging marketing capabilities into competitive advantage and

export performance. International Marketing Review, 32(1):78–102. https://doi.org/10.1108/IMR-12-2013-0279

Trevino, L.J., Thomas, D.E., Cullen, J.B. (2008). “The three pillars of institutional theory and FDI in Latin America: an institutional process”, International Business Review, 17(1), 118-133. https://doi.org/10.1016/j.ibusrev.2007.10.002.

Yin, R. K. (2001). Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.

Yiu, D. and makino, S. (2002). The choice between joint venture and wholly owned subsidiary: an institutional perspective, Organization Science, 13(6), 667-683. https://doi.org/10.1287/orsc.13.6.667.494.

Vergara, S. C. (2005). Métodos de pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas.

Vendruscolo, L. T; Galina, S. V. R. G. (2020). A internacionalização no processo de inovação das startups brasileiras de tecnologia da informação e comunicação (tic). Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas – REGEPE, 9(2), 123-157. https://doi.org/10.1287/orsc.13.6.667.494.

Zahra, S., & George, G. (2002). International entrepreneurship: the current status of the field and future research agenda. In M. Hitt, R. Ireland, M. Camp, & D. Sexton (Eds.), Strategic leadership: creating a new mindset (pp. 255-288). London, UK: Blackwell.

Xu, D., & Shenkar, O. (2002). Institutional distance and the multinational enterprise. Academy of Management Review, 27(4), 608-618. http://dx.doi.org/10.2307/4134406.

Downloads

Publicado

2022-04-01